Familia Klein
Ensaios: Familia Klein. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: shirleiChaves • 2/5/2013 • 2.336 Palavras (10 Páginas) • 684 Visualizações
PRIMEIRO DESAFIO: Teorias da Administração II
1-Historia Família Klein
Nascido no dia 15 de Novembro de 1923 Lublin na Polônia o terceiro de nove irmãos, filho de carpinteiro de família judaica, Samuel Klein foi testemunha de um dos capítulos mais cruéis da historia da humanidade, o genocídio de Judeus pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Aos 19 anos foi preso pelos nazistas e mandado com o pai para o campo de concentração de Maidanek, na Polônia. Sua mãe e cinco irmãos mais novos foram para o campo de extermínio de Treblinka, e Samuel nunca mais os viu.
Sua sorte começou a mudar em 1944. Aproveitando-se de uma distração dos guardas, Samuel sumiu no mato a caminho da Alemanha, conseguiu fugir, permanecendo na Polônia até acabar a guerra. Em seguida foi para Munique, na Alemanha, em busca do pai.
Na Alemanha, Samuel fez de tudo para ganhar a vida vendendo produtos para as tropas aliadas. Em cinco anos juntou algum dinheiro e casou-se com uma jovem alemã, de nome Ana
Em 1951, Samuel decidiu aventurar-se para a América do Sul. Primeiro, foi para a Bolívia, mas ao deparar-se com o país em plena guerra civil, rapidamente mudou o rumo e chegou ao ano seguinte ao Brasil, onde, depois de uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro, viajou para São Paulo, instalando-se em São Caetano do Sul, na região do ABC paulista. A esposa e o primeiro filho do casal, Michael, então com um ano de idade, o acompanharam. Na bagagem, além da família, trazia o sonho de prosperar em um país onde, principalmente, se podia viver em paz.
1.1Criação Da Casas Bahia
Com US$ 6 mil no bolso, Samuel comprou uma casa e uma charrete. Com a ajuda de um conhecido que transitava bem pelo comércio do Bom Retiro, reduto dos imigrantes judeus e árabes na década de 50, adquiriu uma carteira de 200 clientes e mercadorias, como roupas de cama, mesa e banho. De porta em porta, começou a mascatear pelas ruas de São Caetano do Sul. Quando alguém dizia que não podia pagar, Samuel logo lhe oferecia condições de pagamento em prestações, tudo no crediário.
No ano de 1957, na Avenida Conde Francisco Matarazzo numero 567 no centro de São Caetano do Sul foi inaugurada a primeira loja como o nome de “Casa Bahia”, em homenagem aos seus principais clientes, que eram imigrantes nordestinos que haviam mudado para a Região em busca de trabalho nas indústrias automobilísticas.
No inicio comercializava roupa de cama, mesa e banho, moveis colchões de algodão entre outros itens. Foi apenas o inicio de um império que foi conquistando mais clientes e mercado, com a sua facilidade e seus prazos se transformou em um líder no setor varejista de eletrodoméstico e moveis.
Em 1960 também em São Caetano inaugurou a segunda loja que passou a chamar “Casas Bahia”. Em 1964 iniciaram as vendas em eletrodoméstico. E nos anos seguintes foram inauguradas na Região do ABC, na cidade de Santo Andre e Mauá.
1.2 - Uma Empresa Com Administração Familiar
Como uma gestão totalmente familiar, e que não abre mão disso, mesmo sendo um tipo ultrapassado, tem dado certo para a empresa, apesar dos percalços ocorridos durante a sua existência. Em 1997 a Casas Bahia enfrentou um problema de liquidez e desconfiança dos agentes de mercado (Bancos e fornecedores) Fecharam algumas lojas deficitárias e demitindo mais de 2000 funcionários.
Isso causou um clima de desconfiança no mercado que passou a questionar o endividamento e os números apresentado pela empresa, chegou até alguns bancos fechar as portas para companhia. Mesmo tendo uma estrutura fechada seu fundador se viu obrigado a abrir sua empresa para uma auditoria externa.
Esta abertura, na verdade, ocorreu por orientação do Unibanco, que alguns meses depois coordenaram uma operação de lançamento de debêntures no valor de US$ 250 milhões, que foram recomprados pela empresa num prazo de dois anos.
2- Fusão das Casas Bahia com o Pão de Açúcar
Em Dezembro de 2009 foi anunciada a fusão das Casas Bahia com o Pão de açúcar que era comandado pelo empresário Abílio Diniz. Como uma tacada de mestre, com essa união houve um faturamento de R$ 40 bilhões e 137 mil empregos e 1087 lojas. Com essa fusão a Casas Bahia entrou com 47% e o Pão de Açúcar 53%.
Com está consolidação do setor de Varejo, a nova empresa terá mais chance de ditar preço dos produtos, para outras empresas do mesmo segmento e principalmente Para as indústrias.
As estratégias de negocio das duas empresas continuaram distintas. As Casas Bahia continuarão focadas na classe C e o Pão de Açúcar com suas lojas do Ponto Frio focarão nas classes A e B. O grande desafio será unir culturas organizacionais que são tão distintas.
Mas somente no dia 17 de Abril de 2013, foi aprovado pelo conselho administrativo de defesa econômica (Cade), O colegiado acompanhou o voto do relator do caso, Marcos Paulo Veríssimo, que incluiu acordo fechado com a maior varejista do Brasil para a venda de ativos em 54 cidades do país em que foram verificados problemas de concorrência.
3- Resistência no Viavarejo
Quatro meses, após ser a anunciada a fusão da Casas Bahia com Pão de Açúcar, a família Klein, ameaçava cancelar essa união, alegando que havia sido prejudicada no acordo.
Foi necessária uma nova negociação, na qual o pão de açúcar teve de fazer uma nova capitação entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões para o acordo consolidar. No entanto no dia 15 de Outubro de 2012 o grupo Francês Cassino e os Klein enviaram uma notificação para Eneas Pestana, presidente do grupo, ameaçando o Pão de Açúcar com um processo arbitral por conta de erros e inconsistências relevantes capaz de alterar a equação que Define a relação de troca entre as ações da nova Casas Bahia as globex em relatório feito pelo KPMG.
Em um comunicado o Pão de Açúcar comentou que em relação do documento mencionado pelos assessores da família Klein, não existe menção a inconsistência ou erros nas demonstrações financeiras da globex e acrescentou que a associação que criou o via varejo é irretratável
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