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Artigo sobre Barbie e o feminismo

Por:   •  27/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.643 Palavras (7 Páginas)  •  532 Visualizações

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SÃO PAULO

2016[pic 1]

 SUMÁRIO

1 - Resumo do projeto..............................................................................................3

1.1 Contextualização do tema..................................................................................3

1.2 Problemas e Justificativa da pesquisa...............................................................6

1.3 Objetivo Geral....................................................................................................6

1.3.1 Objetivos Específicos......................................................................................6

1.3.2 Metodologia de Pesquisa................................................................................7

1.4 Hipóteses Preliminares......................................................................................7

1.5 Cronograma.......................................................................................................7

1.6 Referências bibliográficas.................................................................................8

[pic 2]

  1. Resumo do Projeto

A boneca Barbie representa, para muitas meninas, um ícone de beleza, ambição de consumo e referência de comportamento.  Em 2015, a Mattel, produtora da boneca Barbie decidiu inovar e lançou no mercado a linha “Barbie diversidade” e a campanha publicitária “ Imagine as possibilidades”. Este estudo procura analisar a possível apropriação de argumentos e demandas feminina e feminista, presentes na linha e na campanha referidas, discutindo as estratégias para atingir os resultados. Pretende-se, ainda, avaliar a visão de algumas feministas acerca da proposta e da realização das mesmas.

Palavras chave: Estereótipos, publicidade, feminismo, Barbie.

  1. Contextualização do tema

A boneca Barbie representa, há décadas, para muitas meninas, um ícone de beleza, ambição de consumo e referência de comportamento. Desde que foram lançadas, em 1959, vem impondo padrões de beleza e comportamentos de consumo, reduzindo crianças a pequenos adultos. Meninas de várias partes do mundo, portanto, de diversas etnias, tem visto, nelas, um ideal. Os produtores das mesmas a apresentavam para a sociedade como um padrão de mulher “perfeita”, desde a cor do cabelo a altura e o corpo físico, e com funções que desde então acreditavam que toda mulher deveria cumprir: compras, cuidado com a beleza, filhos, casa.

Além de despertar o desejo de consumo de possuir a boneca, psicólogos e educadores passaram a alertar que por meio de brincadeiras, muitas crianças são levadas a desejar a mesma identidade de suas bonecas. Segundo Almeida & Herbele:

Ao transferir, automaticamente, os seus valores sócio-culturais para a representação de uma determinada boneca – ou para a ‘verdade ficcional’ de uma determinada boneca – as crianças estão criativamente re-interpretando sua identidade social, o que certamente reafirma o papel das bonecas enquanto ícones representativos dos papéis sociais e dos valores de uma esfera bem maior em termos de mundo real, justificando seu valor como objetos fictícios e ao mesmo tempo, não-fictícios.

Através do processo de auto-criação, a brincadeira com bonecas conduz as crianças a uma forma imaginária de antecipar sua atuação em futuros papéis sociais como adultos. (2006 – p. 3).

Atento às questões relacionadas à infância, o pensamento feminista sempre lutou para que alguns dos estereótipos femininos que muitas empresas de bonecas caracterizavam a mulher fossem rompidos ou questionados.

Feminismo

De acordo com Sardenberg e Costa (1991), o Feminismo surge e se organiza como movimento estruturado, a partir do fenômeno da modernidade, acompanhando o percurso de sua evolução desde o século XVIII, tomando corpo no século XIX, na Europa e nos Estados Unidos. Segundo Silva (2008), a consciência de gênero e as primeiras ideias feministas foram identificadas, historicamente, no bojo das transformações políticas e econômicas da Europa setecentista.

De acordo com Oliveira o movimento feminista foi criado para que mulheres com interesses e ideais comuns lutassem por direitos:

O movimento propiciou às mulheres repensarem sobre sua opressão acerca, principalmente (mas não somente), das questões políticas. Trouxe à tona a questão de que tudo aquilo que é público atinge a vida pessoal e as decisões, seus desejos e vontades não aconteciam somente pelo próprio mérito, condição ou até mesmo sorte, mas sim, que a vida pessoal era até então atingida por fatores públicos. No século XIX os direitos das mulheres começaram a surgir de forma mais nítida, uma vez que muitas já faziam parte da força de trabalho empregada, ocupando o cenário industrial, inclusive na indústria têxtil. Muitas estavam incorporadas nas lutas trabalhistas, reivindicando seus direitos como trabalhadoras, inclusive em questões de opressão por gênero. (Oliveira, 2014, p.3).

Ainda segundo essa pesquisadora: “[...] O movimento feminista surge com a intenção de romper com a ordem patriarcal, denunciando a desigualdade entre homens e mulheres e buscando direitos igualitários e mais humanos para as mulheres” (2014, p.2). Entre as primeiras reivindicações estavam o direito de estudar, votar e de executar profissões, até então destinadas ao sexo masculino. Posteriormente, outras demandas foram incorporadas. Algumas delas referem-se à luta por equidade salarial, quando exercida a mesma função; direitos reprodutivos, entre outros.

As diversas vertentes do Movimento apresentam-se em permanente construção, tanto nos aspectos teóricos quanto nos aspectos práticos. Apesar das diferenças, vem conservando uma de suas principais características que é a reflexão crítica sobre as contradições da modernidade, principalmente, no que tange a libertação das mulheres. (SILVA, 2008).

Desde suas primeiras ações encontrou fortes resistências, transformando-se em instrumento de críticas na sociedade moderna.

A publicidade e as representações da mulher

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