Anhembi Morumbi - Kaizen
Artigos Científicos: Anhembi Morumbi - Kaizen. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nd123x • 2/11/2014 • 1.578 Palavras (7 Páginas) • 429 Visualizações
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Unidade 8 – Material Complementar -2.
Kaizen – Baixando os Custos e Melhorando a Qualidade
O professor japonês Masaaki Imai é conhecido como o pai do Kaizen, a
metodologia japonesa que enfatiza a melhoria contínua. Esteve no Brasil (2005), onde
apresentou duas palestras, uma dirigida a empresários e outra a acadêmicos.
Nelas, discorreu sobre o conceito de melhoria contínua gradual em todos os
níveis de uma organização, começando com o local onde ocorre o trabalho (gemba, em
japonês).
O Kaizen é baseado na filosofia e nos princípios socioculturais orientais e exige
o comprometimento de todos os indivíduos da empresa, desde o operário até o gerente.
Consiste numa forma de gestão orientada para a maximização da produtividade e
da rentabilidade e que não implica em significativo aumento de custos. As atividades da
metodologia envolvem não apenas os processos produtivos, mas também as áreas de
marketing, vendas, desenvolvimento, administrativas e financeiras.
Os benefícios para as empresas ocidentais são: aumento de produtividade sem
investimentos significativos; reduções nos custos de produção; capacidade de realização
às mudanças de mercado e motivação dos colaboradores.
Para o professor japonês, “o erro principal de muitos profissionais e consultores
da qualidade é depender demasiado da tecnologia ou de ferramentas sofisticadas,
notadamente estatísticas, é de serem viciados em aplicações computacionais ou mapas
muito complexos que só uma elite acaba por conseguir fazer ou perceber”.
Masaaki Imai nasceu em 1930, na cidade de Tóquio. Graduado em Relações
Internacionais, em 1955, pela Universidade de Tokyo, Imai trabalhou durante vários
anos na Toyota. Promoveu diversas missões japonesas aos Estados Unidos, para
completar a formação dos executivos das empresas japonesas e vice-versa, contribuindo
para o intercâmbio entre dois países.
Imai fundou a Cambridge Corp em 1962, onde operou como consultor de
companhias japonesas. Em 1986, fundou o KAIZEN Institute, em Austin, Texas, para
ajudar a introduzir os conceitos do KAIZEN nas companhias ocidentais.
Desde então, a metodologia se tornou popular entre os executivos dos Estados
Unidos. Como professor, prepara altos executivos para implementar, nas suas empresas,
as técnicas e conceitos do KAIZEN, estruturando um sistema de gerenciamento total,
plenamente integrado com as estratégias corporativas, objetivando alcançar o nível
Dantotsu, isto é, o melhor dos melhores.
Imai é autor de nove livros que tratam do kaizen e tópicos relacionados à
administração, que serviram de base para inúmeras empresas aplicarem a filosofia
KAIZEN.
Nesta entrevista, traduzida pela jornalista Maricy Queiroz, publicada na revista
Quality Digest, de outubro de 2005, e feita por Laura Smith, ele discute a história, a
evolução e o futuro do KAIZEN.
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O KAIZEN tem uma longa e bem-sucedida história no Japão. Pode explicar suas
raízes e como ele evoluiu por lá?
Imai: Kaizen é uma palavra japonesa que significa melhoria. A palavra foi usada no
Japão por muitos anos como parte do vocabulário diário. Entretanto, desde o meio do
século XX, a palavra adquiriu um novo significado entre as companhias industriais em
Japão. Veio representar a prática de melhoria eliminando desperdícios e envolvendo
todos os empregados, sem gastar muito dinheiro. Nos últimos 50 anos, as companhias
japonesas usaram o KAIZEN para criar uma vantagem competitiva. No fundo, o
KAIZEN permite às companhias baixarem custos e melhorar a qualidade e a variedade
do produto. Se mantido, o KAIZEN é uma arma poderosa contra as concorrentes.
O senhor disse que os executivos americanos não usaram o KAIZEN e as técnicas
Just-in-time (JIT) tão eficazmente quanto os outros líderes. Por quê?
Imai: Em minhas observações, há duas razões preliminares para esta afirmação. A
primeira é que os executivos ocidentais tendem a acreditar que melhorias substanciais
custam muito dinheiro. Parecem pensar que devem ter o estado da arte da tecnologia e
os equipamentos mais avançados para melhorar. Eu chamo isto de approach da
inovação. Embora a inovação seja uma parte importante do progresso, é somente um
dos componentes. O KAIZEN e a padronização são igualmente importantes para manter
um negócio de sucesso. A lenta adoção ocidental do KAIZEN também é resultado do
foco em resultados de curto prazo. Os gerentes ocidentais estão sempre procurando a
solução de próxima “bala de prata”. Finalmente, o sucesso do KAIZEN requer mudança
de cultura e isto é algo que os gerentes ocidentais
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