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Empreendedorismo, marketing, qualidade e gestão financeira em marketing nas Unidades de Informação

Por:   •  9/2/2017  •  Artigo  •  5.072 Palavras (21 Páginas)  •  417 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO, QUALIDADE E GESTÃO FINANCEIRA EM MARKETING DE UNIDADES DE INFORMAÇÃO[1]

Mirna Karine Santos Ribeiro[2]

RESUMO

Aborda as Unidades de Informação como organizações empresariais, e, portanto, aptas a utilizar as estratégias de marketing. Discorre acerca das aplicações práticas do marketing em Unidades de Informação, de modo que essas possam atrair usuários e garantir sua sobrevivência em uma era de constantes mutações tecnológicas e informacionais. Enfatiza as adequações do composto de marketing às Unidades Informacionais. Ressalta que o empreendedorismo, a qualidade e a gestão financeira estão estritamente ligados ao marketing no que se refere à atitude dos profissionais da informação como agentes de inovação e gestão empresarial. Utiliza a metodologia de levantamento bibliográfico para a compreensão da importância da estratégia de marketing nas organizações. Conclui que o marketing traz benefícios à Unidade de Informação, desde a melhoria da sua imagem até a efetivação de seus serviços, e que o profissional da informação precisa adequar-se às mudanças impostas pelo mercado para que possa realizar plenamente a mediação da informação.

Palavras-chave: Unidades de Informação. Marketing. Empreendedorismo. Qualidade. Gestão financeira.

1 INTRODUÇÃO

        Toda empresa oferece produtos e serviços, e para que garanta a qualidade destes e a satisfação dos clientes, precisa ter conhecimento das demandas existentes na sociedade para que possa supri-las. Isto significa que a empresa deve possuir estratégias de marketing para que possa competir no mercado, ou seja, um “conjunto de conhecimentos necessários para estimular a venda de produtos e serviços, detectando e aproveitando as oportunidades de mercado, com o objetivo de satisfazer o cliente e obter retorno para determinada marca, empresa ou pessoa” (GUIA DO ESTUDANTE, 2009, sem página).

        Na chamada Era da Informação, as Unidades de Informação (U.I), se não repensarem seu verdadeiro papel na sociedade, correm o risco de desaparecer ou de não conseguirem cumprir sua função, na medida em que a Internet e os recursos eletrônicos em geral estão ganhando espaço no que se refere a serviços informacionais. Nesse sentido, as U.I precisam definir seus métodos e procedimentos para que assegurem seu efetivo papel e relevância, e para que evitem ser desvalorizadas em meio à concorrência decorrente das novas tecnologias da informação.

Assim, O marketing é uma ferramenta que pode trazer benefícios a essas instituições desde a melhoria de sua imagem, atração de novos usuários e prestação de serviços com mais qualidade, garantindo assim a sobrevivência na indústria da informação. As Unidades de Informação, ainda que sejam organizações sem fins lucrativos, precisam se posicionar no ‘mercado’, principalmente nesse contexto social em que a informação é elemento primordial para a tomada de decisões nas empresas e para qualquer atividade (RUBI; EUCLIDES; SANTOS, 2006).

Nesse contexto o marketing pode ser aplicado de forma adequada à transferência da informação com qualidade e consequente satisfação do público-alvo das U.I., de forma a apoiar o profissional que atua nessas instituições (SILVA, 1999). A melhoria da qualidade de produtos e serviços, além de satisfazer o público a que se destina, garante retorno, ‘lucro’ para a U.I.

        Sendo assim, este trabalho tem por objetivo abordar o marketing dentro das Unidades de Informação, a partir da concepção dessas unidades como organizações, a fim de verificar em que aspectos ele pode beneficia-las na concepção atual de mercado informacional. Também tem por finalidade analisar o empreendedorismo, a qualidade e a gestão financeira como aspectos organizacionais relacionados ao marketing, de modo a levantar reflexões sobre a importância de seu uso nessas unidades, uma vez que consiste uma ferramenta para potencialização dos produtos e serviços oferecidos.

        A metodologia utilizada para a realização deste artigo diz respeito ao levantamento bibliográfico de materiais nas áreas de Administração e Ciência da Informação, para um enfoque que envolva com precisão as duas áreas. Alguns dos principais autores abordados são Kotler e Keller (2006), Antônio Felipe Galvão da Silva (1999), Sueli Angélica do Amaral (1990), Ramos (1996), César Salim (2004) e outros, por serem autoridades nestes assuntos.

        Quanto à estrutura, divide-se em cinco seções, que tratam das Unidades de Informação como empresas e do marketing, e dentro deste, de empreendedorismo, de qualidade e de gestão financeira, conceituando e contextualizando o marketing nas Unidades de Informação.

2 UNIDADES DE INFORMAÇÃO COMO ORGANIZAÇÕES EMPRESARIAIS

        Segundo Moscogliato (2006, p. 17), empresa é “[...] o exercício organizado ou profissional de atividade econômica para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”. Isto é, uma organização que utiliza, entre outros, recursos econômicos para fabricação ou disseminação de produtos e serviços. As empresas podem ser públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos.

        Ora, as Unidades de Informação são profissionalmente organizadas para a disseminação de produtos e serviços de informação, caracterizando-se, desse modo, como empresas. Como tal, possui fornecedores, técnicas próprias e, principalmente, clientes, ou seja, o público-alvo. Este pode ser geral ou especializado, individual ou coletivo.

        A informação, hoje, tornou-se um recurso fundamental e imprescindível para as empresas em geral, consistindo na base da tomada de decisões institucionais. As Unidades de Informação devem então munir-se de ferramentas para que possam atender ao público da melhor maneira possível.

        Por essa razão, Ramos (1996, p. 2) afirma que “O negócio das unidades de informação é, portanto, o de disseminar informações precisas e prestar correta assistência a empresas [...]” e às demais pessoas que precisam de informação. Seus esforços devem estar voltados para os produtos e serviços informacionais, o que caracteriza sua função.

        O retorno às U.I não é financeiro, uma vez que são instituições sem fins lucrativos. Essas organizações destinam-se a suprir as necessidades informacionais dos indivíduos, e, portanto, seu retorno é a satisfação do cliente ou usuário.

        No contexto social em que estamos inseridos, isto é, na Era Digital, a Internet e outras fontes de informação alternativas têm sido preferidas pelos usuários para satisfação de suas necessidades informacionais. Cabe às Unidades de Informação a elaboração de estratégias para atrair o cliente, compreendendo suas demandas e fazendo uso dos recursos informacionais disponíveis.

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