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Por:   •  19/11/2013  •  5.675 Palavras (23 Páginas)  •  554 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A administração de materiais é um conjunto de atividades que tem a finalidade de assegurar o suprimento de materiais necessários ao funcionamento da organização, no tempo correto, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo melhor preço.

O alcance da administração de materiais nas indústrias é no mínimo, tanto produto desenvolvimento histórico quanto de logística econômica. Organizações em que a administração de materiais desempenhe otimamente seus papéis de linha e assessoria raramente são criadas de um momento para outro e evoluem gradualmente e, na maioria dos casos, demoram a amadurecer.

Entende-se como Cadeia de Suprimentos o conjunto de materiais necessários para o funcionamento de uma empresa comercial ou fabricante. A cadeia de suprimentos envolve todos os níveis de fornecimento do produto desde a matéria-prima bruta até a entrega do produto no seu destino final, além do fluxo reverso de materiais para reciclagem, descarte e devoluções.

ANÁLISE DA CADEIA DE LOGISTICA DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

1- CONCEITOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

Administrar materiais é uma atividade realizada nas empresas desde os primórdios da administração. Essa atividade tomou um novo impulso a partir do momento em que a logística se estendeu muito além das fronteiras das empresas, tendo como principal objetivo atender as necessidades e expectativas dos clientes. Nenhuma empresa funciona sem matéria-prima, produtos, equipamentos, instrumentos, peças de manutenção e tantos outros materiais. E todos eles precisam ser guardados, conservados, movimentados de um setor para outro, ou seja, precisam ser administrados.

A administração de materiais é um conjunto de atividades que tem a finalidade de assegurar o suprimento de materiais necessários ao funcionamento da organização, no tempo correto, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo melhor preço.

O alcance da administração de materiais nas indústrias é no mínimo, tanto produto desenvolvimento histórico quanto de logística econômica. Organizações em que a administração de materiais desempenhe otimamente seus papéis de linha e assessoria raramente são criadas de um momento para outro e evoluem gradualmente e, na maioria dos casos, demoram a amadurecer. Processo evolutivo. O processo de desenvolvimento em administração de materiais está longe de ser uniforme, mas parece seguir o padrão de escrita seguir:

Estágio 1: Todas as atividades de administração de materiais são conduzidas quase inconscientemente por executivos fundamentalmente preocupados com outras atividades em.

Estágio 2: As principais atividades de administração de materiais são formalmente reconhecidas, mas subordinam-se a um grande número de executivos e não estão centralizadas dentro da organização. O resultado é que o único gerente de materiais genuíno é o presidente ou gerente geral que, na maioria das vezes, está preocupado com problemas aparentemente mais importantes.

Estágio 3: A as atividades da administração de materiais relacionadas com as compras são agrupadas sobas ordens de um único executivo que gradualmente começa a comportar-se como um gerente de linha.

Estágio 4: A administração de materiais torna-se uma atividade genuinamente somadora de valor para materiais comprados. Fornece, também, maior assistência especializada quanto aos problemas de distribuição relativos à fabricação e ao marketing.

Estrutura uma tradicional organização de um sistema de materiais para pode ser dividida nas seguintes áreas de concentração:

• Controle de estoques;

• Compras;

• Almoxarifado;

• Planejamento e controle da produção;

• Importação;

• Transportes e distribuição Aplicação da Administração de Materiais.

A Administração de Materiais é parte fundamental de qualquer organização que produza itens e serviços de valor econômico, sendo assim essencial não só às indústrias de fabricação como às de serviços, e existem tanto em empresas que visem o lucro, como em setores públicos e privados da economia que não o tenham em vista. Na Administração de Materiais emprega-se capital, incorrendo-se em custos para produzir algo de valor econômico.

O capital empregado é basicamente o estoque de materiais comprados, mas inclui também prédios e terrenos necessários para guardar os estoques; equipamentos de manuseio para transportá-lo; e escritórios e equipamentos usados pelo pessoal. A Administração de Materiais acrescenta valor por distribuição, isto é, os produtos não são fisicamente modificados, mas adquirem valor adicional como resultado de terem sido deslocados do produtor para o usuário.

1.2 - IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

A administração de material é a parte da administração geral que trata da área específica dos materiais. Nas empresas é uma atividade integrada da Logística Empresarial (não confundir com Logística Militar), que abrange a execução e gestão de todas as tarefas de suprimento, transporte e manutenção.

