Setor têxtil e empresa Hering - SC
Por: Dyeniferds • 23/10/2016 • Trabalho acadêmico • 2.690 Palavras (11 Páginas) • 600 Visualizações
SETOR TÊXTIL EM SANTA CATARINA: DESENVOLVIMENTO DO SETOR, MERCADO INTERNO E EXTERNO E CIA. HERING
SUMÁRIO
1.0 Resumo
2.0 Histórico da indústria têxtil em Santa Catarina
2.1 Estabelecimento do setor têxtil em Santa Catarina
3.0 O mercado interno do setor têxtil
3.1 Importação e exportação da indústria têxtil catarinense
4.0 Indústria têxtil catarinense na atualidade
4.1 Competitividade entre empresas
5.0 Funcionamento da Cia. Hering e benefícios que esta traz para o estado
6.0 Considerações finais
Referências
1 Resumo
A indústria têxtil tem origens com as colônias imigrantes vindas da Europa, estes encontraram em Santa Catarina oportunidade. Esses imigrantes depararam-se com um mercado carente e dependente da importação. As empresas pioneiras são Cia. Hering, a mais antiga, seguidas pela Karsten, Döhler, Buettner etc. Essas empresas a principio possuíam características familiares e hoje tornam o estado o segundo maior polo têxtil e de vestuário do país. As indústrias obtiveram uma expansão e estabilização considerável nos período de 1945 a 1970, fazendo assim com que estas empresas buscassem se modernizar para poder competir no mercado exterior. Apesar de as industrias de confecção serem uma das que mais ganham destaque e crescem nos últimos cinco anos, o mercado ainda sofre de alguns problemas devido as atuais crises do mercado internacional.
- Palavras-chave: Indústria. Cia. Hering. Têxteis.
2 HISTÓRICO DA INDÚSTRIA TÊXTIL EM SANTA CATARINA
A Indústria Têxtil no estado tem sua origem nas pequenas colônias de imigrantes. Enquanto na Europa, a Revolução Industrial gerava desemprego, o interior de Santa Catariana estava em processo de colonização, e, alguns imigrantes alemães então, fundaram as empresas pioneiras do setor como Hering (sendo esta a mais antiga), Karsten, Döhler, Buettner...
Os profissionais da área, muitas vezes, eram qualificados porém haviam perdido seus empregos na Europa para as novas maquinas do período industrial e, encontraram no Brasil, especificamente em SC, um cenário onde os recursos hídricos eram abundantes e a demanda até então, dependente de importações. A partir da venda de produtos básicos destinados a cama, mesa, banho e roupas, estas empresas funcionaram mesmo durante as guerras, impulsionadas pelo mercado interno, sendo, em 1964, a Hering a primeira malharia brasileira a exportar seus produtos, logo seguida pelas demais, o que tornou as décadas de 1960 e 1970 o primeiro grande ciclo de desenvolvimento.
Desta forma, essas empresas que inicialmente tinham características tipicamente familiares, hoje fazem de Santa Catarina o segundo maior polo do setor têxtil e de vestuário do país, empregando mais de 174,4 mil pessoas em 10,223 mil indústrias.
2.1 ESTABELECIMENTO DO SETOR TÊXTIL EM SANTA CATARINA
A indústria têxtil consolidou-se e obteve uma considerável expansão entre o período de 1945 a 1962, com grandes e médias empresas instaladas em Santa Catarina. Nos anos de 1960 a indústria têxtil começou a apontar aspectos de um oligopólio competitivo, deixando Santa Catarina ao lado de Minas Gerais, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1970, as expansões estendem-se para outras regiões, como Nordeste, Paraná e São Paulo. Os anos de 1980 e 1990 transformaram a indústria têxtil em um setor com inúmeras variações e ampliações, através do desenvolvimento desta cadeia surgiu a indústria de confecção do vestuário, estes produzem desde a fiação até conclusão do produto que podem se tornar vestuário ou produtos para a indústria (ex.: embalagens, filtros de algodão, etc.).
Em Joinville, Jaraguá do Sul e Vale do Itajaí, Blumenau e Brusque estão localizadas as indústrias têxteis. Joinville traz a indústria têxtil ao lado da metal-mecânica em termos de importância, pois surgem malharias como Malhas Arp, Malharia Princesa e Malharia Iracema.
Essa expansão das indústrias têxteis contou com uma colaboração do governo, visto que este forneceu subsídios, isenções e financiamentos para que essas grandes marcas abrissem com mais facilidade fabricas em outros Estados. Como exemplos temos Artex que montou unidades de fiação no Paraná e em São Paulo e estendeu sua representação em Curitiba e Belo Horizonte; Teka, comprando usinas na Bahia e Paraná com objetivo de iniciar o cultivo do algodão; e a Hering que comprou uma usina de processamento de algodão na Paraíba e abriu unidades fabris no estado mesmo.
No ano de 1993, mesmo com o fechamento de algumas empresas devido a alterações na economia e política brasileira, o setor foi propenso a investir em modernizações reduzindo assim os custos e competindo com o mercado internacional. Nesse ano também surgiram novos confeccionistas devido ao fechamento do complexo carbonífero, os ex-funcionários desses complexos investiram em pequenas confecções, que se mantém até atualmente.
3 O MERCADO INTERNO DO SETOR TÊXTIL
A principal concentração das indústria têxtil está localizada na região do Vale do Itajaí. Nos municípios de Blumenau, Brusque, Gaspar, Jaraguá do Sul, Joinville e etc, estão estabelecidas as mais importantes empresas do ramo têxtil, tais como Cia. Hering, Karsten, Buettner, Marisol S/A, Circulo S/A, Teka, Dölehr e Cremer - que estão entre as 10 maiores empresas do ramo no Sul do Brasil.
Por ser um setor muito grande, com cerca de 10.223 industrias, este empregava mais de 174,4 mil pessoas e obteve faturamento mensal de $166.410,80 durante o ano de 2013, segundo a ABIT. Santa Catarina é o segundo maior polo empregador têxtil e de vestuário do Brasil e contribuiu com 17,8% do valor da transformação industrial do estado.
O setor têxtil de Santa Catarina exportou, em 2013, 7,4% do total exportado pelo Brasil. O estado de Santa Catarina destaca-se na exportação de tecidos atoalhados de algodão, tecidos e feltros, malhas, camisetas, roupas de cozinha, sendo o maior exportador do país de fitas de fibras sintéticas. Também se evidencia na America Latina pela produção de linhas para crochê e fitas elásticas e etc.
3.1 IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DA INDÚSTRIA TÊXTIL CATARINENSE
Os principais países de destino da exportação têxtil e de confecção catarinense são Argentina, México e Paraguai, que juntos representam cerca de 45,7% desse volume. Já os produtos importados tem origem da China com 28,4% sendo o principal importador do setor para o estado, seguido pela Indonésia com 16,9% e da Índia com 15,7%. Essa ordem é alterada quando nos referimos especificamente do setor têxtil, que tem por principais exportadores o México responsável por 24,5% desse montante, a Argentina com 21,2% e o Paraguai com 9,2%, as importações dominantes vem da Indonésia com 20,2%, China com 19,3% e Índia com 18,1%.
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