Cacau show
Por: Paula Chimelli • 29/4/2015 • Trabalho acadêmico • 579 Palavras (3 Páginas) • 510 Visualizações
O mercado de chocolates no Brasil, até alguns anos atrás era dividido em apenas 2 categorias – chocolates que eram vendidos em mercados, padarias etc, e chocolates requintados, que eram encontrados em pequenas cafeterias, ou na rede Kopenhagen. Esta última deu para o produto o status de presente. Por ser uma linha com valor elevado, e encontrado apenas nas lojas próprias, em praças mais valorizadas, apenas pessoas de classes mais altas tinham possibilidade de adquirir o produto.
Porém, esse cenário sofreu fortes alterações há alguns anos, com a chegada da Cacau Show, que passou a produzir chocolates com qualidade superior aos vendidos em mercados, porém com um custo para o consumidor, inferior ao da marca líder, Kopenhagen. A Cacau Show rapidamente abriu diversos PDV’s e consolidou de forma massiva sua marca. O diferencial dela para a Kopenhagen era o preço e a qualidade inferiores, que não era percebida como tão inferior pelos consumidores da classe B.
Aos poucos a primeira marca começou a perder espaço no mercado, tendo em vista o crescimento acelerado da Cacau Show.
Tendo em vista esta perda de espaço, a Kopenhagen tinha 2 alternativas para voltar a crescer. Poderia popularizar sua marca, ou criar uma segunda marca com características mais populares, que atendesse ao mercado das classes B e C.
Após longo estudo sobre o consumo da classe C, o grupo CRM criou a Cacau Brasil, que seria a 2a marca do grupo, com chocolates mais baratos, e qualidade inferior, mas que não seria percebida pelo consumidor principal, a classe C.
A proposta da Chocolates Brasil Cacau, lançada em 2009 era fortalecer a CRM nos mercados das classes B e C. A estratégia usada para alavancar as vendas no PDV é de eleger uma família de produtos chaves e trabalhar as campanhas de vendas com prazos definidos de inicio e fim. Com essa estratégia, a empresa consegue reduzir o valor de produção, e repassar esse desconto para o consumidor.
Do outro lado, a Cacau Show usa como estratégia para vendas, as datas do calendário promocional. Foca campanhas de Marketing em Dia das mães, namorados, Natal etc.
Em 2011 a Brasil Cacau passou por uma reformulação, que finalizou com um novo nome e logo, sofisticação das embalagens e preço. Passou a trabalhar PDV’s mais amplos, enquanto a concorrente trabalha com lojas e quiosques pequenos, o nome passou a ser Chocolates Brasil Cacau, e sofisticou as embalagens e os produtos. Eles tem uma linha que acompanha o nome da marca – produtos recheados com sabores do Brasil.
Porém, enquanto a Brasil Cacau passava por essa reformulação, a Cacau Show continuava crescendo, e a Brasil Cacau continuou perdendo espaço no mercado.
O grupo CRM passou a ter então, maior capilaridade no mercado nacional, vendendo para as classes A, B e C, e com custos de produção reduzido, já que as 2 marcas são produzidas na mesma fábrica, e o processo de logística e distribuição é unificado.
A estratégia de capilaridade usada pelo CRM é facilmente copiável. Recentemente o Grupo Cacau Par, detentor da Cacau Show comprou o controle acionário da marca Brigaderia, que possui 11 PDV’s. Esta marca é exclusiva de brigadeiros requintados. Hoje o grupo Cacau Par é líder do mercado de chocolates, com uma fatia de 70%.
O que ambas as marcas enxergaram é que existe uma nova classe média, que
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