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Sociologia do Trabalho: A ética protestante e o espírito do capitalismo

Por:   •  24/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  868 Palavras (4 Páginas)  •  490 Visualizações

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Sociol. do Trabalho – 2017.2 - 3ª aval. - WEBER. A ética protestante e o "espírito" do capitalismo

Aluno: Danillo Francisco Estrela Gadelha Maia

Matrícula: 11415170

15. Em sua Introdução, Weber faz a seguinte afirmação: "Apenas no Ocidente existe uma ciência num estágio de desenvolvimento que reconhecemos, hoje, como válido." [p. 03 (fl. 02)]. Desenvolva esta questão, com base no texto.

                O autor expressa uma visão de superioridade do Ocidente em relação ao Oriente, pois, ainda segundo ele, apesar do Oriente também possuir os caminhos para linhas de conhecimento que ocorriam similarmente no Ocidente, acabavam sempre por depender e/ou não se igualar a toda a racionalidade e segurança com as quais apenas no Oeste foi possível comprovar e garantir.

17. Weber, referindo-se aos trechos de Benjamin Franklin, por ele citados, afirma que "aqui não se prega simplesmente uma técnica de vida", nem "apenas 'perspicácia nos negócios'", mas sim "uma 'ética' peculiar" [p. 45 (fl. 9)]. Comente a análise feita por Weber desta ética, sobretudo que ele define como seu “o summum bonum” [p. 46 (fl. 10)].    

                Em a ética, bem como todas as advertências morais de Franklin, são de cunho utilitário. Por exemplo, a honestidade é útil, porque traz crédito, o mesmo se diga da pontualidade, presteza e virtude. Assim, de modo geral summum bonum é interpretado como sendo o objetivo final, contendo todos os outros bens. Na filosofia cristã o bem maior é comumente definido como a vida dos justos, vivida em comunhão com Deus e de acordo com os preceitos divinos.

18. Explique esta afirmação de Weber: “Para se impor, o espírito capitalista (...) teve de travar duro combate contra um mundo de forças hostis.” [p. 49 (fl. 11)]    

Para a implantação do sistema capitalista, este deveria superar o tradicionalismo, tanto cultural quanto laboral e religioso. As religiões pré-protestantes viam que a ideia de abrir mão dos próprios bens e se aproximar a Deus era o certo a se fazer, a ideia de guardar dinheiro seria considerado avarento.

20. Para Weber, até meados do século XIX, mesmo quando a empresa já tinha uma organização capitalista, "era economia 'tradicionalista', se atentarmos ao espírito que animava esses empresários.” [p. 59 (fl. 16)]. Explique essa caracterização feita pelo autor.

                A forma como os empresários levavam a vida bem como seus lucros diários, assim com a carga do trabalho, a condução dos negócios, relacionamento com os trabalhadores e freguesia, a forma de conquistar clientes, eram todas dominados pelo tradicionalismo, mesmo que a empresa fosse de estrutura capitalista.

21. Weber lembra que, no capitalismo moderno, a “entrega de si à 'vocação' de ganhar dinheiro” é uma necessidade incontornável, dispensando o “aval de qualquer força religiosa” [p. 64 (fl. 19)]. Essa situação, no entanto, não existiu desde o início do capitalismo. Explique.  

                Weber considera o capitalismo como puro produto da adaptação, com isto quer reforçar a ideia de que este modelo econômico utiliza de suportes para que pudesse progredir e estabelecer-se. Afinal, ainda segundo o autor, fica claro que “aquela concepção de ganhar dinheiro como um fim em si mesmo e um dever do ser humano, como vocação, repugnava à sensibilidade moral de épocas inteiras”, ou seja, ele teve de se adaptar as brechas que o permitiam agir conforme as época em que esteve inserido até finalmente chegar a “dispensar” o aval de qualquer força religiosa, política e/ou social.

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