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A DESIGUALDADE DE RENDA NO CAPITALISMO

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Por:   •  28/11/2014  •  1.483 Palavras (6 Páginas)  •  1.175 Visualizações

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A DESIGUALDADE DE RENDA NO CAPITALISMO

INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa apresentar a questão da desigualdade de renda no capitalismo, bem como os movimentos que defendem um capitalismo mais humano, o qual poderia amenizar a questão da desigualdade presente no capitalismo.

A desigualdade está por toda a parte e, ao mesmo tempo, na essência do funcionamento do modo de produção capitalista, portanto não há razão para crer que a maneira como se estrutura e se desenvolve o mercado de trabalho escaparia desse processo de segmentação e desigualdade, notadamente no contexto de economias periféricas como a brasileira.

A questão central não é avaliar a existência ou o nível de desigualdade do mercado de trabalho, mas entender quais são os mecanismos que promovem ou alimentam as desigualdades, e como isso afeta a demanda e a disponibilidade de mão-de-obra.

A DESIGUALDADE DE RENDA

A busca pela igualdade total de renda é uma utopia sem fundamento, visto que não há exemplo de um povo que tenha evoluído ao aderir a um tipo de remuneração que não considere e sopese o esforço, a ambição e o talento individual. Um exemplo disso são os países da esfera comunista, os quais em 70 anos não conseguiram que nem um único produto de consumo de sucesso saísse de trás da Cortina de Ferro.

Por outro lado, uma sociedade marcada pela desigualdade extrema não pode ser aceita, visto que a segregação total dos indivíduos traz problemas de ordem econômica, social. Entretanto, essa disparidade pode gerar uma competitividade interessante, visto que opulência de uns pode ser um estímulo poderoso às massas, desde que a maioria não esteja presa em um círculo de miséria ou se considere fora do jogo.

A questão em debate não é o capitalismo em si, mas a forma como a renda é distribuída, ou seja, a discussão hoje gira em torno da desigualdade na distribuição de renda. Sobre o assunto, a Revista Exame entrevistou o economista francês Thomas Piketty, o qual lançou o livro “O Capital no Século 21”.

Este economista apresenta em seu manuscrito um intenso levantamento sobre a concentração de renda e de riqueza, principalmente nos Estados Unidos, na França, na Grã-Bretanha, na Alemanha e no Japão.

Discorre ainda, em sua obra, sobre a tendência inevitável do capitalismo à concentração e, em conseqüência disto, apresenta uma solução para diminuir essa disparidade de renda: a criação de um imposto global sobre a riqueza.

Muitos economistas há muito tentam entender o fenômeno da distribuição de renda. Por muito tempo, a grande referência foi uma hipótese levantada na década de 50 pelo Nobel Simon Kuznets, a qual discorre que a desigualdade tenderia a acompanhar o grau de desenvolvimento dos países. Para ele, nas sociedades pré-industriais, a desigualdade é baixa porque essencialmente todos são pobres. Com o advento da industrialização, parte da população segue para as cidades, passa a ganhar mais e se distancia socialmente em relação a quem ficou no campo.

Ainda segundo Kuznets, à medida que as economias vão se desenvolvendo, os benefícios do crescimento se espalham e a desigualdade volta a cair, mas agora com um bem-estar generalizado. Mais recentemente, porém, a teoria de Kuznets começou a ser colocada em xeque, visto que a distribuição de renda nos países ricos, após muitos anos de queda, voltou a crescer nos anos 80.

Conforme pode se perceber, a desigualdade vem subindo nos Estados Unidos, no Canadá, na Alemanha, na França, no Japão, na China, na Índia e na África do Sul. Segundo o sérvio Branko Milanovic, especialista no assunto, “Na quase totalidade dos países ricos e na maioria dos em desenvolvimento, a maré elevou todos os barcos nas últimas décadas. Mas os iates subiram mais do que os barcos menores”.

Desde o advento da globalização, os empregos industriais mais simples migraram dos países ricos para a Ásia, deixando trabalhadores com baixa qualificação sem emprego nos Estados Unidos e na Europa.

A China se tornou a fábrica do mundo e passou a comprar matéria prima de países da América Latina e África. Com isso, a pobreza caiu acentuadamente em dezenas de países. Por outro lado, a globalização e as novas tecnologias acabaram beneficiando também os trabalhadores mais qualificados.

Entretanto, países com mais disparidade de renda costumam ser os mais desiguais em termos de oportunidades, o que é inaceitável, visto que, por ter uma educação melhor, os filhos dos mais ricos ficam com os melhores empregos, enquanto que os filhos dos pobres acabam, na melhor das hipóteses, brigando pelos empregos que sobram.

Segundo estudos realizados acerca da Redistribuição, Desigualdade e Crescimento, publicados por três economistas do FMI, a hipótese cada vez mais aceita é que países mais desiguais tendem, no longo prazo, a ter taxas de crescimento menores.

O Brasil foi um dos poucos países que melhoraram a distribuição de renda nos últimos anos. Mas para que continue avançando positivamente, é necessário diminuir o abismo entre as oportunidades dos ricos e as dos pobres. Nesse mesmo pensamento, o aumento da produtividade envolve qualificação, pois sem investir na qualidade da educação pública, não haverá como atenuar essa disparidade no que diz respeito às oportunidades.

Nesse mesmo pensamento, o aumento da produtividade envolve qualificação, pois sem investir na qualidade da educação pública, não haverá como atenuar essa disparidade no que diz respeito às oportunidades.

As ideias do americano James Heckman, Prêmio Nobel de Economia, estão ganhando cada vez mais seguidores, visto que ele afirma que a melhor arma contra a desigualdade

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