Os materiais podem ser classificados conforme a necessidade e cultura de cada empresa. Assim existem classificações segundo diversos critérios.

Quanto à utilização podem se classificar em: equipamentos, material de consumo, matérias primas e insumos.

Quanto ao valor econômico (não é necessariamente o preço), os materiais podem ser classificados segundo diversos aspectos, tais como facilidade de obtenção, produção nacional ou estrangeira, possibilidade de substitutivos, multiplicidade de emprego, etc.

Quanto ao valor estratégico, pode ser classificada diferentemente se sua utilização está ligada a segurança nacional, se sua existência está ligada a escassez ou abundância de jazidas minerais ou vegetais.

A política de material de cada empresa varia conforme estão classificados os seus materiais e conforme seu ramo de atividade. Contudo algumas técnicas básicas são comuns e serão tratadas no decorrer desta publicação, naquilo que se aplica à Atividade de Suprimento.

Por fim, pouco adianta a atenção a todas as técnicas da Administração de Materiais numa empresa, caso ela esteja desorganizada, caso estejam descoordenados seus órgãos internos e caso ela não consiga processar adequadamente seus dados, suas estatísticas e não consiga motivar suficientemente seu pessoal para a realização de um bom trabalho. Assim destaca-se uma série de providências para que uma organização atinja níveis altos de eficiência na sua atividade:

1) Organização & Métodos - realiza um estudos métodos administrativos e de produção na organização, além da adequação da organização aos métodos otimizados e vice versa. Termos como reengenharia, otimização de processos, são versões atuais ou subconjuntos desta prática;

2) Qualidade - Por qualidade entende-se fundamentalmente o atendimento às necessidades do cliente, seja quem ele for, seja quais sejam suas necessidades (de preço, de prazo, de assistência técnica, etc.). A implantação da qualidade passa pela mudança da mentalidade individual, da cultura coletiva da organização e pela quebra de paradigmas. Só ocorre de cima para baixo, ou seja, com liderança e participação efetiva do comando da organização desde os mais altos níveis;

3) Informatização - Trata-se da adoção pela empresa de uma das mais eficientes ferramentas para a gestão e administração modernas. Mas não passa disto, uma ferramenta, que para ser útil deve ser empregada segundo suas complexas técnicas, que envolvem o levantamento das necessidades de informação, delimitação das possibilidades versus custo e investimento em pessoal, instalações, programas e equipamentos. Sem investimento balanceado em qualquer um dos itens citados a informatização deixa de ser o paraíso para tornar-se um pesadelo, que vai drenar recursos e energia, sem o retorno esperado e adequado.

2 - REFLETIR SOBRE A MELHOR FORMA DE SE ADMINISTRAR O SISTEMA DE LOGÍSTICA INTEGRADA DE UMA EMPRESA, DE MANEIRA A CONTROLAR UMA COMPLEXA REDE DE FATORES, VISANDO A PRODUZIR E DISTRIBUIR PRODUTOS E SERVIÇOS PARA SATISFAZER O CLIENTE.

A utilização de modernas técnicas de gerenciamento de estoques adequadas à realidade da empresa possibilita meios de minimizar impactos financeiros negativos pela imobilização desnecessária de capital em estoques, assegurando máximos níveis de atendimento aos clientes. Diferentes profissionais como gerentes, planejadores, analistas, compradores e pessoas chave das áreas de materiais de diferentes ramos como empresas industriais, incluindo áreas de manutenção, assistência técnica e distribuição, empresas comerciais, incluindo atacadistas e varejistas e empresas de serviços fazem uso destas técnicas.

Um dos princípios básicos de gestão de estoques é como os investimentos em estoques impactam os negócios da empresa o que representa capital imobilizado e sem liquidez imediata, representando custos financeiros para a empresa.

