Cotrole Estatistico De Processo

TRABALHO INTERDISCIPLINAR DIRIGIDO IV

INSTITUTO POLITÉCNICO – Centro Universitário UNA

CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO NA PISCICULTURA

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Resumo: A tilápia se tornou a espécie mais cultivada no Brasil, por boa aceitação, elevado valor comercial e custos de produção baixos. O viveiro de piscicultura funciona como um ecossistema artificial onde as condições abióticas e bióticas podem ser parcialmente manipuladas. O controle estatístico do processo pode ser utilizado para reduzir custos e proporcionar a melhoria da qualidade. Este artigo tem como objetivo, analisar a utilização do controle estatístico do processo na piscicultura, demonstrando as vantagens de se ter à temperatura da água controlada. Serviram como base para este artigo, bibliografias de autores que analisaram esta variável nos processos da piscicultura.

Palavras chaves: Piscicultura, Controle estatístico, Temperatura da água na pisicultura.

1. INTRODUÇÃO

A piscicultura é a atividade relacionada ao cultivo de peixes principalmente de água doce. Na concepção de Ono e kubitza (1999) a aqüicultura, setor da qual o piscicultura faz parte, é o seguimento de produção animal que mais cresce no cenário mundial atual.

No Brasil, a criação do peixe em lagoas, açudes e represas tem se destacado na piscicultura. A tilápia é uma espécie que se adaptou bem as condições da água brasileira. Fáceis de alimentar, resistentes a doenças, boas reprodutoras, toleram bem grandes variações de temperatura e água com pouco oxigênio dissolvido, logo se tornaram um negócio rentável. (MARENGONI, 2006).

Diversos autores destacam que o controle da qualidade em viveiros de piscicultura é requisito básico para o sucesso econômico do sistema produtivo. Portanto este estudo propõe-se avaliar o controle estatístico do processo aplicado ao manejo da tilápia em tanques.

2. Revisão Bibliográfica

Rotta e Queiroz (2003) enfatizam que dentre os peixes que apresentam potencial para a produção em tanques, a tilápia se tornou na última década a espécie mais cultivada no Brasil, sendo responsável por aproximadamente 40% do volume da aquicultura nacional.

Na concepção de Ayroza (2009) a tilápia é uma espécie tropical, cuja a temperatura ideal para seu desenvolvimento varia entre 25ºC e 30ºC, e sendo prejudicial quando a mesma se encontra abaixo 15ºC.

Figura 1: Fluxograma dos processos de produção, relativo ao ciclo vital da tilápia

Fonte: www.socioambiental.org/pisci/manejo.shtm data de acesso: 22/10/11

Para Zimmermann e Hasper (2003) esta espécie está entre aquelas que possuem características desejáveis por terem boa aceitação, elevado valor comercial, excelente conversão alimentar e custos de produção relativamente baixos, especialmente nos países em desenvolvimento.

O constante monitoramento da qualidade de água, não apenas dentro e entre os tanques rede, mas também do ambiente que os envolve é a garantia da manutenção da qualidade do produto e da sustentabilidade neste sistema intensivo de produção de peixes, afirma MAREGONI (2006).

O viveiro de piscicultura funciona como um ecossistema artificial no qual os fatores externos, como entradas de alimentos e fertilizantes, são tão essenciais quanto os internos, desempenhando importante papel no ecossistema (PAYNE, 1986).

Boyd (1990) menciona que o alimento não consumido e as fezes dos organismos cultivados contribuem diretamente para a poluição do meio aquático sob a forma de matéria orgânica, já os nutrientes provenientes da decomposição estimulam a redução adicional de matéria orgânica sob a forma de fitoplâncton.

Figura 2: Exemplificação de filtragem de elementos não desejáveis durante o cultivo

Fonte: Adaptado de Revista panorama da aqüicultura edição 74, novembro/dezembro de 2002, p.22. AutoCAD 2011, escala 1/12.5

De acordo com Ono e kubitza (1999) os níveis de CO2 devem ser monitorados semanalmente nos tanques e viveiros e sempre que houver baixos teores de oxigênio. Os níveis de CO2 são normalmente monitorados ao amanhecer, pois neste horário sua concentração é mais alta. Concentrações elevadas de CO2 podem afetar sensivelmente o desempenho produtivo, e até mesmo causar asfixia nos peixes.

Segundo Montgomery (1996) o controle estatístico do processo (CEP) é uma técnica estatística aplicada à produção que permite a redução sistemática da variabilidade nas características da qualidade de interesse, contribuindo para a melhoria da qualidade intrínseca, da produtividade, da confiabilidade e do custo do que está sendo produzido. O controle estatístico de processos utiliza de um conjunto de ferramentas para a resolução de problema buscando assim um processo mais estável aumentado sua capacidade e reduzindo sua variabilidade.

Há varias técnicas de CEP que podem ser aplicadas individualmente ou em paralelo, este estudo concentrará seu foco na análise de sistemas de medição, especificamente nos processos de estabilidade. A estabilidade de um sistema de medição refere-se ao seu desempenho ao longo do tempo. Em geral, a estabilidade não é quantificada, mas ela pode ser avaliada usando-se cartas de controle. Pontos fora dos limites de controle, na carta de médias ou na carta de amplitudes, revelam falta de estabilidade no sistema de medição (RIBEIRO E CATEN, 2001).

De acordo com Oliveira et. al (1992) é sabido que os viveiros de piscicultura abrigam uma comunidade biótica bem diversificada, desde produtores primários, a produtores secundários e decompositores. Entretanto, as espécies existentes nestes ambientes dependem fundamentalmente da qualidade da água. A aplicação do CEP propõe adotar um controle rigoroso dessas variáveis a fim de manter uma estabilidade da qualidade da água e do ecossistema estabelecido nesse manejo.

3. Métodos

Esta pesquisa é descritiva, com base em pesquisas já realizadas em técnicas