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Resenha Sobre A Era das Revoluções Hobsbawm

Por:   •  28/9/2023  •  Resenha  •  1.793 Palavras (8 Páginas)  •  57 Visualizações

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INTEGRANTES: RENATO LUIZ SILVA FILHO, ANTONIO HENRIQUE, JULIA

DISCIPLINA: Introdução às Ciências Sociais

TEXTO: A Era das Revoluções, Hobsbawm

GRUPO: Número 1 (Hobsbawm)

RESUMO SOBRE “A ERA DAS REVOLUÇÕES”, HOBSBAWM

1. INTRODUÇÃO

A título de introdução, o autor pontua que palavras como “capitalismo”, “indústria” e “crise econômica”, termos arraigados em toda e qualquer discussão vigorante nos dias de hoje, na verdade foram criadas e/ou adaptadas muito recentemente, por influência de transformações que ocorreram no século XVIII.

Esta nova remessa de conceitos se deve à revolução que ocorreu entre 1789 e 1848, responsável por transformar o mundo na época e ainda fazê-lo nos dias de hoje. Foi o “triunfo da indústria capitalista, da classe média e das economias locais”, segundo Hobsbawm.

O evento tratou-se de uma grande erupção regional, fomentada e desdobrada no noroeste da Europa (principalmente entre os rivais Grã-Bretanha e França), apesar de ter acontecido simultaneamente em território francês e inglês.

Para entender tamanho fenômeno, é necessário retroceder algumas décadas no tempo, fazendo uma análise em profundidade sobre suas causas fundamentais. Ele reforça isso postulando alguns eventos que corroboraram para o seu acontecimento, mas ainda sim não chegam próximos de explicar suas razões em totalidade.

O autor, anunciando que as maiores ferramentas e forças para a revolução já estavam prontas para movimentar o resto, pontua alguns fatores como alicerces previamente postos para o acontecimento desta. Dentre eles, o surgimento de um mercado mundial de burgueses, um Estado com foco no acúmulo de lucro e o avanço das tecnologias e ideologias da época figuram como principais.

O desafio para Hobsbawm, entretanto, é descrever o gradual processo pelo qual passou a sociedade até que esses fatores fossem conquistados, endossando a necessidade de um mais amplo estudo.

Ele enumera fatos históricos e algumas características do antigo regime que foram ofuscadas pela revolução e os avanços trazidos por ela, e reforça a ideia de transformação social incorporada pelo levante burguês.

No último parágrafo introdutórios, coloca-se em evidência o surgimento de movimentos contra a dupla revolução, dentre eles a publicação do Manifesto Comunista, trazendo à tona os primeiros ideais socialistas ao mundo, e a tentativa oriental de voltar-se contra o ocidente, que àquela época dominava boa parte do mundo.

2. O MUNDO EM 1780

Visando entender o mundo na década de 1780, a afirmação inicial é de que este em questão era menor do que aquele que vivemos hoje em dia. Menor geograficamente, porque era muito pouco conhecido; demograficamente, composto por uma população de não mais que um terço da atual (também menos colonizado por esse motivo); e subjetivamente para os habitantes, que eram mais baixos e detinham de compleição física inferior ao homem moderno.

Ao mesmo tempo, Hobsbawm diz que o mundo era maior, no sentido de serem precários os modais de transporte e comunicação, expandindo as distâncias tal como faz, no sentido inverso, a globalização em encurtá-las nos dias de hoje. Os homens da época nasciam e morriam no mesmo local, dificilmente saindo de sua província durante toda a vida.

Outra característica enfatizada é a de que o mundo na época era essencialmente rural. De cinco cidadãos ingleses, dificilmente quatro não seriam camponeses, e mesmo os relevantes centros urbanos se faziam pequenos.Inglaterra e França, por exemplo, tinham respectivamente um milhão e meio milhão de habitantes, em média.

Havia certo desprezo da parte dos homens da cidade sobre os dos do campo, se diferenciando física e intelectualmente. Eram letrados, mais altos e usavam roupas melhores, embora fossem igualmente ignorantes no que diz respeito a conhecer o mundo ao seu redor.

Hobsbawm destaca as características da classe média na época: era composta dos negociantes, dos tabeliões, dos empresários mercantis e dos membros da nobreza e do Clero. A economia das províncias ainda era essencialmente do campo, gerador de maior renda.

A primeira escola de economistas da época então propôs, diante de tal afirmativa, que a terra e o aluguel desta se faziam a principal fonte de renda da época. A problemática, no entanto, era entre os camponeses e os grandes senhores, como a briga entre trabalhadores e empresários.

O principal trabalhador das lavouras poderia ser um índio, um negro escravizado ou um camponês arrendatário, por exemplo. Todos trabalhavam sob coerção política, em condições análogas à escravidão. Fundamentando-se nisso, a economia europeia baseava-se no cultivo e comércio de café, algodão, açúcar, tabaco e tintas.

No leste da Europa concentrava-se a região de escravidão agrária. Existiam, sim, alguns trabalhadores livres, mas a grande maioria trabalhava de maneira servil, abusivamente. Nessa região, o oriente, a agricultura servil funcionava como uma economia de base e produção de alimentos/matérias-primas para o lado ocidental, como as colônias além-mar.

Na Itália e na Espanha, áreas de enormes propriedades agrícolas pertencentes à nobreza, a extorsão de todo trabalho, bem ou riqueza vinda do campesinato era a principal fonte de renda dos duques e barões. Era comum que as fazendas tivessem centenas de milhares de acres.

Um pouco abaixo dos grandes senhores de terras, existia uma classe de cavalheiros da nobreza que também exploravam os trabalhadores. Eles compuseram grande parte da população, chegando a ocupar um décimo dela.

Era considerado um cavalheiro, portador do status de nobre, aquele que possuísse alguma propriedade de terra. Os rendimentos dessa classe, no entanto, foram ficando cada vez mais para trás dos gastos da época (vide a ineficiência do sistema agrário), de maneira que passaram a explorar seus próprios privilégios de status e nascimento, expulsando dos cargos de importância seus rivais de “nascimento plebeu”.

Mais ao ocidente da europa, a coerção política em cima do camponês era menor, de forma que os trabalhadores já degustassem do mínimo de “autonomia” financeira, ainda que fossem bombardeados por impostos de todos os lados.

Em algumas poucas áreas desenvolveu-se uma economia agrária mais centrada no capitalismo, com os arrendatários sendo fazendeiros médios com alguns poucos empregados. Esses, no entanto, eram vastamente explorados por latifundiários

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