Muitas vezes encarado como vilão, o estoque pode ser um dos maiores aliados do lojista. Mas, antes de tudo, é preciso lembrar que uma empresa de sucesso, para se mantiver de pé e ativa no mercado, precisa preservar seus clientes, que devem ser muito bem atendidos e satisfeitos. Por isso, o foco dos negócios sempre deve estar no cliente - sem jamais, obviamente, deixar de lado os resultados positivos e os lucros. E por falar em lucros, a gestão eficaz dos estoques é uma mina de ouro para aumentar a receita de qualquer empresa. Sem dúvida, o maior desafio é minimizar o risco entre a sobra ou a falta de produtos para atender o cliente, mas esse risco sempre existirá; o segredo está em minimizá-lo. A seguir, alguns dos fatores que podem auxiliar a reduzir tal risco em relação ao estoque:

Nível de serviço ao cliente: Resumidamente falando, esse nível de serviço ao cliente é medido pelas vendas perdidas por falta de mercadoria, que pode gerar vários impactos negativos. Pesquisas indicam que apenas 11% desistem da compra quando não encontram o produto que desejam e menos de 20% decidem adiá-la. Em contrapartida, mais de 30% trocam de loja ou fornecedor e 40% trocam por outro produto ou marca. Em óptica, a troca por produtos e marcas substitutos ocorre frequentemente em função da grande variedade disponível e da falta de estabilidade nos prazos de reposição e entrega das mercadorias.

Relações entre indústria e varejo: Há bons indicadores nesse sentido para melhorar tal quadro. Do lado da indústria, a evolução crescente dos sistemas de distribuição e logística fará o produto chegar mais rápido ao lugar certo e na hora certa. Do lado do varejo, a necessidade de administrar seus estoques de forma sistemática e profissional, passando a avaliar as suas necessidades de reposição de forma mais acurada e realista, garante ordens de compra com prazo suficiente para produção e entrega. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio para acabar com a fama de "tudo para ontem" do varejo e a de "tudo para depois de amanhã" da indústria. Também é importante destacar a necessidade cada vez maior de melhorar o relacionamento entre indústria e varejo, para que ambos compartilhem informações que só irão melhorar as previsões de demanda e venda, diminuindo os riscos de estoque.

Representantes de venda: Eles nunca foram tão importantes como hoje. O verdadeiro valor de suas visitas está na compreensão cada vez maior das necessidades de seus clientes. Cabe a esse "novo representante" a apresentação de novidades, além de características e diferenciais tanto da empresa quanto dos produtos e das marcas que representa. É pura orientação de marketing: não basta mais vender e entregar mercadorias, a ordem agora é "atender o cliente", no sentido mais completo da expressão.

Cobertura de estoque: Outro fator importante, que compreende o tempo necessário para manter mercadorias em estoque e cobrir as vendas previstas. Pode ser medida por meio da seguinte fórmula:

Cobertura = Estoque em determinada data (quantidade ou valor) / Previsão de vendas (quantidade ou valor)

Porém, há riscos que devem ser considerados: se a necessidade de cobertura for muito alta - caso de grande parte do varejo óptico -, o produto pode "sair de moda" ou perder qualidade pelo tempo maior de exposição na loja ou de permanência em depósitos.

Giro de estoque - É o indicador mais "famoso", já que mede quanto do dinheiro investido em produtos é recuperado por meio das vendas. Eis a questão: se o giro do capital investido em estoque for baixo, vale optar por alternativa que garanta retorno mais rápido. Enquanto isso, a meta é buscar alternativas e ferramentas para melhorar o giro de estoque. O giro pode ser avaliado pela fórmula

Giro = Custo das mercadorias vendidas x 100/ Custo do estoque médio no período

A medida certa. Quanto comprar? Na era da informação, o que gera maior disponibilidade de dados, entra em cena mais uma ferramenta da gestão de negócios: o geomarketing ou marketing geográfico, que permite a seleção e a análise de dados como suporte para planos estratégicos e de ação em diversas frentes. Quando o assunto é quanto comprar, cada caso deve ser avaliado conforme previsão de necessidade específica. Isso inclui análise de dados no que diz respeito à localização dos pontos-de-venda, tamanho do mercado, análise da concorrência, área de exposição nas lojas, vendas, tempo de reposição por parte de fornecedores, variações demográficas em termos de renda, sexo, idade etc. A medida exata da compra desafia o profissional de compras a equilibrar os benefícios de um alto giro com o risco da falta de mercadorias.

