Trabalho de MBA
Por: Cristiane_Rod • 17/2/2022 • Trabalho acadêmico • 1.903 Palavras (8 Páginas) • 243 Visualizações
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Atividade individual
Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios |
Aluno/a: Cristiane de Sousa Rodrigues |
Disciplina: Economia Empresarial |
Turma: Economia Empresarial-1121-1_32 |
INTRODUÇÃO Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais. |
A indústria têxtil é muito importante na história da sociedade tendo um papel fundamental no impacto nos meios de trabalho, na luta pelos direitos civis, na entrada das mulheres no mercado de trabalho entre outros. Este segmento de mercado é um dos mais lucrativos da economia mundial. O Brasil é o quinto mais importante país na escala global além de ser também o quarto maior produtor de malhas do mundo sendo referência em becahwear, jeanswear e homewear. Contudo, em 2020, começou a viver no mundo uma realidade que jamais poderia se imaginar com a pandemia do coronavírus que tem refletido até os dias atuais na queda da economia global, não sendo diferente com o Brasil. As imposições colocadas pelo COVID 19, como o isolamento social, provocaram grandes impactos econômicos levando a redução na renda das famílias, restrições aos setores econômicos (em especial de serviços) e o adiamento de investimentos. Outro ponto importante a ser analisado é a mudança no comportamento das pessoas neste período, principalmente referente ao modo de consumir das pessoas. Houve uma ascensão pela aquisição de produtos via e-commerce e por produtos de limpeza e higiene pessoal. A indústria têxtil, para se manter no mercado em 2020, precisou ser adaptada passando a produzir itens de proteção, como máscaras. Contudo, o setor ainda não retornou ao seu patamar anterior à pandemia, mas há uma perspectiva positiva para que, em 2021, volte a crescer novamente. |
CONTEXTO DO SETOR Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização. |
Passado um ano da pandemia, com uma realidade totalmente alterada, as indústrias precisaram se reinventar, reestruturar seu modelo de negócio e incluir nele a transformação digital e inovação de mercado. Desta forma, o setor têxtil é um dos que mais rapidamente reagiu à crise sendo visto como o modelo de negócio com melhor perspectiva para retomada da economia visto que tem as melhores ações e se prepara para as tendências pós-pandemia. Segundo balanço apresentado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), há uma expectativa que este setor cresça sua produção em 8,3%, tendo as vendas internas de 6,8% e as importações 5,2%. As exportações terão um acréscimo de 6,25% comparado com 2020. Assim, espera-se que a oferta seja superada pela demanda. Como podemos verificar no gráfico 1 abaixo, entre 2017 e 2020, as exportações de têxteis reduziram em 12% já sofrendo as influências dos impactos do coronavírus: [pic 3] Contudo, ao analisarmos o primeiro trimestre de 2021, segundo os dados da ABIT, as importações cresceram 44,27% e as exportações 20,41% em comparação com mesmo período de 2020, sendo que nos últimos 12 meses foi de 20,27% no acumulado. Para Mendes Junior, analisando as informações do presidente da ABIT: (...) apesar da redução do auxílio emergencial e das novas restrições da atividade econômica no primeiro trimestre, o ritmo de recuperação mostra-se positivo em 2021, mas que por outro lado, o elevado número de desempregados e a inflação em alta reduzem o potencial de consumo e retomada mais expressiva. Baseado nos modelos de projeções estatísticas desenvolvidas pelo IEMI, estima-se para 2021 um crescimento de 10,4% na produção de vestuário em volume, sendo em valores uma receita total de R$ 141,7 bilhões o que representa uma alta de 12,3% em valores nominais (R$) comparado com 2020. |
ANÁLISE MACROECONÔMICA Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise. |
Conforme o presidente da ABIT, Pimentel, é possível observar a retomada do segmento têxtil acima do vestuário, isto acontece porque a indústria de tecido atua em outros setores como cama, mesa e banho, saúde, imobiliário, automotivo. Algumas dessas áreas, em especial saúde, tiveram a demanda mantida ou menos afetada. O setor apresentou um saldo positivo de 71.818 empregos formais de Janeiro a Agosto de 2021, com base nas informações do Caged, divulgados pela ABIT. Nos últimos 12 meses, foram 102.658, sendo 30.075 no segmento dos têxteis e 72.583 no de vestimenta. Pimentel afirmou que “somente em agosto, geramos 10 mil postos de trabalho, de um total de 372 mil em todos os setores da economia, ou seja, 2,7% das vagas, índice maior do que nossa participação no PIB nacional". Desta forma, é possível