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Artigo aobre a Marca: Quem disse Berenice

Por:   •  7/5/2015  •  Artigo  •  6.711 Palavras (27 Páginas)  •  640 Visualizações

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Projeto de Iniciação Científica

Consumo simbólico no universo feminino: a estratégia de dialogar com as consumidoras de Quem Disse, Berenice?

como diferenciação na experiência com a marca

 

 

 

 

Projeto de pesquisa apresentado ao

Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE da Anhanguera Educacional, tendo por objetivo a aprovação para a participar do Programa de Iniciação Científica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resumo do Projeto

 

O projeto tem como objetivo estudar o relacionamento da marca “Quem Disse, Berenice?” com o universo feminino. A maneira como as marcas se relacionam e posicionam-se na mente do consumidor; o que traz a aproximação e a escolha de uma marca específica. Para esse estudo foi abordado o case da nova marca pertencente ao grupo Boticário, que assume um papel diferenciado, trazendo novos conceitos referentes à experiência da marca. O estudo será realizado a partir de um levantamento bibliográfico, expondo pontos como, breve histórico da maquiagem e como ela sempre esteve presente nas civilizações como forma de poder emocional e cultural, em seguida, estudar os benefícios intangíveis e a afetividade da marca no consumo sendo capaz de fazer uma promessa as suas consumidoras e ao mesmo tempo conquistar sua preferência, e por fim, como a identidade visual fortalece o consumismo simbólico, o posicionamento e a experiência com a marca “Quem Disse, Berenice?”.

 

Palavras-chave – Quem Disse, Berenice?, Experiência com a Marca, Maquiagem,

Consumo Feminino, Posicionamento da Marca 

 

 

  1. Introdução

O ato de se maquiar tem um poder emocional e cultural em nossas vidas desde sua descoberta se pintar sempre um foi um ritual realizado para simbolizar não somente a beleza, mas também seu uso tinha um significado místico e medicinal; além da representação da posição social e simbolização de eventos desde os festivos e até mesmo a guerra.  

Os primeiros registros da arte da maquiagem surgiram em 3.300 a.C. quando os homens pintavam o rosto com pigmentos ocre e negro extraídos, moídos e preparados a base de água para assustar os inimigos da guerra, para reverenciar os deuses. “ou ainda, para caçar e com o tempo serviu de identificação entre os grupos”. (VALENÇA, LIMA, ZUANETTI, 2000, p. 06). 

Posteriormente no Egito antigo se fazia uso da maquiagem para proteger do sol e ao mesmo tempo realçar características físicas, de acordo com Ana Carlota R. Vita (2008, p. 32): “(...) os Egípcios usavam, enfatizando a gama de misturas feitas para conseguirem os efeitos desejados e o formato de cada traço que delineava os olhos e as sobrancelhas”. “Considerada uma arte pela civilização egípcia, a maquiagem se originou com o kohl", afirma a físicoquímica (JOCQUES, 2013).

Os romanos gostavam de deixar a pele do rosto mais clara, para isso, faziam uso de uma mistura contendo pós de trigo e arroz, azeite de oliva e gordura animal, as sobrancelhas eram escuras e os lábios possuíam cores vivas. No Japão, as gueixas se maquiavam para ficarem semelhantes a uma boneca de porcelana. “Na idade média novamente a aparência pálida” (VALENÇA, LIMA, ZUANETTI, 2000, p. 06).

E devido às imposições da igreja que não considerava bom o seu uso e tendo como punição semelhante à bruxaria para quem à desobedecia, como comenta Mark Tungate (2013, p. 117).

 

Esse foi um período da história em que a pintura do rosto estava decididamente fora de moda; na realidade, ela era considerada pecaminosa. A devastação causada por produtos branqueadores a base de chumbo e outros pós tóxicos que eram amplamente usados antes do século XIX tinham conduzido a demonização dos cosméticos.

 

Posterior a esse período, o ato de se embelezar-se era uma questão de poder; no qual, a corte e os imperadores transpareciam sua diferenciação diante dos demais, ressaltando suas qualidades físicas e corrigindo suas imperfeições através de truques e o uso de alguns cosméticos; que no geral eram suaves e faziam com que o aspecto natural fosse o idealizado; afinal, “qualquer coisa mais ousada era para atrizes e as suas semiequivalentes prostitutas” (MARK, 2013, p. 117).

No renascimento a maquiagem servia para esconder a imperfeição dos rostos de homens e mulheres. A França torna-se o paraíso dos cosméticos enquanto na Inglaterra o cosmético cai em desuso. Os índios, em particular, os brasileiros fazem uso da maquiagem para cerimônias religiosas, guerras, danças e rituais acompanhados de adereços como plumas.

Adquirida por diversas civilizações, o uso da maquiagem foi se espalhando ao longo dos tempos e se adaptando a diversos povos, dentre sua fabricação até sua funcionalidade que cultivavam seu uso e se caracterizavam pela mesma. Um dos grandes períodos de destaque de sua popularização e principalmente seu crescente comércio é devido ao desenvolvimento do cinema e a fama de suas estrelas; que serviam de espelho para suas telespectadoras que almejavam a  

 

[...] beleza hipnótica”, que as cenas de cada filme transmitiam. No século XX a cosmetologia teve um grande avanço com diversos produtos de diversas qualidades, com isso, o uso da maquiagem tornou-se popular (VALENÇA, LIMA, ZUANETTI, 2000, p. 06).

 

Podemos observar que a maquiagem sempre esteve presente no cotidiano como uma forma de diferenciação entre as culturas, pois, classifica as pessoas indicando seu grau de poder e status, ao mesmo tempo em que é um artifício de beleza usado para corrigir imperfeições e destacar características físicas que tornem o indivíduo mais atraente e sedutor o que leva o produto a tornar-se um objeto de desejo a ser adquirido para compor o visual.

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