TRABALHO INDIVIDUAL AVALIAÇÃO FINAL

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MBA em Gestão Financeira

Economia Empresarial

Prof. Anderson Pellegrino

TRABALHO INDIVIDUAL – AVALIAÇÃO FINAL

1. Conforme estudamos, um ciclo econômico típico (modelo) é constituído por fases de crescimento econômico, estagnação, recessão e depressão. E é influenciado (trajetória econômica do país) por variáveis econômicas e/ou extraeconômicas domésticas (internas) e externas.  

 

1. Mapeie e apresente 01 variável interna (doméstica) e 01 externa que, na atualidade, possam gerar impactos significativos sobre o desempenho da economia brasileira no curto prazo. Argumente demonstrando a relação de causa e efeito entre as variáveis apontadas e a atividade econômica no país. (Valor 2,5 pontos)

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1. Considere que analistas do mercado financeiro recentemente manifestaram expectativas de mal desempenho para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. Aponte e explique 02 ações no campo da política fiscal (especificamente no Gasto Público e na Arrecadação Tributária) capazes de gerar um efeito anticíclico sobre o cenário atual, ou seja, capazes de amenizar sintomas mais graves de uma eventual crise econômica de curto prazo. Aponte e explique também eventuais limitações (dificuldades a serem enfrentadas) nas ações mencionadas, tendo em vista a atual realidade econômica brasileira. (Valor 2,5 pontos)

 

1. Recentemente o Banco Central optou em reduzir a Taxa Básica de Juros (SELIC) para o nível de 3,00%. Comente possíveis impactos dessa ação sobre o Consumo doméstico (C), sobre o

Investimento produtivo (I) e sobre a Inflação. (Valor 2,5 pontos)

Sugestão para pesquisa: https://www.bcb.gov.br/publicacoes/atascopom 

 

1. Aponte e explique três razões comuns para existência de demanda elástica por um bem ou um serviço. Apresente um exemplo (real ou fictício) de como pode acontecer tal fenômeno no mercado (hipoteticamente). Exponha também de que maneira uma forte alteração no preço de tal produto (ou serviço) pode impactar sobre a receita (e resultados financeiros) da empresa mencionada. (Valor 2,5 pontos)

 

 

Respostas

1 a :

A variável interna que acredito que possa impactar diretamente a economia e que pode ter efeitos negativos para a recuperação econômica do Brasil é a desvalorização do real perante o dólar. Na minha opinião esta desvalorização pode ter três efeitos negativos:

1. Aumento de preços e por consequência pode gerar uma inflação de custo visto que no processo produtivo em geral muitos itens de matéria prima são importados e com o real desvalorizado o impacto no custo de produção é muito forte, podendo gerar uma elevação de preços mesmo com a demanda baixa.
2. Diminuição dos Investimentos: para a industrial nacional investir normalmente ela depende de compras de equipamentos e processos de outros países e com o real desvalorizado a tendência é a elevação de custo nos projetos e a queda no pay-back estimado fazendo com que em muitos casos desestimule investimentos devido ao baixo retorno. Da mesma forma empresas do exterior podem não se sentir atraídas por investimentos no Brasil pela dificuldade de ter atratividade no investimento.
3. Enfraquecimento da Industria : mesmo que o dólar alto estimule as exportações e ajude a aumentar estas, não podemos esquecer que em um mundo globalizado o exportador concorre com o mundo inteiro e com o real desvalorizado seu custo de produção pode deixar de ser competitivo visto que muitos itens do processo produtivo dependem de preços internacionais e com o real desvalorizado sua competitividade pode ser enfraquecida.

A variável externa que vejo hoje com maior impacto sem dúvida é a pandemia de Covid-19 que afeta o mundo inteiro. O confinamento obrigatório e as despesas extras que se destinam a investimentos em saúde, auxílio social e ajuda aos estados e municípios vão impactar violentamente as contas publicas e provavelmente suspendendo investimentos que poderiam tornar o Brasil atrativo. Hoje o investimento em infraestrutura que pode gerar condições favoráveis para as empresas investirem e atrair investimentos do exterior já eram baixos, a tendência nos pós pandemia é ser quase nulo até a recuperação das contas publicas.

Outro impacto violento da pandemia é no PIB do Brasil, a baixa demanda devido ao confinamento gerou um parque fabril com alta ociosidade e que já não consegue suportar todos os custos derivados desta ociosidade. O que se vê hoje são empresas descapitalizadas e que caso aja um aumento de demanda imediato não conseguirão responder no mesmo tempo. A indústria está a deriva e isto pode fazer com que a recuperação do Brasil demore bem mais a reagir do que outras economias no mundo, lembrando que a indústria tem um peso muito alto no PIB.

 

1 b.

No campo da arrecadação tributaria uma medida emergencial que considero importante foi a prorrogação de tributos ( PIS / Cofins ) das competências de abril e maio além da redução da contribuição do sistema S em 50 %, foi importante para ajudar no fluxo de caixa das empresas durante a queda de demanda. Um impacto negativo é que a prorrogação foi feita apenas para dois meses com a ideia de que a pandemia não iría perdurar com os efeitos negativos na economia, mas o que se vê é que não houve reação da demanda e o quadro continua igual ou pior e o governo terá que tomar mais medidas que diminuam ou suspendam temporariamente a arrecadação. O risco que o governo corre é diminuir a arrecadação e aumentar o rombo nas contas publicas, uma reforma tributária que já foi protelada por muito tempo deveria ser prioridade tanto do Congresso como do Governo.

No campo dos Gastos Públicos, uma ação importante foi o benefício emergencial tanto para pessoas que ficaram sem renda como para proteção do emprego. É uma ação muito importante que além de geradora de demanda e consumo mesmo que precário também evita o desemprego que pode chegar a níveis inimagináveis e impactar diretamente a economia e o Brasil como um todo. O impacto negativo que pode aparecer é um rombo maior nos Gastos Públicos, o que se viu no momento atual é pouca redução nos gastos públicos já projetados e um aumento violento destes com as ações emergenciais.

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