Ciclo De Vida Das Organizações
Trabalho Universitário: Ciclo De Vida Das Organizações. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: aguiarcosta • 20/5/2014 • 5.852 Palavras (24 Páginas) • 302 Visualizações
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UM ESTUDO EMPÍRICO SOBRE CICLO DE VIDA E ESTÁGIOS
ORGANIZACIONAIS
RESUMO
A abordagem do ciclo de vida parte do pressuposto de que as organizações passam por
estágios, ao longo de suas vidas e que em cada etapa elas apresentam estruturas
organizacionais, estratégias, processamento de informação e estilos de tomada de decisão
diferentes. Esta pesquisa objetiva identificar e classificar os estágios do ciclo de vida
organizacional das empresas baianas. Esse mapeamento do modelo de ciclo de vida permite
aos gestores identificar o estágio no qual está a sua organização, dando condições para que
eles realizem as mudanças necessárias a posicionar a empresa de forma mais adequada aos
seus objetivos, avançando ou retraindo as suas decisões. Utilizou-se como instrumento de
coleta de dados o questionário, o qual foi enviado por e-mail para 330 empresas cadastradas
nas bases: FIEB, ADEMI e SINDUSCON e obtendo um retorno de 51 questionários. Os
resultados indicaram a existência de cinco agrupamentos distribuídos da seguinte forma: (a)
vinte e seis organizações identificadas no estágio nascimento; (b) seis organizações
identificadas no estágio crescimento; (c) cinco organizações no estágio renovação; (d) sete
organizações no estágio declínio e (e) sete organizações sem definição de estágio.
Palavras-chave: Ciclo de vida organizacional. Estágios organizacionais. Modelos
organizacionais.
1. INTRODUÇÃO
As mudanças que ocorrem no ambiente organizacional provocadas por fatores
econômicos, políticos, tecnológicos e sociais entre outros, tornaram os relacionamentos entre
as organizações mais complexos e fizeram com que os produtos se tornassem cada vez mais
descartáveis e em constante inovação. A entrada de novos concorrentes no mercado e o
consequente aumento do risco e da incerteza contribuíram para que os stakeholders ficassem
mais exigentes quanto às informações financeiras e aos resultados econômicos evidenciados
pelas empresas. De modo que, surgiu a necessidade de práticas, controles e instrumentos de
gestão eficientes, que tenham por finalidade auxiliar os gestores a enfrentarem esses desafios
e, também, contribuir com o desenvolvimento das organizações (ALBRECHT; SACK, 2000).
As referidas mudanças e os impactos que ocorrem no ambiente organizacional
também contribuem para o desenvolvimento das organizações. Fato esse que pode ser
verificado nas evidências encontradas nas pesquisas estruturadas sob o arcabouço teórico do
ciclo de vida organizacional. Essas pesquisas evidenciam que as organizações, ao longo do
tempo, desenvolvem-se por meio de fases distintas, com a utilização de práticas de gestão
compatíveis com a exigência de cada fase e que estas são configuradas com características
específicas, como estruturas organizacionais, estratégias, processamento de informação e
estilos de tomada de decisão. Portanto, acredita-se que os padrões do Sistema de
Contabilidade Gerencial (SCG) se modificam para atender às necessidades da evolução
organizacional, a qual pode ser explicada por meio de modelos que caracterizam o ciclo de
vida das organizações (GREINER, 1972, 1998; QUINN; CAMERON, 1983; MILLER;
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FRIESEN, 1984; ADIZES, 1990; MOORES; YUEN, 2001; LESTER; PARNELL;
CARRAHER, 2003; CORREIA, 2010).
Assim sendo, verifica-se que a teoria do ciclo de vida organizacional fornece suporte
aos pesquisadores para explicar as mudanças e as transições que ocorrem ao logo do tempo
nas organizações e a consequente interação com o ambiente. As evoluções organizacionais,
que são provocadas por essas mudanças, refletem nas informações operacionais, estratégicas e
gerenciais, de modo que essas informações, além de fornecer suporte aos gestores na
aplicação do controle gerencial, auxiliam no processo decisório contribuindo com o sucesso
organizacional.
Quinn e Cameron (1983) foram os pioneiros a validarem modelos teóricos de ciclo de
vida em pesquisa empírica, cujo objetivo foi verificar a relação entre o estágio de
desenvolvimento e a eficácia organizacional. Na mesma linha de pensamento, Miller e
Friesen, (1984) aplicou um modelo para investigar as mudanças ocorridas nos padrões
naturais durante as fases de desenvolvimento das empresas.
Na opinião de Lester, Parnell e Carraher (2003), o modelo de ciclo de vida permite aos
gestores identificar o estágio no qual está a sua organização, dando condições para que eles
realizem as mudanças necessárias a posicionar a empresa de forma mais adequada aos seus
objetivos, avançando ou retraindo as suas decisões.
A realização desta pesquisa se justifica pelo fato de que a identificação e a
classificação
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