Tipos de custos de logística

Em se tratando de custos de armazenagem e movimentação, avalia-se temas que influenciam diretamente as operações logísticas, ligados a estrutura da empresa, enfim tudo que se refira ao transporte das mercadorias de um local para outro, as formas de transportes também influenciam nos custos, onerando assim o produto final. Todo produto que é movimentado necessita de uma embalagem e formas de acondicionamento, seus custos para empresas tanto fabricantes como usuárias.

No entanto os custos de armazenagem são ligados a estrutura que dão condições para a empresa guardar seus produtos. Podemos citar vários custos como exemplo:

- Aluguel de um galpão com capacidade adequada para o numero de mercadoria;

- A compra de pallets;

- A compra e manutenção de empilhadeiras;

- Mão de obra nos estoques., etc...

Os armazenamentos de mercadorias consomem espaço, cria uma demanda maior de serviço com mais empregados, muitas vezes pode danificar o material de tanto movimentar ou pelo simples fato do mau armazenamento, isso tudo acaba gerando um custo de manutenção do capital.

Investir em estoque custa dinheiro, empata capital e empresa acaba se prejudicando, pois imobilizando o capital ela perde em valor em vez de aplicar ele no mercado financeiro, ganhando a remuneração dos juros. Sem contar ainda que o estoque parado acaba fazendo com que a produção pare. Entretanto, manter estoques pode ser problemas para as empresas, poisexistem também outros custos como perdas, roubos e a própria depreciação dos materiais, tudo isso se torna custos de armazenagem para empresa. Para reduzir esses custos, é interessante deixar todas as movimentações bem sincronizadas, ou seja, fazer com que as mercadorias não fiquem muito tempo estocadas, e para isso, é preciso que os recebimentos, as vendas, as entregas, etc., sejam bem alinhadas de uma forma que uma se encaixe com a outra.

Os custos de movimentação, são bem intercalados com os custos de armazenagem, porém destacam-se os custos, com entregas, fretes, ou seja, o transporte das mercadorias de um lugar para outro.

Portanto o transporte é de suma importância para o consumidor final, fazendo com que o produto chegue ao destino sem avarias, cumprindo os prazos previstos, entregando no local indicado, investindo no aprimoramento dos processos, reduzindo assim os custos de entrega. Esses custos podem ser observados sob duas óticas: a do usuário e o da empresa operadora. Esses custos são influenciados, pelos seguntes fatores econômicos: distância, volume, densidade, facilidade de acondicionamento e manuseio etc...... Na busca da redução de custos pode-se optar por transporte lento ao invés do mais veloz.

Segundo especialistas, a embalagem vista sob a ótica sistêmica, compreende o conjunto de operações, materiais e equipamentos utilizados com as finalidades de acondicionar, proteger, conservar, transportar e armazenar produtos ao longo das diversas Cadeias de Suprimentos. Assim contribui para satisfazer seus respectivos integrantes, com ética, com informação, respeito ao meio ambiente, atendendo aos direitos do consumidor com custos adequados. Conforme Bowersox e Closs (2001), o elemento de custo geralmente é classificado em dois tipos: Embalagem para o consumidor, com ênfase em Marketing e embalagem voltada às operações logísticas (transporte e armazenagem). Vai depender da embalagem para que na logística se tenha o manuseio/movimentação de forma eficiente dos materiais e produtos.

Segundo Alvarenga e Novaes (2000,p.125) há três tipos principais de embalagens: (a) invólucros diversificados, como caixas de madeira ou papelão, sacas,tambores etc., que são os mais comuns; (b) pallets,são estrados de madeira, plástico (slip sheets) ou metal (shrink), necessitando de empilhadeiras para mover a carga para o transporte; (c) contêineres, caixas grandes fechadas, normalmente de aço ou alumínio, utilizadas principalmente na importação e exportação de produtos.

As embalagens e dispositivos de movimentação podem ser de uma única utilização (descartáveis – one way) ou retornáveis, que são reutilizáveis.O capital investido na compra de embalagens retornáveis, aquelas que voltam à empresa após a entrega dos produtos aos clientes, bem como sua manutenção e administração (follow up), está associado aos custos de embalagem. Para uma decisão de qual embalagem utilizar, deverá ser levado em consideração o investimento que deverá ser feito na embalagem retornável, bem como o número de vezes em que será utilizada, verificando se existe um retorno positivo, frente ao custo das embalagens descartáveis.

De acordo com os autores Alvarenga e Novaes (2000,p.125-126), em relação aos pallets, a maioria dessas embalagens é reutilizável, retorna à sua origem ao final do processo, podendo ocorrer alguns problemas como, o custo do transporte do estrado vazio e, também a dificuldade de controlar sua devolução, quando estes são entregues junto com a mercadoria a terceiros como transportadora ou clientes. Deve ser considerada, a manutenção dos pallets, a alocação da mão-de-obra, dos materiais e recursos financeiros, criando assim um custo adicional. Uma alternativa de eliminar esses problemas é a utilização de pallets descartáveis, que são estrados leves e de baixo custo e com resistência para serem utilizados numa única operação.

Não se pode esquecer-se das preocupações ambientais. As embalagens hoje devem ser retornáveis (como já é lei no caso dos agrotóxicos), reutilizáveis (como os galões d’água, alguns produtos de maquiagem, lenços umedecidos e limpadores de vidros, por exemplo), ou pelo menos recicláveis (como a maioria das embalagens dos produtos que consumimos no dia-a-dia). Assim, para o fabricante das embalagens, os custos delas e dispositivos de movimentação englobam custos variáveis, como materiais, tais como, madeira, papelão, plástico, aço, ferro entre outros, e os custos tributários inerentes (não recuperáveis). Os custos fixos, no fabricante, são relacionados à mão-de-obra envolvida na produção das referidas embalagens, os custos com pesquisas e desenvolvimento destas, devendo complementar também os custos com a depreciação e manutenção dos equipamentos utilizados na produção de embalagem.

A logística pode não dominar completamente o projeto das embalagens, mas é importante que suas necessidades sejam avaliadas juntamente com as necessidades de produção e Marketing, quando da padronização secundária de embalagem. O desenho e o material da embalagem devem ser combinados para garantir o nível de proteção desejada, mas sem incorre em custos superdimensionados.