Mãos dadas: Gestão de estoque e planejamento de compras anda todo o tempo juntos. A gestão de estoque eficaz vai por água abaixo se não houver antes o planejamento das compras. E, para isso, o primeiro passo é enxergar além das grandes categorias, como armações de receituário e óculos solares, por exemplo. A estratégia de compra muda se o produto for de moda, básico, sazonal, ou ainda de "evento", como os produtos vendidos somente em ocasiões específicas, como as lentes de contato estampadas para o Halloween ou a grande variedade de produtos lançados por ocasião da Copa do Mundo - nesse caso, o que foi vendido, foi; para o que não se vendeu, resta esperar mais um período para o tal evento se repetir ou amargurar as sobras. É necessário planejar, sim! Planejamento é solo fértil para minimizar os riscos e garantir o sucesso dos negócios, além de ser a base para decisões importantes. Cadeia de suprimentos: Quando um produto passou pelo caixa e definitivamente chegou às mãos do cliente, pressupõe-se que tudo correu muito bem nesse longo caminho. É um processo complexo que, na óptica, envolve desde o fornecedor de minúsculos parafusos até a loja, com eficácia em todas as suas etapas. Só assim, todos estarão satisfeitos. Esse é o mundo ideal da cadeia de suprimentos. Mas nem sempre é assim. Para o seu perfeito funcionamento, deve-se combinar eficiência em vários processos como velocidade de reposição, tempo de comunicação das quantidades de compra, tempo de produção, tipo de transporte, processos de recebimento, conferência e inspeção de mercadorias, entre outros.

Colaboração, nesse caso, é fundamental. E colaboração em negócios é compartilhar muito: informações, conhecimento, riscos etc. E com transparência, no melhor sentido de parceria, em uma relação em que todos os lados ganhem. Tudo com a meta de reduzir custos, tempo de atendimento e estoque e repassar melhores resultados em benefício do cliente final para, principalmente, deixá-lo muito satisfeito e mantê-lo fiel. Sincronização também é importante. Cada vez mais, os clientes querem escolher o melhor entre uma incrível variedade de produtos, com o melhor preço, que atenda as suas necessidades e desejos em termos de quantidade, tempo e lugar. E, diante de todos esses quereres, tem de ocorrer um verdadeiro "abastecimento sincronizado" em todas as etapas da cadeia. Tudo deve acontecer no tempo certo e, quanto menos imprevistos houver, melhor.

Em resumo, quando o assunto é melhorar resultados por meio de ferramentas como gestão de estoques, varejo e indústria estão diante de processos complexos que envolvem até mudanças comportamentais.

2.1 - GESTÕES DE ESTOQUE E COMPRAS E SUA IMPORTÂNCIA NA EMPRESA.

Atualmente, muito se fala sobre custos logísticos, gerenciamento da cadeia de suprimentos, bem como gestão de estoques. Muitas empresas buscam manter estoques mínimos para tentarem obter vantagem competitiva no mercado. Com os baixos valores agregados aos estoques, elas conseguem ter a oportunidade de investir o capital ao invés de deixá-lo ocioso em forma de estoques. Mas, será que essa é a melhor solução? Outros pontos devem ser analisados, como por exemplo, a variação da demanda. Se a empresa não possui o estoque para atendimento imediato ao seu cliente, ela gera a oportunidade para que o mesmo busque seus concorrentes, correndo riscos de perdê-los. Ou então, se ela não cumpre os prazos, seja por falta de matéria-prima devido a um atraso do fornecedor, a empresa terá sua imagem denegrida junto ao mercado e, para conseguir restabelecê-la acarretará em grandes custos. Daí a necessidade de se estudar uma melhor forma para manter um estoque de segurança. Estes dois pontos devem ser ponderados (manter ou não manter estoques). Esse artigo tem como objetivo demonstrar algumas vantagens e custos para manutenção dos estoques, além de descrever brevemente suas funções, tipos e como fazer um planejamento adequado.

