VENCEDOR DO OSCAR DE MELHOR FILME E MUITO MAIS PRÊMIOS

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Parasita (2019) | Crítica

por ARTHUR RIJKAARD | 25/03/2021

─ Parasite é uma longa detalhista que faz uma crítica social importante com personalidade e misturando gêneros. [pic 3]

                                                                                                                                                                                                                             VENCEDOR DO OSCAR DE MELHOR FILME E MUITO MAIS PRÊMIOS! O filme acompanha a história da pobre família de Kim (Kim Ki-taek). Embora não lhes falte solidariedade, o velho pai, sua esposa e os dois filhos mal conseguem se manter com os precários bicos que arranjam. Porém, quando um amigo convida um dos meninos para substitui-lo na função de professor de inglês de uma garota da alta sociedade, a sorte dos personagens parece mudar. Mostra-se, assim, um caminho pelo qual todos ali podem se beneficiar.                         O sul-coreano Bong Jooh-ho é um dos melhores diretores da atualidade, ele dirigiu ótimos filmes como: Memórias de um Assassino (2003), Expresso do Amanhã (2013) e Okja (2017). E com Parasita, não é diferente, considero até o melhor filme da sua carreira, pois ele prende o espectador com uma história simples que cria tramas surreais e assuntos interessantes a serem discutidos. Aqui ele prova mais vez o seu talento no que faz ao ponto de ter ganhado vários prêmios só com este filme.                                                                                                                      Quando assisti isso pela primeira vez, fiquei muito surpreso, eu não esperava que esse filme ia ser tão incrível assim, pois assisti pouquíssimos filmes nesse estilo.                       O longa é inteligente ao construir a desigualdade entre a família de Kim e a família Park, pois faz isso com detalhes em sua estrutura, nas locações, nos cenários e também pela própria disposição cênica. As cenas que ficam mostrando a diferença entre as duas casas ou as cenas em que os personagens ficam em silêncio servem para transmitir a ilusão de ascensão social que o pontífice e seus parentes pensam estar tendo. Lentamente, o protagonista e seus semelhantes começam a trabalhar para a família Park, ocupando tarefas diferentes na casa sem que saibam que são da mesma família.                                                                                                       A obra mantém uma bela pegada de comédia, drama e suspense, sem perder o ritmo até chegar num último ato mais dramático e potente com a presença de um plot twist que irá chocar (ou já chocou) os espectadores. Parasita não é um filme pra todo mundo, mas que é excelente no que faz, traz temas bastante relevantes e suficientes para prender os espectadores até o fim, e quando chega no final, muda de tom sem perder a essência e sem estragar a trama, junto com um plot twist que me espantou, no bom sentido. Enfim, é uma “obra-prima moderna” que recomendo para todos os cinéfilos e fãs do gênero!  NOTA: 10/10

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