Revisão do filme "Enron - Os mais espertos da sala"

RESENHA

ENRON: OS MAIS ESPERTOS DA SALA

taleza – CE

2014

Desenvolvimento

O filme “Enron – Os mais espertos da sala” conta a história de uma organização, a qual era considerada uma das gigantes no mercado mundial e que acabou falindo por conta de fraudes em documentos contábeis, relatório gerencia, chegando a falência em um período de 24 dias.

A Enron Corporation, fundada em 1985, foi uma companhia localizada nos Estados Unidos da América, cujo foco era a transmissão de energia alternativa, mas que com o passar dos anos, entrou em diversas outras áreas como gás natural, internet e derivativo climático.

A Enron, para conseguir crescer no mercado, utilizou-se de uma tática, denominada de “mark to market”, que possibilitava contar os ganhos projetados nos contratos à longos prazos, aumentando seu rendimento e manipulando as projeções de valores. Desta forma, não tinha como o mercado financeiro determinar como a companhia obtinha seu dinheiro e qual era o seu real patrimônio liquido. O “Mark to market” é uma técnica usada por empresas de corretagem e importação e exportação. Esta técnica permite a empresa, registrar o preço ou valor de um seguro em uma base diária para calcular lucros e perdas. Assim, o uso deste método permitiu a Enron contar ganhos projetados de contratos de energia em longo prazo como receita corrente, ou seja, movimenta-se um capital que não existia. O que possibilitou aumentar superficialmente os lucros e ainda, não sofrer tributação.

A organização comprava qualquer empreendimento que parecia ser promissor, graças a isso, chegou a ganhar o prêmio de empresa mais inovadora do país, e também formou outras empresas, movimentando ainda mais seu capital financeiro e sua área de negocio.

O Filme foca bastante em mostrar o alto número de mercado que a empresa conseguiu alcançar na bolsa de valores, tendo uma valorização jamais vista no mercado, chamando assim atenção de todos os que desejavam se tornar acionistas. Porém, os consecutivos fracassos e projetos não realizados como planejados, fizeram com que as ações das empresas sofressem uma enorme queda de valores, algo que em um primeiro momento, foi ocultado por seus controladores, mas com a continuação de uma grande queda e com a desistência do vice-presidente, cujo deixaria uma carta anônima alertando das fraudes descobertas para o presidente, a queda se concretiza e é determinado estado de falência à empresa, colocando milhões de pessoas sem empregos.

A empresa aparentemente apresentava excelentes resultados, possuía ótima reputação, era fiscalizada por mais de uma empresa de auditoria (dentre elas a Arthur Andersen, considerada anteriormente como uma das “Big Five” empresas de contabilidade), era constantemente homenageada por revistas conceituadas e empregava cerca de 21.000 pessoas.

Contudo, por meio de um esquema fraudulento de “maquiagem” contábil a Enron, manipulou seus balanços financeiros, com a ajuda de empresas e bancos, e escondeu dívidas de US$ 25 bilhões por dois anos consecutivos, tendo seus lucros inflados artificialmente. A consequência de tal fraude, foi a perda de capital milhares de acionistas, o rombo nos fundos de pensão dos funcionários que investiram na empresa, além do desemprego de pessoas e uma dívida de aproximadamente US$13 bilhões.

Assim, o escândalo do caso Enron permite a análise dos aspectos éticos que envolvem as empresas em todo o mundo.