Trabalho de Elaboração de Projetos

Universidade Federal do Acre

Pró-Reitoria de Graduação

Centro de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas

Curso De Economia

Teoria Microeconomia II

Resolução do exercício do capítulo 12 – Competição Monopolista e Oligopolista de Pindyck

Vandimar Cerqueira de Freitas

Trabalho apresentado à Disciplina de

Teoria Microeconômica II, sob a

orientação do Prof. Dr. Lucas Araújo.

Rio Branco

Fevereiro/2015



1) Suponha que, após uma fusão, todas as empresas de um setor monopolisticamente

competitivo se tornem parte de uma mesma grande empresa. Sera que a nova empresa

continuaria a produzir as mesmas marcas diferentes já existentes? Sera que ela produziria

apenas uma marca? Explique.

A concorrência monopolística é definida pela diferenciação dos produtos. Cada

empresa aufere lucro econômico ao distinguir uma marca das demais. Essa distinção

pode derivar de diferenças reais no produto ou simplesmente de diferenças na estratégia

de propaganda. Caso essas concorrentes fossem fundidas em uma só empresa, o

monopolista resultante não produziria tantas marcas diferentes como no mercado

anterior, dado que um grau excessivo de competição entre as marcas é mutuamente

destrutivo. Entretanto, não é provável que apenas uma marca seja produzida após a

fusão. A produção com diversas marcas e com preços e características diferentes é uma

forma de dividir o mercado em grupos de consumidores caracterizados por diferentes

elasticidades de preço, o que pode, também, estimular a demanda como um todo.

2) Considere duas empresas que se defrontam com a curva de demanda P = 50 - 5Q, onde

Q = Q1 + Q2. As funções de custo da empresa são C1(Q1) = 20 + 10Q1 e C2(Q2) = 10 +

12Q2.

a) Suponha que as duas empresas tenham entrado no setor. Qual será o nível de produção

conjunta capaz de maximizar os lucros? Qual quantidade cada empresa produzira? De

que forma sua resposta seria modificada se as empresas não tivessem entrado no setor?

Se ambas as empresas tiverem entrado no mercado e praticarem o conluio, elas se

defrontarão com uma curva de receita marginal com o dobro de inclinação da curva de

demanda: RMg = 50 - 10Q.

Igualando a receita marginal ao custo marginal (o custo marginal da Empresa 1, dado

que este é menor do que o da Empresa 2) para determinar a quantidade que maximiza

os lucros, Q: 50 - 10Q = 2, ou Q = 4,8.

Inserindo Q = 4,8 na função de demanda para determinar o preço: P = 50 – 5(4,8)

P = $26.

O lucro da Empresa 1 será: .1 = (26)(4,8) - (20+ (10)(4,8)) = $56,8.

O lucro da Empresa 2 será: .2 = (26)(0) - (10 + (12)(0)) = -$10.

O lucro total do setor será: .T = .1 + .2 = 56,8 - 10 = $46,8.

Se a Empresa 1 fosse a única a entrar no mercado, seus lucros seriam $56,8 e o da

Empresa 2 seria 0.

Se a Empresa 2 fosse a única a entrar no mercado, então, ela igualaria sua receita

marginal a seu custo marginal para determinar a quantidade que maximiza os lucros: 10 -

2Q2 = 3, ou Q2 = 3,5.

Inserindo Q2 na equação de demanda para determinar o preço: P = 10 – 3,5 = $6,5.

O lucro da Empresa 2 será: .2 = (6,5)(3,5) - (3 + (3)(3,5)) = $9,25



b) Qual é a quantidade de produção de equilíbrio para cada uma das empresas se elas

atuarem de forma não cooperativa? Utilize o modelo de Cournot. Desenhe as curvas de

reação das empresas e mostre o seu equilíbrio.

No modelo de Cournot, a Empresa 1 considera a produção da Empresa 2 como fixa e

maximiza seus lucros. A função de lucro derivada em 2.a se torna .1 = (10 - Q1 - Q2 )Q1

- (4 + 2Q1 ), ou ......4811212QQQQ.

Igualando a derivada da função de lucro em relação a Q1 a zero, obtemos a função de

reação