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Crescimento Economico

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Por:   •  7/9/2014  •  2.331 Palavras (10 Páginas)  •  334 Visualizações

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CRESCIMENTO ECONÔMICO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL NO BRASIL.

O Brasil tem apresentado um significativo crescimento econômico e estabilidade financeira, nos últimos anos, especificamente, no período que se inicia no ano 2000 e termina em 2010, há muito não vistos em nossa economia. Pretendemos com este artigo retratar tal crescimento, verificando se o mesmo está contribuindo com o desenvolvimento, no sentido amplo da palavra, da sociedade brasileira, destacando as condições de saúde de população. Tentaremos verificar como o crescimento econômico está interferindo em nossas vidas, analisar se ele está provocando significativa melhora nas condições humanas.

Crescimento econômico e desenvolvimento social são buscados por todos os países. Por trás desses dois termos, estão inseridos vários conceitos, como acumulação de capital, acréscimos do produto por trabalhador, aumento nos níveis de poupança e investimentos, melhores condições de vida, baixas taxas de natalidade e mortalidade entre outros respectivamente. O termo “desenvolvimento” foi subentendido por muito tempo apenas como uma economia forte, mas para alcançar um nível satisfatório de desenvolvimento é necessário mais que um PIB (Produto Interno Bruto) robusto, como também um nível de educação elevado da população, uma renda per capita que permita às pessoas poder de compra compatível com uma boa qualidade de vida, taxas mínimas de pobreza, baixa desigualdade social, saneamento básico ao acesso de todos, acesso a uma saúde de qualidade, esses e outros, são fatores que influenciam diretamente na qualidade de vida da sociedade. Desenvolvimento é mais que somente crescimento econômico, é um conjunto de fatores que determina o desenvolvimento econômico e o social, que devem caminhar juntos a fim de evitar as desigualdades, que assolam os países em vias de desenvolvimento.

DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DO BRASIL

Podem-se identificar na Tabela abaixo, que retrata a evolução do PIB brasileiro com alguns indicadores sociais, que todos demonstraram resultados positivos na maioria dos anos. O produto da economia cresceu consideravelmente, saltando de pouco mais de 640 bilhões para mais de dois (2) trilhões de dólares em 2010, valor este que fez do Brasil naquele ano, a 10ª economia, a frente de países desenvolvidos como Itália e Canadá, porém o país continua com um longo percurso para melhor as condições de vida da população.

PIB e Indicadores Sociais Brasileiros do ano 2000 a 2010

Ano PIB (US$ corrente) Variação (%) PIB Per Capita Coeficiente de Gini IDH

2000 644.701.831.101,39 4,31 7.010,45 * 0,665

2001 553.582.178.386,19 1,31 7.162,66 0,596 *

2002 504.221.228.974,04 2,66 7.371,99 0,589 *

2003 552.469.288.267,79 1,15 7.519,12 0,583 *

2004 663.760.000.000,00 5,71 8.074,36 0,572 *

2005 882.185.291.700,90 3,16 8.509,43 0,569 0,692

2006 1.088.917.279.411,76 3,96 9.037,93 0,562 0,695

2007 1.365.982.651.542,37 6,09 9.774,80 0,556 0,700

2008 1.652.817.559.096,61 5,17 10.407,79 0,547 0,705

2009 1.621.661.507.655,08 -0,33 10.344,22 0,542 0,708

2010 2.143.035.333.258,24 7,53 11.127,06 * 0,715

Dados do Banco Mundial, Ipea e PNUD (Programa das nações unidas para desenvolvimento)

Observa-se igualmente um aumento significativo do PIB per capta, agregando mais de quatro (4) mil dólares no período, passando de pouco mais de US$ 7.000 no início da série para US$ 11.127,06 no ano fim. Aqui, o PIB per capita, foi medido em PPC, ou Paridade de Poder de Compra6, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Há de se notar também que em 2009, quando a economia apresentou uma pequena retração de 0,33%, o PIB per capita sofreu uma diminuição de R$ 63,57 recuperando o valor perdido em 2011, com um acréscimo de R$ 782,84 quando a economia cresceu mais de 7% sobre o ano da retração. O Coeficiente de Gini brasileiro sempre foi elevado, demonstrando a alta desigualdade de renda no país. Como já explicitado anteriormente, quanto mais próximo um (1), maior é o nível de desigualdade. Tal resultado brasileiro pode ser explicado pelos modelos de crescimento adotados pelo país no século passado, e também pela grande disparidade regional que o país apresenta, com regiões bem industrializadas, como o Sul e o Sudeste, e outras com baixos níveis de emprego além de condições climáticas pouco favoráveis como a que se vê no Nordeste por exemplo. Há de se destacar que a desigualdade apenas diminui quando a renda da parcela mais pobre da população cresce mais rapidamente que a dos mais ricos, o que de certo modo poderia ser garantido com o crescimento econômico, porém, se a renda dos mais ricos crescer mais rapidamente que a renda dos mais pobres, a desigualdade aumentará, o que sempre foi um dos males da economia brasileira.

O Índice de Desenvolvimento Humano, que apresentou o menor crescimento do período dentre os mostrados na tabela acima, posicionou o Brasil, em 2010, na 73ª posição, atrás de países como o Peru, por exemplo, sendo o primeiro colocado, a Noruega, com um IDH de 0,938. Segundo a classificação das Nações Unidas, o Brasil se encontra no grupo de países com elevado desenvolvimento humano7. O IDH é utilizado pela ONU para medir o grau de desenvolvimento humano dos países membros, e é formado por três índices: índice de expectativa de vida, de escolaridade e o índice de rendimentos da população, traçando uma síntese do país. Em tese, pode-se afirmar que o nível da qualidade de vida da população brasileira está muito a quem dos níveis dos países desenvolvidos.

INFLAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES NA ECONOMIA

Durante as últimas três décadas tem-se verificado a redução da inflação na generalidade dos países industrializados. As elevadas taxas de inflação, que afetaram tanto as economias desenvolvidas como as em desenvolvimento, acarretam custos sociais e econômicos e motivaram a que os governos implementassem inúmeros programas de estabilização que visavam num primeiro momento a redução da inflação, e a sua posterior estabilização.

O processo inflacionista e os programas de estabilização que visam o combate da inflação deram origem a uma vasta literatura, onde através de modelos empíricos

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