Economia Brasileira
Exames: Economia Brasileira. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aveia • 15/5/2014 • 4.241 Palavras (17 Páginas) • 323 Visualizações
A ECONOMIA BRASILEIRA HOJE
"O Brasil, ao longo do tempo e em diferentes governos, ao marginalizar a educação formal, o ensino profissional e a pesquisa, limitou a modernização, abastardou a competitividade e, em conseqüência, perdeu a visão do desenvolvimento econômico, auto-sustentável, como projeto hegemônico permanente. Perdeu o seu tempo, ao crescer marginalmente, nos últimos 20 anos. Aceitou, assim, a mediocridade do subdesenvolvimento imposto por sistema e hábitos políticos que dominam o Poder Executivo e toda a vida nacional, com visão personalista, cartorial, eleitoreira e de curto prazo.
Nesse quadro, ainda presente, dificilmente se pode esperar, em curto e médio prazos, o benefício de reformas político-institucionais macroeconômicas, capazes de aliviar o peso absurdo do Estado brasileiro sobre a sociedade, e abrir caminho para a modernização e a desburocratização do país, condição para alcançar maior capacitação competitiva, que estimule o crescimento econômico e viabilize a desejada inserção internacional como instrumento da sustentação do crescimento e não fator para o seu aviltamento." Forum Nacional 2007 - Debates
CRESCIMENTO
O Brasil continuará lutando em 2013 para voltar a crescer em meio a um mundo dominado pela difícil agenda da crise europeia.
Ainda países como os EUA, Japão e Reino Unido encontram-se também pesadamente endividados e deverão acompanhar o desastre econômico-financeiro da Zona do Euro. Até mesmo a Alemanha sentirá esse peso.
A economia brasileira tem andado de lado por temer ser atingida em voo por todo esse processo que começou pela Grécia e Espanha, mas promete apanhar muitos outros países de modo e dimensão ainda desconhecidos.
Em vez de esperar, o governo da presidente Dilma Rousseff decidiu agir de modo inovador em 2012, passando a atuar politicamente para reduzir aos poucos a taxa básica de juros SELIC e controlar a taxa de câmbio a partir de abril. Até então, o câmbio era somente favorável a importações e interesses externos.
Some-se a isso uma inédita reviravolta que o governo provocou no sistema financeiro também em 2012, em que Caixa e Banco do Brasil passaram a reduzir seus juros, trazendo todo o mercado para novos patamares.
Essas mudanças pró-ativas formam um movimento pensado e contínuo pelo crescimento, que precisará de alguns meses para começar a tomar corpo.
A redução dos juros pagos pelo governo passou a contribuir na outra ponta pelo início da redução dos impostos. Já a taxa de câmbio na faixa de R$ 2,20 (ou mais) o dólar poderá ser alcançada aos poucos para não apertar demais a inflação e reativar o esforço exportador das indústrias.
A economia brasileira ainda é muito fechada e todo seu comércio exterior soma apenas 20% do PIB. Reformas que vão do ajuste cambial ao custo da eletricidade, passando por tributos e revolução logística, podem colocar o país em vantagem competitiva justamente em um momento mundial decisivo.
Mapa-Mundi (1999)
Mapa-Mundi.
DÍVIDA PÚBLICA
O Brasil ainda tem um Estado endividado. Sua Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) representa em torno de 40% do PIB. Em função disso, ele retém para as suas necessidades 80% do crédito disponível, tornando ainda mais caro o restante para a nação.
Não há como negar que, no atual governo Dilma Rousseff, ainda existe um controle visando o equilíbrio entre inflação, contas fiscais e contas externas, além da contínua redução da relação dívida/PIB.
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A dívida pública federal encerrou 2012 em R$ 2,008 trilhões. Ao longo de 2012, o endividamento em títulos públicos cresceu em R$ 142 bilhões (7,6%). Tal resultado foi comemorado pela equipe econômica porque houve uma melhora tanto no perfil quanto no prazo do endividamento.
A parcela do estoque corrigida por papéis prefixados, que são mais vantajosos para o governo, terminou o ano em 40% do total. Embora a taxa SELIC representasse 21,7% do estoque de papéis da dívida pública, suas reduções em 2012 contribuíram para a queda do custo médio da dívida no médio e longo prazos.
DÍVIDA INTERNA DO BRASIL
1994 a 2013
Ano Valor em
R$ Bilhões Percentual
do PIB - %
1994 153* 30
1995 208 31
1996 269 33
1997 308 34
1998 386 42
1999 517 49
2000 563 49
2001 661 53
2002 881 56
2003
913
58
2004
957
51,8
2005
979,7
46,5
2006
1.093
46,3
2007 1.224
43,3
2008
1.250
36,0
2009
1.398
43,0
2010
1.550
42,2
2011 1.783
43,0
2012
2.000
41,1
2013 *
2.200
-
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