Resenha Economia da China
Por: Geovanna Themoteo • 25/6/2023 • Resenha • 1.055 Palavras (5 Páginas) • 80 Visualizações
Aluna: Geovanna Vitória Gonçalves Themoteo Professor: Gilberto Libanio Disciplina: Economia da China Curso: Relações Econômicas Internacionais Faculdade de Ciências Econômicas - UFMG
Resenha: “Economia e política do desenvolvimento da China” - Carlos A. Medeiros ___________________________________________________________________________
O texto é uma análise do desenvolvimento econômico chinês, onde o autor pontua a respeito do debate ideológico sobre a China e as possíveis vias de progresso que culminaram no seu êxito econômico. Tal discussão que acompanha a via chinesa de desenvolvimento é marcada por visões diferentes acerca das relações entre Estado e mercado e a atuação do capitalismo. Entre os economistas destacam-se duas visões distintas: em uma se encontra o desenvolvimento gradual das reformas, a presença de um sistema dual dos preços e a importância da indústria agrária, que demonstram as inovações institucionais inerentes ao contexto histórico e espacial. Em contrapartida, a abordagem pela visão ortodoxa pontua que o crescimento se deve a acumulação de capital em uma economia com baixo nível de capital per capita, ampla oferta de trabalho barato e a instituição de mecanismos típicos de mercado. Para compreender como se deu a acumulação de capital na China, deve-se ressaltar o contexto estrutural que vigorou desde a era de Mao Tsé-Tung. O período foi marcado por investimentos para a industrialização, mas com a produção agrícola e a indústria de bens de consumo estagnadas. Logo, nos anos 70, na economia havia uma capacidade reduzida de importação, principalmente de alimentos, tendo como efeito a dependência da taxa de investimento a agricultura e a indústria de bens e alimentos. Com essas circunstâncias, as reformas de 1978 teve como objetivo favorecer a produtividade da agricultura e ao mesmo passo permitir a comercialização do excedente obtido agrícola. Ademais, a pretensão do autor com o ensaio é argumentar que o crescimento econômico se deu por 3 fatores principais: as ofensivas americanas contra a então URSS, a ofensiva americana comercial contra o Japão e o fortalecimento do Estado chinês e sua afirmação de soberania sobre o território. As performances da economia chinesa durante as reformas a partir de 1978 a conferem um título de exclusividade na economia mundial. O crescimento exponencial foi acompanhado por mudanças nos padrões de consumo e estruturas nacionais, como o aumento de exportações e o progresso da taxa de investimento. A relação comercial entre EUA e China evidência a transição para os novos padrões nacionais. EUA possuem o maior mercado para as exportações chinesas, e a China por sua vez possui um amplo mercado para exportações americanas. Mudanças como nos aumentos do investimento direto, da urbanização e empregos, distribuição de renda e redução da pobreza, crescimento da desigualdade regional e fluxos migratórios (internos e externos) acompanharam também essas mudanças estruturais. Aprofundando no âmbito da geopolítica, o sistema bipolar EUA x URSS foi importante para formação de novas instituições e políticas nacionais, e pode ser divido em duas fases. Na primeira (1979-1991), há o reatamento diplomático entre China e EUA em 1979, de modo que ocorreu a abertura de mercados mencionada anteriormente. Nesse momento há uma utilização total dos meios disponibilizados para inserção das exportações chinesas no ocidente, tendo em vista que essa aproximação com EUA e acordos comerciais com o ocidente, serviam para
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benefícios próprios como acesso a crédito, limitação da antiga URSS e o fortalecimento da soberania territorial. De resultados, programas visando massivas importações de maquinários e equipamentos para a indústria pesada foram criados, acelerando a industrialização. Na segunda fase (meados de 1989,1991 em diante), a China desponta como provável potência regional, sendo que as características chinesas como a ideologia e partido único passaram a determinar o comportamento americano para “conter" a China. Assim, pedidos de empréstimos foram negados e o auxílio japonês foi suspenso nos anos 90. Ainda, a China se beneficiou dos entraves
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