A ECONOMIA DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Por: Lilika28 • 2/11/2017 • Resenha • 850 Palavras (4 Páginas) • 246 Visualizações
Economia da inovação tecnológica: Aprendizado tecnológico
O texto relaciona o aprendizado tecnológico e suas relações com problemas econômicos, como os da mudança técnica e os das vantagens competitivas, além de suas contribuições para políticas públicas.
A teoria da firma entende a empresa como um agente inovador que acumula competências, gerencia recursos e atua em um ambiente com constantes mudanças, sendo que o aprendizado tecnológico adiciona novos elementos à construção dessa teoria, uma vez que a organização reúne habilidades e conhecimentos, tendo como resultado o aperfeiçoamento contínuo da tecnologia e consideráveis ganhos de desempenho.
Destaca-se alguns tipos de aprendizado tecnológico:
- Aprender fazendo: a melhoria do desempenho tecnológico ocorre quanto maior for a produção acumulada e a experiência adquirida pelos operários e gestores.
- Aprender usando: a acumulação da capacidade tecnológica decorre do uso do produto:
- Aprendizado incorporado: há interação entre o produtor e o usuário, levando à otimização do projeto.
- Aprendizado desincorporado: não ocorre qualquer modificação no produto, o conhecimento que o usuário vai adquirindo vai levando à otimização do seu uso.
A grande maioria dos processos de aprendizado está ligada às rotinas que levam a melhoramentos dos modelos básicos existentes, muitas vezes essa inovação incremental traz resultados significativos para um processo dentro da empresa ou a organização como um todo.
O aprendizado diz respeito às estruturas que se constituem no interior das organizações, ou fora delas, que assumem a função de aprender. Na sua estrutura interna destaca-se os departamentos de P e D, geralmente 80% de seus recursos são destinados a D. Enquanto que na estrutura externa o foco é destinado para universidades, institutos de pesquisa, instituições de fomento e legislações.
A vantagem competitiva regional ou nacional de uma indústria depende dos desafios alcançados no interior das firmas e de suas capacidades de articular relações inter organizacionais com a visão de estratégias estruturadas em cadeia produtiva. Suas estratégias e suas estruturas afetam componentes do ambiente externo, como sistema educacional, o sistema financeiro e mesmo a estrutura de classes. Lall (1994), propõe uma matriz de capacitações que identifica três graus de complexidade: Básico (rotineiro): baseado na experiência ; Intermediário (adaptativo): baseado em busca e Avançado (inovador): baseado em pesquisa.
Vale ressaltar alguns indicadores que explicam a inovação tecnológica na indústria brasileira. Durante as décadas de 1960 a 1970 a produtividade média do brasileiro cresceu de maneira sistemática, chegando, ao fim desse período, a um valor que era o dobro daquele vigente em seu início. A partir de 1980 a tendência de crescimento foi interrompida e a produtividade praticamente não cresceu nos 22 anos subseqüentes. Nesse período, a produtividade de muitos de seus concorrentes continuou evoluindo, a exemplo dos EUA que cresceu 40%. A qualidade e a intensidade do processo de inovação tecnológica na empresa brasileira justifica a estagnação que ocorreu na produtividade., além de que no período de 1998 a 2000 apenas 31% das empresas brasileiras introduziram inovações de produto ou processo.
A “inovação para o mercado” tem um significado superior pelo seu impacto em termos de ganhos de competitividade e de acumulação de capacidades tecnológicas pelas empresas que as introduzira. As empresas brasileiras se distanciam significativamente das empresas européias nesse quesito.
Modelos são representações da realidade que têm se revelado úteis para o avanço do conhecimento em inúmeras áreas, tendo a atividade científica associada à essa ideia, pois ela tem a capacidade de compreender a natureza dos fenômenos. O modelo de inovação tecnológica contribuirá para: Identificar fatores relevantes à performance de sistemas de inovação; Permitir o desenho e a implantação de estratégias para aumentar as probabilidades de sucesso, em atividades de inovação, reduzindo seus custos e limitando seus riscos; Melhorar o gerenciamento dos sistemas de inovação, a partir da sistematização das informações sobre o seu funcionamento e sobre as influências dos demais fatores.
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