Resenha do capítulo do livro Super Freakonomics
Por: Pedro Mattos • 25/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.189 Palavras (5 Páginas) • 1.213 Visualizações
Microeconomia
Resenha do capítulo 1 do livro Super Freakonomics
“Por que prostituta é como papai noel de shopping?”
Este texto tem como objetivo analisar o capítulo 1 do livro “super freakonomics”: “Por que prostituta é como papai noel de shopping?”. Nesta parte é abordado temas relacionados a prostituição, por meio de acontecimentos, relatos e entrevistas na cidade de Chicago, é possível perceber como a economia está envolvida com este tipo de trabalho, por exemplo, como o preço do sexo oral diminui com o passar do tempo pela perda do “glamour”, ou melhor dizendo, pela banalização da prostituição e do sexo. Compara-se esse trabalho com o de corretores de imóveis e assim conclui-se que para as prostitutas é mais vantajoso financeiramente trabalharem sendo administradas por cafetões do que por conta própria, porém na hora de comprar um imóvel é preferível realizar este ato sem o auxílio de corretores.
É realizada uma comparação entre os salários recebidos por homens e mulheres que exercem a mesma função no trabalho, e assim comprova-se que a maior parcela dos salários mais altos são para o sexo masculino. Antigamente era comum entre as mulheres realizar apenas trabalhos domésticos, e quando trabalhavam fora, ocupavam cargos , na maioria das vezes, como professoras no ensino fundamental e médio, operárias, domésticas e lavadeiras. Com o decorrer dos anos, as mulheres começaram a participar com certa relevância no mercado de trabalho, porém na maioria das vezes recebendo menos do que homens da mesma profissão ou cargo.
Após este aumento da participação de mulheres nas empresas, também cresceu o número de possibilidades de carreiras disponíveis ao sexo feminino, não se limitando em sua maioria a trabalhos de professora e enfermagem, e assim houve uma redução na porcentagem de mulheres trabalhando nesses empregos. Segundo os autores do livro, existe grande discriminação contra o sexo feminino, demonstrado por desvantagens econômicas, inclusive nos casos de mudança de sexo, ou seja, muitas vezes uma mulher após “transformar-se” em homem passa a receber mais dinheiro, já se for o contrário, um homem que se “transforma” em mulher, recebe aproximadamente um terço a menos do que recebia de salário anteriormente.
Dessa forma, nota-se que na maioria das vezes o sexo masculino é mais favorecido dentro do mercado de trabalho, tanto em oferta de emprego quanto nos salários pagos, com exceção da prostituição, onde o sexo feminino é mais valorizado e predominante. As prostitutas tendem a receber salários, em média, muito mais elevados do que em outros tipos de empregos, porém não é tão simples quanto aparenta, no livro é demonstrado muitas e diferentes desvantagens para quem atua neste ramo.
Como na maior parte do mundo, a prostituição também é ilegal em Chicago, mas há uma probabilidade mínima de o consumidor ser preso ao contratar o serviço de uma prostituta, como no caso do tráfico de drogas onde os traficantes são quem sofrem a pena em grande parte das vezes, na prostituição as prostitutas é que são presas na maioria dos casos e não o consumidor. Além da ilegalidade, as prostitutas também sofrem muitas vezes agressões por parte dos clientes e o vício em drogas domina uma parcela de aproximadamente 85% das atuantes desse ramo de trabalho. Outra desvantagem citada no texto é com relação ao preconceito com relação a quem exerce essa profissão, o que dificulta para essas mulheres inclusive na hora de conseguir um marido. Tudo isso afeta a oferta por este tipo de serviço, o que implica no aumento dos preços.
Outro fato interessante citado no livro, relaciona-se aos descontos que muitas vezes são oferecidos quando o cliente se propõe a utilizar preservativos, quando o ato é realizado na “rua”, quando o serviço é negociado diretamente com a mulher sem o intermédio de cafetões, ou quando o pagamento é com drogas, visto que a maioria das prostitutas eram viciadas em drogas. Porém, como citado anteriormente, trabalhar com a ajuda de um cafetão era melhor financeiramente, além de lucrar mais do que trabalhando por conta própria, as prostitutas tinham de realizar menor número de serviços e reduzia-se a probabilidade de sofrer agressões ou qualquer outro tipo de problemas relacionado co os clientes. O papel do cafetão se compara ao de um corretor de imóvel, levando em conta que ambos cobram uma parcela do dinheiro pago, porém a porcentagem cobrada pelo cafetão é mais elevada do que a do corretor, e suas funções são parecidas, divulgando as prostituas para atrair clientes e também ofereciam mais proteção a elas.
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