FOCUS GROUP - GRUPOS FOCAIS
Por: lucasrechi • 1/11/2017 • Trabalho acadêmico • 739 Palavras (3 Páginas) • 388 Visualizações
Texto de Pesquisa
FOCUS GROUP / GRUPOS FOCAIS
Lucas Carvalho Rechi Pais – 20212473
- O que é Focus Group?
Focus group é uma técnica de pesquisa ou de avaliação qualitativa, não-diretiva, que coleta dados por meio das interações grupais ao se discutir um tópico sugerido pelo pesquisador que ocupa, como técnica, uma posição intermediária entre a observação participante e a entrevista de profundidade. Pode ser caracterizada também como um recurso para compreender o processo de constituição das percepções, atitudes e representações sociais de grupos humanos. Nesta técnica o mais importante é a interação que se estabelece entre os participantes. O facilitador ou mediador da discussão deve estabelecer e facilitar a discussão e não realizar uma entrevista em grupo – sua ênfase está nos processos psicossociais que emergem, ou seja, no jogo de interinfluências da formação de opiniões sobre um determinado tema.
- Qual sua origem?
De origem anglo-saxônica, a técnica de focus group foi introduzida no final da década de 1940. Morgan diz que o focus group teve sua origem na sociologia, já Mattar diz que sua origem iniciou-se na psicologia.
- Como se faz?
Para realização dos grupos, devem ser reservados espaços apropriados, de preferência em território neutro e de fácil acesso aos participantes. O ideal é uma sala que abrigue confortavelmente o número previsto de participantes e moderadores e que esteja protegida de ruídos e interrupções externas. Os participantes podem ser distribuídos em torno de uma mesa retangular ou oval, ou dispostos em cadeiras arrumadas em forma circular. É recomendável também disponibilizar água, café e um lanche rápido para os participantes. Quanto aos equipamentos requeridos, o uso de gravadores (mínimo dois) é considerado imprescindível. Para potencializar a qualidade do áudio na fase de transcrição, a presença de microfones revela-se especialmente útil. Câmeras, e notebooks podem ser considerados recursos adicionais, cujo uso dependerá da utilização pretendida de som e imagem pelos pesquisadores. Vale ressaltar que a utilização de qualquer um destes recursos estará condicionada à expressa permissão dos participantes dos grupos. Com relação ao número de participantes nos grupos focais, encontramos na literatura uma variação entre seis a 15. O tamanho ótimo para um grupo focal é aquele que permita a participação efetiva dos participantes e a discussão adequada dos temas. O número de participantes no grupo focal incidirá na sua duração. A complexidade do tema ou o grau de polêmica em torno das questões que se apresentam são outros fatores que podem interferir neste ponto. Contudo, uma variação entre 90 (tempo mínimo) e 110 minutos (tempo máximo) deve ser considerada para um bom emprego da técnica. Os participantes de um grupo focal devem apresentar certas características em comum que estão associadas à temática central em estudo. O grupo deve ser, portanto, homogêneo em termos de características que interfiram radicalmente na percepção do assunto em foco. Barbour e Kitzinger recomendam que os participantes sejam selecionados dentro de um grupo de indivíduos que convivam com o assunto a ser discutido e que tenham profundo conhecimento dos fatores que afetam os dados mais pertinentes. Quanto ao moderador, uma condição de partida é que ele tenha substancial conhecimento do tópico em discussão para que possa conduzir o grupo adequadamente. Além do moderador, deve haver um apoio, não obrigatoriamente, atuando oportunamente, como segundo moderador. Pode haver ainda a presença de observadores externos (que não se manifestam) para captar a reação dos participantes, é preciso, contudo, ter cautela com relação ao uso desta estratégia, pois evitar a presença de pessoas estranhas ao grupo é favorável, fato que poderia produzir nos participantes a sensação de estarem sendo observados. Algumas das atribuições do moderador: (a) introduzir a discussão e a manter acesa; (b) enfatizar para o grupo que não há respostas certas ou erradas; (c) observar os participantes, encorajando a palavra de cada um; (d) buscar as "deixas" de comunidade da própria discussão e fala dos participantes; (e) construir relações com os informantes para aprofundar, individualmente, respostas e comentários considerados relevantes pelo grupo ou pelo pesquisador; (f) observar as comunicações não-verbais e o ritmo próprio dos participantes, dentro do tempo previsto para o debate.
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