verificar que as perdas ocorridas no ano de 2020 já estão sendo reestabelecidas. Mesmo tendo pressão sobre os custos de produção, o setor têxtil e confecção tem atualizado os preços dos seus produtos abaixo da inflação, segundo informa o presidente da Abit. O IPCA Geral foi de 3,22% e do vestuário de 2% de janeiro a maio de 2021. Segundo o site Mercado Comum, o setor têxtil registrou um índice de Preços ao Produtor (IPP) de 12,5% de janeiro a maio e 25,37% nos últimos 12 meses enquanto o de vestuário foi de 8,29% e 11,11%. Outra informação importante de ser analisada é que a indústria têxtil é uma âncora para inflação, considerando o período de julho de 1994, início do plano real, a maio de 2021, o IPCA Geral é de 627%, sendo que 345% referem-se a esta atividade. De acordo com estudos realizados pelas equipes econômicas, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil deve crescer em 2021 em torno de 4%. Baseado nisto, Fernando Pimentel espera que o PIB da indústria têxtil cresça em média 2,5%. Contudo, ele afirma que isto só será possível havendo uma reforma tributária, reforma do setor elétrico entre outros assuntos do governo. Como podemos verificar no gráfico 2 abaixo, entre março 2018 a junho 2021, a taxa de crescimento mensal da produção física cresceu de 5,6% para 19,9%: [pic 4] |
ANÁLISE MICROECONÔMICA Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional. |
A pandemia veio trazer novos hábitos aos consumidores que estão cobrando cada vez mais responsabilidades das empresas em relação aos impactos ao meio ambiente esperando que estas ofereçam produtos sustentáveis, de alta qualidade e preço justo. Para isto, muitas empresas estão modificando sua linha produtiva instalando energia renováveis, reaproveitando recursos e reduzindo desperdícios. O objetivo é aproveitar a retomada da atividade sendo mais produtivo e competitivo, com menor custo e com processos mais eficientes e sustentáveis. Além disso, outra reinvenção necessária para indústria foi a criação de plataformas online de vendas, o e-commerce, forma de atender a demanda de seus clientes. O Brasil é um dos países do ocidente que detém a maior e mais completa cadeia têxtil produzindo desde o algodão até sediando grandes eventos de moda. Deste modo, o setor têxtil possui grande importância para o mercado interno atraindo novos investidores nacionais e internacionais de novos negócios no segmento de vestuário, além de ser considerado o segundo maior gerador de emprego e renda promovendo assim o crescimento econômico do país. Já no mercado internacional, os produtos brasileiros de vestuários e acessórios exportou um total de U$ 112.516.216,00, sendo que os países que mais importaram estes produtos foram: Paraguai, EUA, Chile e Bolívia. Contudo, um dos entraves é a dependência por fios de poliéster e poliamida fornecidos pelo mercado internacional, na sua maioria pelos asiáticos. Por esta razão, este setor vem absorvendo um aumento dos preços devido a variação do câmbio e da redução de abastecimento e oferta. Com o câmbio atual, frente a uma desvalorização do real, há um desestímulo da importação dos produtos têxteis, sobretudo no mercado de moda que trazem as peças prontas, favorecendo assim a indústria têxtil local. O que no primeiro momento traz uma falta de produto na ponta pois as empresas não estavam preparadas para um retomada repentina devido a anos de encolhimento neste setor. Precisa que o governo continue com uma política para taxar as importações e fortalecer ainda mais a indústria brasileira. |
CONCLUSÃO Apresente uma conclusão justificando a sua análise. |
Ao fazer uma análise de forma geral, a indústria têxtil brasileira foi, de certa forma, favorecida pela pandemia, tendo como a razão principal o aumento da demanda por máscaras, aventais, roupas de cama e banho para hospitais. Além disso, algumas empresas precisaram se modernizar investindo em fabricação de tecidos antivirais e utilização de novas tecnologias e meios de venda, como e-commerce. O Auxílio emergencial oferecido pelo governo tem sido importante para melhora nos resultados da economia, contudo, não se pode considerá-lo como uma única ferramenta, pois não se sabe como as coisas ficarão quando esta medida não for mais oferecida e nem como a evolução da pandemia acontecerá. É possível ver que com o aumento das pessoas vacinadas, há uma expectativa de melhora da economia aumentando a produção de 2021 em 7,4% se comparado com o ano de 2020. Além disso, as importações tem um perspectiva de 20% de aumento nos últimos 12 meses, bem como as exportações de 10%. |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT. |
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