Importância e os Custos de Manutenção dos Estoques maioria das empresas têm como objetivo o atendimento aos seus clientes na hora certa e com a quantidade certa. Para obter uma vantagem competitiva duradoura é necessária a rapidez e presteza na distribuição das mercadorias. Nesse sentido, a maioria dos estoques gera algumas vantagens e são importantes para: melhorar o serviço do cliente – dando suporte à área de marketing, que ao criar demanda precisa de material disponível para concretizar vendas; economia de escala – os custos são tipicamente menores quando o produto é fabricado continuamente e em quantidade constantes; proteção de mudanças de preços em tempo de inflação alta – um alto volume de compras minimiza o impacto do aumento de preços pelos fornecedores; proteção contra incertezas na demanda e no tempo de entrega – considera o problema que advém dos sistemas logísticos quando, tanto o comportamento da demanda dos clientes, quanto o tempo de entrega dos fornecedores não são perfeitamente conhecidos, ou seja, para atender os clientes são necessários estoques de segurança e; proteção contra contingências – proteger a empresa contra greves, incêndios, inundações, instabilidade política e outras variáveis exógenas que podem criar problemas. O risco diminuiria com a manutenção de estoques. Ideal, seria a inexistência de estoques, à medida que fosse possível atender ao usuário no momento em que ocorressem as demandas. As primeiras causas que exigem estoques permanentes para atendimento imediato do consumo interno e das vendas são as necessidades de continuidade operacional, incerteza da demanda futura ou sua variação ao longo do período de planejamento e, disponibilidade imediata do material nos fornecedores e cumprimento dos prazos de entrega. Outras razões para existência dos estoques, segundo Viana (2000), são a impossibilidade de se ter os materiais em mãos, na ocasião em que as demandas ocorrem; o benefício obtido em função das variações dos custos unitários (esta razão torna-se altamente significativa em economias inflacionárias, quando a manutenção de elevados estoques de materiais estratégicos poderá, até determinado limite, beneficiar os detentores), a redução da frequência dos contatos com o mercado externo, que muitas vezes é prejudicial à atuação formal do órgão comprador e a segurança contra os riscos de produção do mercado fornecedor.

2.2 - ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A EFICIENCIA DA ARMAZENAGEN E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS

O processo de utilização de um sistema de gerenciamento de armazém como reposicionamento estratégico devido a grande expansão do volume de produtos estocados a operação ficaria lenta para ser controlada sem um sistema de gerenciamento que analise a influência entre a implantação de sistemas e as dificuldades encontradas no decorrer do processo, assunto esse abordado na área de sistemas de informações, administração de materiais especificamente, podendo ainda ser aplicados em grande variedade de indústrias tais como: terceirização logística, automotivas, alta tecnologia e etc. Analisando a influência da posição geográfica do fornecedor em relação a seu cliente, assunto esse abordado na área de administração de materiais (logística) e administração de produção. Qual o impacto no que diz respeito à posição geográfica do fornecedor em uma decisão do departamento de compras? Tendo em vista que a função tomada de decisão não só no departamento de compras mais também em toda organização é de fundamental importância, surge agora a oportunidade de acompanharmos de perto os passos a serem seguidos para um total cumprimento dessa função, pois nela envolve desenvolvimento de um relacionamento entre as duas partes (cliente e fornecedor), de tal forma que a parceria e a cooperação proporcionam melhores resultados do que o interesse próprio e o conflito. Desta forma o termo posição geográfica do fornecedor será entendido como sua localização em relação ao seu cliente e quais as implicações a serem consideradas em uma definição do departamento de compras, sendo que existe uma série de avaliações a serem estudadas e que contribuem diretamente para o fechamento ou não de um pedido de compras. A princípio esse trabalho requer pesquisas totalmente voltadas aos compradores que poderão claramente nos posicionar e esclarecer essas dificuldades do dia a dia. Podemos dizer que nos dias atuais a posição geográfica (localização) dos fornecedores em relação a seu cliente passou a ocupar um papel de destaque nos problemas logísticos das empresas, pois o tempo para o cliente é uma vantagem competitiva, sendo que diretamente envolve custo, que com certeza força as empresas a reduzir os estoques e paralelamente um melhor desenvolvimento para com seus fornecedores. Qualquer pessoa, como consumidor, tem claro o que espera dos produtos que compra: querem produtos que cada dia atenda melhor às suas necessidades, os querem quando necessitam, a um preço adequado e com altos níveis de qualidade. Clientes cada vez melhor informados e mais exigentes estão provocando a mudança dos mercados e consumo e, com eles, como um efeito dominó, de todos os demais mercados industriais e de serviços. Além disso, outro fator chave explica esta evolução: a modernização dos meios de transporte e o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação estão permitindo a real globalização da economia. Esta evolução na fabricação está mudando os mercados para um ambiente caracterizado para:

• Extremo dinamismo

• Máxima disponibilidade

• Flutuação da demanda

• Competitividade

• Globalização

A cadeia logística é o canal de movimento do produto ao longo do processo industrial até os clientes. Mas pode-se dizer simplesmente que é a sucessão de manuseios, movimentações e armazenagens pelas quais o produto passa desde que é matéria-prima, conjuntos semielaborados, até chegar ao cliente final. A cadeia logística pode ser dividida em três partes:

1. Suprimentos, que gerencia a matéria-prima e os componentes. Compreende o pedido ao fornecedor, o transporte, a armazenagem e a distribuição.

