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Mercado de bijuteria

O crescimento da mulher no mercado de trabalho vem alavancando o setor, as vendas de bijuterias e semi-joias no País esta em alta e a Associação Brasileira de Franchising (ABF) contabiliza 21 redes com 669 unidades no setor. As bijuterias estão enquadradas pela entidade na categoria acessórios pessoais e calçadas, que registrou faturamento de R$ 6,2 bilhões em 2012, 14,8% a mais que os R$ 5,4 bilhões de 2011. Com o foco na mulher as bijuterias acompanham as tendências da moda e os lançamentos constantes fortalecem o segmento.

A franqueada Camila Recinella Coiro cuida, ao lado da mãe Egyla, da operação de três unidades da Morana. Juntas notaram que muitas clientes entram na loja falando que está com medo de assalto. Isso vem ajudando no crescimento das vendas de bijuterias. Outro fator que impulsiona o negócio é a própria moda. Hoje, as mulheres buscam peças mais ousadas, na analise da franqueada, que esta abrindo outra loja no Tietê Plaza Shopping.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais (IBGM), no setor de bijuterias montadas atuam cerca de 3 mil empresas, entre micro e pequenas, formais e informais. Já no caso das bijuterias folheadas, há três pólos de produção. A maioria das 500 empresas está em Limeira (SP), Guaporé (RS) e Cariri (CE). Neste segmento, 85% são pequenas e micros.

As vendas tiveram um aumento significativo nos últimos quatro anos, para boa parte das empresas, segundo o instituto. Ainda sim alguns empresários não ficaram satisfeitos, como Rosa Guimarães, fabricante paulista de bijuterias, que qualifica o momento atual como de 'vendas retraídas', mas superior ao de jóias, por exemplo. Do total das empresas do segmento, 37% aumentaram as vendas e 19% mantiveram o faturamento estável. Já no mercado de jóias de ouro, apenas 20% cresceram e 16% mantiveram as vendas.

Um exemplo a rede de lojas de semi-joias Rosa Valverde comprova o bom momento atual do segmento no País. Depois de faturar R$ 7 milhões no ano passado, a empresa iniciou seu plano de expansão por meio da oferta de franquias e a meta é inaugurar 15 lojas até 2015.

A exportação vem crescendo a cada dia e 14% da produção segue para vários países. As Exportações para a América Latina são constantes, o desafio é expandir as vendas para os Estados Unidos e a Europa segundo diretor do Sindijóias, Sindicato do setor Mercado Mundial Movimenta US$ 1 bilhão, estima o IBGM. Uma alternativa para quem deseja vender fora do país é a formação de consórcios, como o Libra Export, que exportou US$ 300 mil em 2000. 20% da produção, mas a tendência é de aumentar o percentual, prevê o gerente do consórcio.

Com mercado favorável, a R. Sobral, do Rio. Fabricante de artigos de resina, identificados com a moda praia, a empresa com filias em Paris. O fundador da marca pretende aumentar as vendas em até 15% com a unidade francesa.

O mercado de bijuterias sempre existiu e vai existir, com ou sem crise, em razão de que as consumidoras têm forte ligação emocional com as peças, também por se tratar de produtos baratos e atraentes, mesmo com o aumento de custos no país. Este ramo não exige altos investimentos, máquinas, nem tecnologia sofisticada. Depende de criatividade e design. Movimentando milhões de dólares no Brasil.

Referencias: