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Economia Brasileira

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Por:   •  24/11/2013  •  1.506 Palavras (7 Páginas)  •  256 Visualizações

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CRÉDITO, POUPANÇA E INVESTIMENTO

O Brasil necessita ainda avançar muito em seu sistema financeiro, porque a participação do crédito bancário no PIB era de somente 39,7% em 2008. Já o total de operações de crédito no Brasil passou a somar R$ 1,410 trilhão em 2009, com crescimento de 14,9% no ano. Este resultado representava 45% do PIB. Os juros ao consumidor final no Brasil são extorsivos, sendo a taxa média cobrada para pessoas físicas de 42,7% ao ano em dezembro de 2009.

Enquanto isso, o crédito nos EUA chega a 250% do PIB e na China chega a 150%. Já na Coréia do Sul e no Japão, a participação é de 100% do PIB. Até o Chile beira os 70 %. Somente taxas de juros civilizadas e produtivas levarão o país ao desenvolvimento econômico e social. Isso deveria ter sido enfrentado pelo governo, muito mais do que com o incentivo ao microcrédito, e somente buscando consultoria técnica do FMI para contrapor-se aos Bancos.

A baixa taxa de investimento (em relação ao PIB) é outro e o maior entrave a ser desmontado, pois será ideal para alavancar a economia quando chegar a 25% (para crescimento anual acima de 5%), o que poderá ser conseguido até 2012. A China tem hoje uma taxa de investimento superior a 36%.

Em março de 2007, o IBGE anunciou nova metodologia para o cálculo do PIB NOMINAL do Brasil, tendo havido uma revisão dos números para cima entre 2002 e 2005, com reflexos no PIB de 2006. Com isso, o crescimento do PIB de 2006 aumentou de 2,9% para 3,7%. O PIB de 2005 aumentou de 2,3% para 2,9%. O de 2004, aumentou de 4,9% para 5,7%; o de 2003 foi recalculado de 0,5% para 1,1 %; e o de 2002 saiu de 1,9% para 2,7 %. A previsão de crescimento para 2007 saltou logo para 4,5 %. O ano de 2007 fechou com aumento do PIB em 5,7%.

Os novos resultados do PIB mostraram que houve redução da proporção de investimento na economia brasileira. A taxa de investimentos caiu de 20,6% do PIB para apenas 15,9% em 2005, com o novo cálculo. Já em 2007, ela atingiu 17,4%, indo a 19,1% em 2008. Até 2012, ela não passava mais de 19,0%.

Contudo, existe uma esperança de que os programa de concessão e construção de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, mais os esforços de exploração de PETRÓLEO na mega-província do Pré-Sal, possam todos conduzir a taxa de investimento do país em direção a 20% do PIB a partir de 2013 ou 2014.

No Brasil, existia um mito ou tabu de que para crescer era preciso mais inflação, o que não é verdade. O que impedia o crescimento era o baixo volume de investimentos em toda a economia.

Todos esses fatores, apoiados pelas reformas estruturais (tributária, previdenciária, trabalhista e do sistema judiciário), pela nova Lei de Falências e pela recente mudança na legislação do sistema financeiro, com uma futura autonomia do Banco Central, aos poucos, criariam condições propícias à maior atração de investimentos produtivos estrangeiros, ao maior volume de comércio de produtos e serviços, a maiores capitais para financiamento, e à abertura de novos caminhos para uma grande retomada da economia brasileira ainda a partir de 2007. Acrescente-se ainda a quase remota possibilidade de novos acordos comerciais e de integração econômica com diferentes países e grupos regionais serem efetivados.

Nesse sentido, o Brasil procurou formalizar uma Aliança Estratégica com a CHINA em maio de 2004, que até hoje pouco produziu. Enquanto isso, em outubro de 2005, a Venezuela anunciou sua entrada no Mercosul, mas que só trouxe problemas políticos ao longo do tempo.

A FALTA DO INVESTIMENTO PÚBLICO

Nas economias emergentes de maior industrialização, o investimento público desempenha uma inarredável função coordenadora das expectativas do setor privado. No Brasil, a taxa de investimento alcançou em média 22,9% do PIB no período 1968-1979 e foi o motor da expansão da economia. Um estudo da economista Cristina Reis mostrou que o investimento público (incluindo os governos federal, estadual e municipal, além de empresas estatais federais) chegou a 8,3% do PIB como média nestes anos. Não por acaso, as taxas de crescimento do PIB deste período suplantaram significativamente aquelas obtidas em outras etapas da trajetória da economia.

O descompasso com a situação atual é muito acentuado, explicando em grande parte porque a economia brasileira patinou no último triênio. Em 2012, a taxa de investimento da economia não passou de 18,1% do PIB e o investimento público, segundo informações do Ministério da Fazenda, foi de apenas 4,5% do PIB. A retomada do crescimento vai depender da capacidade do Estado brasileiro de recuperar sua função de coordenador das decisões privadas mediante a elevação substancial do investimento público em infraestrutura com o devido cuidado para garantir a difusão dos efeitos pelos diversos setores que promovem maior produtividade e dão empregos no país.

Certas iniciativas nos últimos anos procuraram reconstituir a capacidade financeira e de execução de projetos por parte do Estado. A seleção de projetos de infraestrutura com recursos do orçamento federal (o PAC), o reforço dos programas de investimentos no setor de petróleo, a destinação de recursos do Tesouro para o financiamento de longo prazo através do BNDES e as medidas de incentivo e aperfeiçoamento da regulação e do crédito para a construção habitacional são exemplos disso. Elas tiveram efeito relevante, mas seu significado foi limitado em termos do investimento do setor público e do investimento global da economia. Assim, a taxa de investimento do setor público de 4,5% do PIB no ano passado na prática tão somente repôs o padrão anterior à onda neoliberal dos anos 1990, quando o investimento público retrocederia de 4,3% do PIB em 1995 para 2,7% do PIB em 2000. Declínio correspondente ocorreria com a inversão global: de 18,3% do PIB em 1995 para 16,8% em 2000.

Será necessário muito mais para que o investimento público e privado deslanchem e, com

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