Resumo Documentário: Laboratório Brasil – 15 anos do Real
Por: Laizalaany • 27/6/2019 • Resenha • 875 Palavras (4 Páginas) • 2.660 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – CAA
Administração – 2º Período
Disciplina: Economia brasileira e pernambucana
Resumo do documentário: Laboratório Brasil – 15 anos do Real
O documentário Laboratório Brasil aborda as décadas de 80 e 90 em seus momentos de inflação e várias tentativas de reduzi-las, pois no período de 15 anos acumulou 20.759.903.275.651% de inflação, onde se tornou recordista mundial inflacionário, impostos indiretos e concentração de renda. Mostrando também que o Brasil teve muitas moedas de câmbio e o mergulho na inflação começa com o cruzeiro no governo de Getúlio Vargas.
O primeiro governo democrático que o Brasil teve foi o Sarney, em 1985. A inflação brasileira estava na faixa dos 100% ao ano, o ultimo mês do governo Sarney tivemos a taxa de inflação de 80% ao mês. Com isso, iniciou-se um ciclo de “Plano de Contas” para combater a hiperinflação. O Plano Cruzado foi o primeiro deles e tinha uma nova moeda que era o Cruzado, onde neste plano, salários e preços foram congelados, no principio até que isto ia dando certo, porém, a produção feita era inferior à demanda interna, e foi questão de tempo para a inflação subir ainda mais forte.
A economia brasileira na década de 80 passou pela experiência de vários planos de estabilização, naquela oportunidade esses planos tentaram tratar um doente com um tipo de medicamento que era errado, que dizer que o Brasil estava doente, tendo que verificar a origem dessa doença e em economia pode-se dividir os fatores que afetam o fenômeno em dois: mecanismo de propagação corresponde à febre e as origens à crise fiscal do Estado.
Ainda durante o governo Sarney tiveram outros planos: o Plano Cruzados 2, o Plano Breeser, e o Plano Verão, onde este adota o Cruzado Novo como nova moeda. Propõe a privatizações de empresas estatais, um novo congelamento de preços, e a desindexação da economia, tendo em vista conter o déficit público e retrair investimentos para que fosse promovido o desenvolvimento.
Em 1990 assume um novo presidente, desta vez por voto direto, Fernando Collor. Durante seu curto mandato foi criado, o plano Collor, na tentativa de baixar a inflação tal plano tinha como meta: Bloquear as contas correntes e poupanças das pessoas, a volta do cruzeiro, demissão de funcionários e diminuição de órgãos públicos, e como já não bastasse o fracasso do congelamento de salários e preços, Collor coloca em meta novamente. A imobilidade causada no mercado interno, principalmente em função do confisco, foi o gerador de uma série de distúrbios, não somente econômicos, mas principalmente sociais que fizeram governo, plano e economia perder credibilidade.
A uma inflação de 20% ao mês, é firmando um acordo com o Fundo Monetário Internacional, segundo o qual o Brasil se comprometia a fazer um ajuste fiscal, a diminuir a liquidez do mercado – medidas já promovidas anteriormente – e elevar imensamente a taxa de juros. Assim se configurou o Plano Collor II, cujos resultados efetivos do não são apresentados.
Com o impedimento do presidente e a nomeação de Itamar Franco para o cargo, se monta uma equipe de planejamento econômico que lança o Plano de Ação Imediata (PAI), que previa medidas ortodoxas já anteriormente utilizadas. No entanto, o plano trazia em si uma visão mais realista orçamentária, previa medidas de recomposição e prevenção de perdas fiscais. Havia uma série de fatores externos à economia, como a paralisação do congresso e o discernimento popular quanto às medidas econômicas adotadas anteriormente, que, naquele momento, não garantiam, mas facilitavam o sucesso do plano. Dando andamento aos planos do PAI, se cria a medida provisória que regulamentava a Unidade Real de Valores (URV), a nova moeda brasileira, o Real.
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