2. Produção, que administra o estoque do produto semiacabado no processo de fabricação. Compreende o fluxo de materiais dentro da fábrica, os armazéns intermediários, o abastecimento do posto de trabalho e a expedição do produto acabado.

3. Distribuição, que administra a demanda do cliente e os canais de distribuição. Compreende o estoque do produto acabado, a armazenagem, o transporte e a entrega ao cliente.

A quantidade de produtos desta cadeia depende em grande parte da quantidade de manuseios que sofrem os materiais, das distâncias que percorrem (e o tempo que tardam em percorrê-las) e do nível de estoque que existe nos armazéns. Esta quantidade de material pode ser medida de duas formas:

Em dinheiro - o custo monetário de todo material que chega ao canal. Isto nos diz quanto capital está imobilizado em forma de estoque.

Em tempo (lead time) - tempo em que uma unidade de material levaria para percorrer todo o canal desde que entra até sair. Este parâmetro nos diz qual é a nossa distância ao cliente em tempo para poder reagir ante as novas demandas de mercado.

Na atualidade, as estratégias logísticas estão evoluindo com grande rapidez. São vários os fatores que facilitam e contribuem a esta mudança. Entre os mais relevantes estão:

Profissionalização e especialização: a gestão logística se considera como uma fonte importante de oportunidades competitivas e se destinam recursos a ela. A visão tradicional da mera gestão burocrática de estoques, armazéns e transporte estão em vias de extinção.

Aparição de empresas especializadas: fruto desta profissionalização da logística moderna tem aparecido no mercado empresas que oferecem serviços logísticos integrais: análise, projeto, implementação e gerenciamento das necessidades logísticas da empresa. Com ela se abriu a possibilidade da subcontratação de toda ou parte da cadeia logística.

Aparição de novos modelos de organização: há tempos tem se introduzido uma mudança substancial nos conceitos logísticos a partir da teoria de que o estoque é sempre sinal de problemas a serem resolvidos. As novas estratégias logísticas são muitas e variadas, e dependem em grande parte, do setor industrial. Tentar abordá-lo em apenas um artigo seria uma atitude um tanto ambiciosa, porém algumas das mais importantes serão apresentadas para que ajudem a ilustrar estas mudanças que se estão produzindo com grande rapidez nos últimos anos.

A gestão do fluxo puxado: este tipo de gestão da cadeia logística é uma das contribuições fundamentais do just-in-time (jit). A diferença fundamental entre o fluxo puxado (kanban) e o fluxo empurrado (mrp) está na forma de planificar a produção, as compras e os abastecimentos. Como ideia geral pode-se dizer que a gestão no fluxo puxado se baseia em organizar a produção a partir do que o cliente realmente tem consumido, não do que é previsto consumir. Fluxo puxado é fabricar em função do consumo do cliente.

Aplicar o fluxo puxado a toda a cadeia logística não é um trabalho fácil, pois implica uma inter-relação estreita com os fornecedores e também com os clientes, o que não é sempre possível. Porém, utilizada para gerenciar o fluxo interno, pode ser uma ferramenta muito potente na redução do estoque em processo, sempre e quando vai unida a uma transformação do sistema de produção em três aspectos fundamentais:

