A Mídia na Sociedade em Rede: Filtro, Vitrines, Notícia

CARDOSO, Gustavo. A Mídia na Sociedade em Rede: Filtro, Vitrines, Notícia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. 

O texto insere-se na contextualização a respeito da mídia na sociedade em redes, o autor utiliza-se de informações referentes às varias representações da mídia no contexto histórico e a evolução com o passar do tempo.

A internet passou a se impor como modelo de rádio gratuito substituindo o impresso datado pelas mídias online. Muitos fatores foram responsáveis desde o custo do papel, da impressão a distribuição, mas especialmente a atração da internet.

Durante anos as mídias impressas ignoraram os sinais de mudanças tecnológicas nas mídias eletrônicas, procurando alternativas que viabilizassem soluções para atrair cada vez mais o público mais jovem apostando principalmente no bom entretenimento e buscando se posicionar quanto às formas de conhecimento de cada público, estilos de vida, temas que tem relações com comportamentos rápidos.

Segundo o autor, é importante enfatizar o crescimento das mídias eletrônicas a partir dos anos 90, onde os jornais começaram a se preocupar com a internet, mas de forma passiva. Apesar de um leve investimento não se obteve resultados satisfatórios na consolidação de projetos.

Hoje, a publicidade na net está crescendo constantemente e disparando os preços das mídias digitais. Este fato garante que cada vez mais blogs, portais online de notícias, sites de entretenimento ganhem destaques e passam a ter vantagens diferenciadas da mídia impressa. O que o consumidor procura é a idéia de que os jornais não apenas informe como também passem a ter uma utilidade de valor acrescentado à vida pessoal de cada consumidor interagindo cada vez mais com o público.

O autor enfatiza a necessidades de adaptar cada vez mais as redes e suas plataformas unindo internet e televisão, em uma sociedade que caminha com rapidez para uma organização em rede. Assim, se faz necessário a interação multiplicando as variadas possibilidades de relações e proximidade.

Cardoso define as notícias como a forma mais comum de informação, havendo um processo de adaptação nas redes e nas mudanças geradas na mesma.

Apesar disso, as múltiplas tecnologias que nos permitem segmentar informações de acordo com nossos interesses reforçam as nossas competências físicas, porém nos afastam de forma geral do mundo.

Apesar da tecnologia nas redes, ainda assim estamos a mercê de perder os elos sociais que a Televisão, o rádio e os jornais nos ofereciam, isto porque o mundo digital segmentado está crescendo. A maioria dos consumidores estão buscando a comunicação como divertimento, já a minoria de indivíduos parte a procura de informações de qualidade paga, ficando assim o jornalismo para as classes de elites e grupos mais exigentes.

Cardoso conclui que avançamos para uma integração para diferentes mídias o que de fato apesar de um passo importante para a comunicação seria também um grande desafio para sociedade.