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1ª geração

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Por:   •  1/12/2013  •  Resenha  •  2.370 Palavras (10 Páginas)  •  548 Visualizações

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1º Geração

Contexto histórico:

O culto à natureza e à imaginação já havia começado com os escoceses no século XIII, quando surgiram as primeiras histórias de cavaleiros e donzelas, em verso. Nessa época, as narrativas eram chamadas de romance, palavra que deriva do advérbio latino romanice, que significa "na língua de Roma".

A origem do que viria a ser conhecido como "Romantismo", no entanto, fora plantada no século XVII, quando o "espírito clássico" começaria a ser contestado na Grã-Bretanha.

O Romantismo surgiu na Europa em uma época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do Século XX). No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição.

Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de seu nascimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta classificação encaixam-se Francisco Goya e Bocage.

O Romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e na Inglaterra. Na Alemanha, o Romantismo, teria, inclusive, fundamental importância na unificação germânica com o movimento Sturm und Drang.

O Romantismo viria a se manifestar de forma bastante variada nas diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar realmente aqui mais tarde do que em outras artes). À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao Realismo.

No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil em 1822, com o Primeiro reinado, com a guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista.

2º Geração

A segunda geração baseou-se em uma arte totalmente voltada para o desapego ao nacionalismo e “mergulhou” em um exacerbado sentimentalismo e pessimismo doentio como forma de escapar da realidade e dos problemas que assolavam a sociedade na época.

3º Geração

A terceira geração que foi mais voltada para o “social”, muito difundido pelo poeta Castro Alves com sua obra “Navio Negreiro”, a qual faz alusão à época da escravidão aqui no Brasil. Os poetas pertencentes a esta geração foram muito influenciados pela figura do pássaro Condor, simbolizando a liberdade de uma forma geral. Razão pela qual a poesia é também chamada de condoreira, com raízes no famoso escritor francês Vitor Hugo.

CONTEXTO HISTÓRICO

O Brasil do início do século XIX foi palco de várias transformações que contribuíram de forma decisiva para a formação de uma verdadeira identidade nacional e, conseqüentemente, uma literatura com características mais brasileiras. A chegada da família real portuguesa em 1808 já era um indício de que aquele seria um século de profundas mudanças na estrutura política, econômica e cultural do país. D. João VI, através de medidas importantes visando o desenvolvimento nacional, abriu os portos para comércio com o mundo, o que significava a fácil entrada de novas tendências culturais, principalmente européias. Além disso, criou novas escolas, bibliotecas e museus, e deu incentivo à tipografia, que implicou a impressão de livros, até então feitos em Portugal, e a edição de jornais. O eixo político-econômico-cultural do Brasil sai então de Minas Gerais para ganhar as portas da realeza no Rio de Janeiro, onde nasce um público consistente de leitores principalmente formado de mulheres e jovens estudantes, provenientes da classe burguesa em ascensão.

Enquanto isso, o restante da nação, ainda movido pela estrutura agrária e mão-de-obra escrava, assiste à transição do colonialismo ao império. Era a tão sonhada independência política das correntes de Portugal, numa busca pela liberdade e pelo patriotismo, que iria acolher de braços abertos os ideais românticos.

CARACTERÍSTICAS

Em oposição direta ao Arcadismo, o Romantismo, marco de início do Período Nacional da literatura brasileira, que se estende até nossos dias, tem como lema a subjetividade, ou seja, o culto ao EU, ao individualismo e à liberdade de expressão, buscando a criação de uma linguagem nova e compatível com o espírito nacionalista. Impera a emoção, a constante busca pelas forças inconscientes da alma, como a imaginação e os sonhos. É o coração acima da razão humana, que leva ao amor idealizado e puro. A natureza passa a ser a expressão da criação e perfeição de Deus, a única paisagem sem a mão corrupta do homem. É nela que o homem vai refletir todos os seus estados de espírito e desejos de liberdade, de proximidade ao Criador.

Essa busca dos sentimentos e da liberdade entra em choque, porém, com a realidade humana e muitas vezes gera a insatisfação, a depressão e a melancolia em relação ao mundo incompreendido - o "mal-do-século". A conseqüência quase sempre é a fuga, a busca pela morte, pelos ambientes exóticos: o oriente distante ou o passado histórico, que, para os europeus, remonta à época medieval e, para os escritores brasileiros, à vida indígena pré-colonial e colonial. Muitas vezes essa fuga recai sobre a infância, período de pureza, estabilidade e segurança na vida. A criança passa a ser modelo de perfeição, de estado de espírito, de exemplo para a renovação da alma e da sociedade. Surge daí a contestação aos modelos vigentes, a busca do caos e da anarquia, o culto às trevas, ao ópio e à noite, num convívio quase irregular com um nacionalismo exaltado, em que a figura do índio e do sertanejo passam a ser figuras de destaque - representantes da típica cultura brasileira. Da vida urbana, fica a imagem dos amores burgueses, da média-alta sociedade de São Paulo e principalmente do Rio de Janeiro, capital do império, tão bem retratada nos folhetins. Toda essa fuga seria alvo de ataque dos escritores do Realismo-Naturalismo.

No Brasil, o Romantismo desenvolveu-se principalmente nos gêneros romance e poesia. O romance estava em ascensão na Europa e não tardou a fazer sucesso também por aqui. Inúmeros jornais e folhetins traziam em suas páginas as belas traduções de romances europeus de cavalaria ou de amores impossíveis.

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