• Adaptação permanente à demanda do cliente

• Fabricar em pequenos lotes mediante a flexibilização

• Confiabilidade das instalações

A terceirização: muitas empresas utilizam a chamada teoria de valor, segundo a qual a empresa deve concentrar seus esforços, recursos e inversões naquilo que agrega valor ao que faz, ou seja, aquilo que somente ela pode fazer e que constitui uma vantagem competitiva. Neste contexto, a terceirização está em moda, porém envolve certos riscos se não programa-la de um modo controlado. Antes de chegar à terceirização é necessário ter passado pela criação de sistemas próprios que, uma vez funcionando, podem ser externa lizados. No que diz respeito à cadeia logística, atualmente, grande parte da mesma está terceirizada: armazéns, transporte, distribuição do produto, incluindo o fluxo interno e os abastecimentos aos postos de trabalho. A transferência do estoque para o fornecedor: existem muitas formas de transferir o estoque para o fornecedor. Quando o fornecedor está longe, e não pode adaptar-se à entrega em pequenos lotes, se utiliza, frequentemente, a estratégia do estoque no depósito. O fornecedor deve depositar seu estoque em um armazém próximo ao cliente ou muitas vezes dentro do próprio cliente. Este estoque é considerado propriedade do fornecedor até que o cliente o consuma, momento no qual se fatura. Esta estratégia tem unicamente benefícios financeiros para o cliente, já que o estoque continua estando ali e com ele os problemas que acarreta outra forma de deslocar o estoque é mediante a subcontratação de subconjuntos volumosos de fornecedores próximos. Desta maneira é o fornecedor que se encarrega da gestão do estoque de subcomponentes e é ele que disponibiliza o espaço de armazém. Em algumas ocasiões o provedor é também responsável pela compra destes subcomponentes, em outras este material está consignado pelo cliente. Ambas as estratégias podem ser usadas com objetivos pontuais como economizar espaços na fábrica, mas geralmente não solucionam o problema do estoque, somente o escondem.

Centralização: esta técnica afeta toda a cadeia de distribuição. Quando se têm muitos canais distintos e se produz de forma específica para cada um deles, se é obrigado a manter um estoque específico para cada canal. Se a demanda deste canal flutua muito, podemos encontrar, em um determinado momento, um sobre estoque ou uma ruptura de estoque. Se centralizarmos a demanda flutuante de vários canais, de modo geral, a demanda total é muito mais estável. Aqui reside a vantagem de adiar operações: se fabrica uma referência genérica e as particularizações se realizam no canal de distribuição, em função da demanda real, no próprio armazém do produto determinado.

3 – ENTREVISTA COM O RESPONSÁVEL PELA LOGÍSTICA DE CADA EMPRESA ESCOLHIDA, QUE EXPLIQUE:

Empresa 01: Dow Coringa Silício do Brasil

Rodovia PA 263 km 3,5

CNPJ: 04.872.297/0001-36

Entrevistado José Orlando Rua Lima

• Como a empresa recebe, e processa o pedido do cliente?

Antes de se atender aos pedidos, existem várias tarefas que tem de ser realizadas ao receber o pedido do cliente, primeiro verificar e conferir as informações contidas no pedido, a empresa recebe o material junto com a nota fiscal, o volume, e conhecimento do transporte. Para importar no estoque tem que ter o numero de autorização do pedido de compra na nota fiscal. O comprador recebe um pedido ele tem que passar o numero do pedido para o fornecedor, para que o mesmo faça as conferencias do numero do pedido tem de ser o e mesmo da nota fiscal. Os pedidos são enviados para o departamento de contabilidade, onde se analisam os créditos, passando de seguida para o departamento de vendas para conferir os preços.

• Como é realizada a compra de suprimentos, insumos e matéria-prima?

O processo de compra é baseado de acordo com a requisição do pedido de compra do setor da empresa. A logística exerce a função de responder pela movimentação de materiais no ambiente interno e externo da empresa desde a chegada da matéria prima até a entrega do produto final ao cliente. O comprador irá fazer a cotação com até 03 fornecedores diferentes, sendo que o fornecedor precisa esta em conformidades com o código de conduta da empresa.

• Como são classificados e armazenados, na empresa, os suprimentos, insumos e matérias-primas?

Os produtos são classificados por meio de alocação, não dependendo do setor, exceto quando as matérias são de grandes proporções como a madeira fica pasto de matéria primas (picador de toras); Carvão fica alocado em baias separadoras que também passa pelo laboratório químico para analise do material; acido fica locado nas utilidades setor responsável pelo tratamento da água que faz a refrigeração dos fornos; Óleos são armazenados em cima de caixas de contenção, evitando assim menor degradação ao meio ambiente, e controlando os aspectos que possa provocar impactos ambientais. De acordo com a política de qualidade da empresa, a Dow Coringa tem o compromisso de cumprir todas as leis relevantes, regulamentos e outros requisitos aplicáveis, procura conduzir as atividades de maneira sustentável, desenvolvendo produtos e processos que minimizam qualquer impacto adverso ao Meio Ambiente, Saúde e Segurança.

Empresa 02: Auto Peças Regional

Av. Verdiano Cardoso - Cento

CNPJ: 04.476.483/0001-56

Entrevistado Joel Araújo de Queiroz

• Como a empresa recebe, e processa o pedido do cliente?

