Resenha Capítulo 1 - Livro Micro e Macro Economia
Por: thaiane.klein • 6/4/2016 • Resenha • 1.535 Palavras (7 Páginas) • 3.631 Visualizações
Capítulo 1 – Introdução à Economia
No primeiro capítulo do livro “Economia – Micro e Macro”, editora Atlas, o autor Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos, traz conceituações elementares sobre o que é economia. Apresentando primeiramente a origem etimológica grega da palavra “Economia”, tendo por sentido literal “administração da casa”. Logo depois, expõe que se trata de uma ciência social, pois tem como objetivo atender questões humanas. Porém, além das necessidades humanas, também existe uma evidente atenção com os recursos. Desta forma as vontades humanas, que são ilimitadas, e os recursos, cada vez mais limitados, são correlacionados, fazendo-se necessário estudar Economia.
Prosseguindo, são esclarecidas três questões fundamentais a serem solucionadas pela Economia, a saber: o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir. É importante ressaltar que todas essas questões são geradas pela relação entre: vontade ilimitada x escassez de recursos.
O autor do livro prevê que para solucionar tais questões, anteriormente citadas, existem formas de organização econômica: economia planificada e economia de mercado. Então, são investigadas minuciosamente o funcionamento das organizações, começando pela economia de mercado. Sendo que esta pode ser dividida em: concorrência pura e economia mista. Na concorrência pura fica nítido que não há intervenção estatal, a economia é guiada por uma "mão-invisível". O equilíbrio é estabelecido fundamentalmente por um mecanismo de preços, controlado especialmente pela oferta e demanda. Este pensamento é a base do liberalismo, o que não o protege de críticas diversas, como a imperfeição do mercado de sozinho alocar a perfeita alocação de recursos, a indisposição do consumidor a pagar por bens públicos, entre outras. Já nas economias mistas há um papel econômico atribuído ao governo. Impulsionado pela depressão dos anos 30, nesse sistema o Estado age de forma a eliminar as distorções alocativas e promover uma melhora na qualidade de vida da coletividade através da atuação sobre a formação de preços, complemento da iniciativa privada, fornecimento de serviços e bens públicos.
Em contraponto, apresenta o funcionamento de uma economia centralizada ou planificada, na qual o ator principal é o Estado, que, através de suas agências e órgãos regula a Economia. Nesse tipo organizacional, o Estado é proprietário dos meios de produção, caracterizando a propriedade pública dos bens, ao contrário da economia de mercado, em que os fatores de produção são propriedades privadas. Os órgãos reguladores da economia respeitam, em partes, as necessidades do mercado, contudo, não são livres das prioridades políticas de um governante. Por fim, sintetiza as diferenças entre estas formas de organização apontando os contrastes: propriedade dos meios de produção privada x pública; resolução de problemas econômicos fundamentais pelo mercado x por um órgão estatal. Aponta ainda que por terem falhado as principais tentativas de imposição de uma economia centralizada, nas economias atuais abre-se cada vez mais espaço para a iniciativa privada.
Passando a outros conceitos no estudo econômico, explica a curva de possibilidades de produção (CPP) e o conceito de custo de oportunidade, que são representações visuais e aplicadas das questões fundamentais econômicas (o que e quanto, como, para quem). A CPP é o máximo que uma economia pode produzir dentro de um limite de recursos e tecnologias; um conceito eminentemente teórico que ilustra como é necessário executar decisões.
A curva é decrescente em virtude do sacrifício ("custo") em optar-se pelas distintas produções e é côncava em virtude da lei de custos crescentes, ou seja, ao se aumentar uma produção, paulatinamente aumenta-se o custo de produzir e, portanto, a curva decai mais rapidamente. Havendo maior disponibilidade de recursos produtivos, a curva da CPP desloca-se para a direita (o inverso é também verdadeiro). Outras mudanças - como o desenvolvimento de melhores tecnologias de produção em de um dos avaliados - pode também deslocar a curva.
O segundo conceito, o de custo de oportunidade, não representa - embora pelo nome suponha-se - um dispêndio monetário, e sim mostra que tudo tem um custo na economia. O custo de produzir-se mais do produto A, seria a diminuição da produção de B, por exemplo. O custo de oportunidade é o trânsito pela CPP.
O autor, na quinta parte do capítulo I, ensina a diferença da análise positiva e normativa da Economia. Apesar da ciência econômica ser subjetiva, pois estuda o homem, é também muito objetiva. A análise normativa contém juízo de valor, é subjetiva, já a positiva não, respeita os preceitos científicos. Para as análises econômicas são usados modelos, podendo eles serem algébricos, verbais, gráficos, entre outros. Um ramo especializado em quantificar esses modelos passíveis de serem cientificamente testados é a Econometria. Na sexta parte, traça as relações da Economia com as demais ciências. Antes da revolução industrial, era vista como parte integrante da Filosofia, não existia um estudo sistemático das leis econômicas. Mais tarde, passou a organizar-se de acordo com pensamentos organicistas (comportamento da Economia similar a um órgão vivo) e dos mecanicistas (comportamento segundo as leis da física). Com o passar do tempo, no entanto, predominou uma concepção humanística. O autor também salienta a importância da pesquisa histórica para o desenvolvimento da ciência econômica. Com a Geografia há uma conexão, uma vez que permite avaliar condições geoeconômicas dos mercados, concentração espacial de fatores produtivos, dentre outros. Com a Política há conexão de subordinação ou de subordinado. Com o Direito, a ligação da norma jurídica como determinante das relações econômicas e vice-versa. A dependência da Matemática e Estatística para a quantificação. Na sétima e última parte, demonstra a divisão do estudo da Economia em micro e macroeconomia.
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