Construção: materiais alternativos podem reduzir o custo da habitação
Resenha: Construção: materiais alternativos podem reduzir o custo da habitação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: phonerio • 15/8/2014 • Resenha • 484 Palavras (2 Páginas) • 438 Visualizações
Construção civil: Materiais alternativos podem diminuir custo de habitações
O Brasil tem realizado pesquisas na área de novos materiais para a construção civil, a fim de baratear o custo das habitações, mas sem comprometer a qualidade.
Areia ,brita ,cal, cimento, ferro, madeira e tijolos são materiais comuns empregados na construção civil, mas não são únicos, e podem ser substituídos por produtos alternativos.
Notícias sobre a existência de estudos e propostas de construção com materiais não convencionais chegam de toda a parte do país. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, por exemplo, em parceria com empresas de granito, papel, couro e construção investiram num laboratório projetado para emitir laudos ambientais sobre os rejeitos industriais desses segmentos, desde que tenham potencial para aplicação na construção de moradias.
Na mesma linha de trabalho surgem a Universidade São Francisco (USF), de Bragança Paulista, em São Paulo, envolvida com pesquisas centradas em resíduos de gesso e materiais cerâmicos, e a Universidade Federal de Santa Catarina (USFC), envolvida em estudos com cinzas termoelétricas, casca de arroz e entulhos. Fora isso, a universidade catarinense ainda se ocupa do aperfeiçoamento tecnológico para a construção de moradias com madeira de pinos e eucaliptos.
Em Pirassununga, no interior de São Paulo, pesquisas conduzidas pela Universidade de São Paulo (USP) objetivam a substituição parcial do cimento tradicional pela cinza de bagaço de cana-de-açúcar. Espera-se que o projeto possa se converter numa contribuição real para o barateamento dos insumos da construção civil.
A mesma expectativa surge em relação ao bloco Isopet, uma proposta da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O Isopet é confeccionado em concreto leve, com a adição de EPS (poliestireno expandido, isopor) e de garrafas PET em sua parte interna, depositadas inteiras, tampadas e posicionadas tanto no sentido vertical como horizontal (o PET é um polímero termoplástico de alta resistência).
Bambu e adobe
O bambu também tem servido à realização de projetos no campo da construção civil. Países como Colômbia, Costa Rica, Equador e Peru já fazem uso intensivo da planta em grandes construções. O bambu é um recurso renovável, de produção fotossintética, abundante na natureza e que dispensa o processo industrial para ser transformado em material de construção.
Há ainda a terra, uma das matérias-primas de maior disponibilidade no planeta, que pode vir a dar uma nova contribuição à construção civil. O tijolo cru, ou tijolo ecológico, por exemplo, que seca ao sol, dispensa o consumo de energia, como ocorre com o produto convencional. Chamado de adobe, ele pode ser fabricado por qualquer pessoa e em qualquer lugar.
Em termos de resistência e conforto ambiental, o adobe é perfeito. Quanto à sua durabilidade, existem construções com séculos de existência e que foram erguidas com o tijolo cru.
Todas essas pesquisas perseguem a receita da construção de casas populares de qualidade, acessíveis a uma camada maior da população. Falta que o Estado se conscientize das potencialidades representadas por esses elementos - e do conceito "ecologicamente correto" embutido
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