O material entra com a nota fiscal, é feita a quantidade de volumes e analisa se tem alguma mercadoria violada. É feita a quantidade de item por item mediante quantidades de nota fiscal. O material é distribuído por seção, e armazenado; passa para o processo de lançamento no sistema.

• Como é realizada a compra de suprimentos, insumos e matéria-prima?

O material é adquirido através de compra diretamente do distribuidor, a compra dos insumos são realizados no comercio local, facilitando assim o fluxo e giro no mercado interno.

• Como são classificados e armazenados, na empresa, os suprimentos, insumos e matérias-primas?

São classificados por seções. Alocados em prateleiras identificadas por sequências numéricas.

4 - A SUPL. CHAIN MANAGEMENT (GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS).

Segundo Minter ET AL apud Hilsdorf ET AL (2009) a Gestão da Cadeia de Suprimentos é: “a coordenação sistêmica e estratégica das funções tradicionais do negocio e das táticas entre as funções, dentro de uma empresa em particular e entre os demais componentes da cadeia de suprimentos, com o objetivo de melhorar o desempenho no longo prazo de cada empresa individualmente e da cadeia como um todo.”.

A gestão adequada da rede permite uma produção otimizada para oferecer ao cliente final o produto certo, na quantidade certa. O objetivo é, obviamente, reduzir os custos ao longo da cadeia, tendo em conta as exigências do cliente afinal, isso é qualidade: entregar o que o cliente quer, no preço e nas condições que ele espera. Esta gestão é por vezes difícil, especialmente para um sistema que não tenha controle sobre toda a cadeia.

Dentro da cadeia de suprimentos, é de extrema importância a diminuição dos problemas de comunicação entre o setor de suprimentos e as obras. A disponibilidade destas informações aumenta a flexibilidade com respeito, a saber, quanto, quando e onde os recursos podem ser utilizados para obtenção de vantagem estratégica.

5 - CONCLUSÃO

Ao concluir esta disciplina o aluno será capaz de analisar o processo de administração de materiais e patrimônio, com vistas gerência, de uma forma integrada, do conjunto de fluxos de materiais envolvidos no processo de produção. Para isso estará apto a explicar os conceitos fundamentais de administração de estoques e os conceitos fundamentais de administração de compras e de património. Dessa forma, conclui-se que é de fundamental importância a administração dos materiais e patrimônio no processo produtivo, pois são recursos usualmente escassos em todas as empresas. Os estoques devem funcionar como elemento regulador do fluxo de materiais nas empresas, isto e, como velocidade com que chegam à empresa e diferente da velocidade com que saem (ou são consumidos), há necessidade de certa quantidade de materiais, que ora aumenta , ora diminui , amortecendo as variações.

A manutenção de estoques traz vantagens e desvantagens às empresas. Vantagens no que se refere ao ponto atendimento aos clientes, e desvantagens no que se refere aos custos decorrentes de sua manutenção. Compete ao administrador de materiais encontrarem o ponto de equilíbrio adequado a empresa em certo momento, embora os benefícios decorrentes do ponto atendimento sejam mais difíceis de ser avaliados do que os custos decorrentes. Uma analise detalhada dos estoques e uma exigência que se faz a todo administrador de materiais. Não somente em decorrência dos volumes de capital envolvidos, mas, principalmente, pela vantagem competitiva que a empresa pode obter, dispondo de mais rapidez e precisão no atendimento aos clientes.

Na busca de tais objetivos, os amestradores dispõem de vários indicadores como o do giro dos estoques da cobertura da acurácia e da analise ABC tradicional. Além destes, a criticidade assume importância cada dia maior. Muitas vezes, a falta de um item de baixíssimo custo e pequena rotatividade pode parar toda uma fabrica com prejuízos de milhares de reais.

Os métodos de avaliação dos estoques influenciaram o resultado da empresa, devendo estes ser corretamente escolhidos e determinados.

Conclui-se, no entanto, que o presente artigo teve como meta a recomendação para a modernização organizacional e operacional, analisando e apresentando métodos para aumentar a eficiência do planejamento e otimização da cadeia de suprimentos, afluindo assim para a melhoria da qualidade da produção.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

BOVET, David M; MARTIN, Bob W. Sinal verde para o transporte. HSM

Management. Ano 4. n. 21. Julho-Agosto de 2000. Disponível em:

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