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Por:   •  26/5/2014  •  1.279 Palavras (6 Páginas)  •  349 Visualizações

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Aula-tema 06: O Setor Externo da Economia Brasileira

Esta aula-tema busca um maior entendimento da história do desenvolvimento do setor externo da economia brasileira a partir do ano de 1968, quando o Brasil decide adotar como estratégia a abertura de seus mercados, ampliando suas negociações com o resto do mundo.

De acordo com o livro-texto desta disciplina e com a história do crescimento do Brasil, antes de 1968 o regime de câmbio adotado por nosso país sofria grandes desvalorizações em grandes intervalos de tempo, provocando incertezas nas trocas comerciais com o resto do mundo. Para exportadores e importadores, isso representava grande instabilidade com relação aos preços do nosso produto no exterior, inibindo as transações comerciais internacionais e representando um grande obstáculo ao desenvolvimento do País.

Entre o período de 1968 a 1973, o governo brasileiro inicia sua abertura comercial incentivando as exportações através de medidas fiscais facilitadoras, como subsídios, isenções e créditos fiscais. Ainda, adota um novo sistema de câmbio, que se baseava em minidesvalorizações em períodos mais curtos entre elas. Segundo Lanzana (2010, p. 126), houve, nesse período, um crescimento das exportações a uma taxa média de 27% ao ano.

Nos anos de 1974 e 1979, o mundo passou por duas crises do petróleo, que trouxeram consequências negativas aos países dependentes dessa matéria-prima, entre eles o Brasil, provocando um aumento de preços generalizado na economia (LANZANA, 2010).

Nos anos seguintes, até 1983, o Brasil passou por grandes problemas em sua economia, ocasionados pelo aumento da dívida externa adquirida nos anos anteriores, recorrendo ao FMI – Fundo Monetário Internacional – em busca de recursos para financiar suas transações de troca. Contudo, segundo Lanzana (2010), "a liberação dos recursos fica condicionada à adoção de uma política econômica negociada com o Fundo, que leve à superação das restrições de ordem externa". Isso quer dizer que o FMI financia recursos emprestando dinheiro ao país, mas, em contrapartida, exige a adoção de políticas que garantam a quitação dessa dívida, provocando um "desvio" de dinheiro que poderia ser usado para investimento interno, mas que passa a ser usado para o pagamento da dívida ao Fundo.

Em virtude da recessão sofrida em sua economia para pagamento do FMI, em 1984 o País retoma seu equilíbrio em suas contas externas e, consequentemente, seu crescimento, com superávit comercial, aumento das exportações, crescimento das reservas internacionais, expansão de empregos e salários.

Em 1985, com o fim da ocupação do poder pelos militares, vence a eleição pelo voto indireto Tancredo Neves, candidato da oposição que demonstrava interesse em combater a inflação, com destaque para o equilíbrio fiscal. Ainda nesse ano, com a morte do então presidente Tancredo Neves, toma posse José Sarney, oriundo do grupo político que havia servido à ditadura. O combate ao déficit público continuou sendo encarado como fator essencial de seu governo, bem como o combate à inflação.

A partir daí, vários "planos" são implantados pelos governos em busca do equilíbrio da inflação e do desenvolvimento econômico, dentre os quais: o Plano Cruzado I e II, o Plano Bresser, o Plano Verão, o Plano Collor e, por fim, o Plano Real e suas fases até o governo Lula. Serão analisadas então as características e estratégias de cada um deles.

No Plano Cruzado I, há troca de moeda com o corte de 3 zeros na moeda antiga (de CRUZEIRO para CRUZADO), e a meta passa a ser a "Inflação Zero", com o congelamento de preços, salários e aluguéis. Mas como a inflação provoca uma desvalorização da moeda, a dívida externa aumenta ainda mais.

O grande fracasso do Plano Cruzado I se dá devido à explosão do consumo com o congelamento de preços, provocando um desabastecimento dos produtos na economia e a cobrança de ágio por parte dos empresários, provocando uma "inflação disfarçada".

O Plano Cruzado II teve como objetivos conter o consumo, estimular a poupança, atenuar o déficit público, recompor capacidade de investimento do setor público e reduzir pressões inflacionárias. Para alcançar esses objetivos, foi necessário o aumento nos preços de automóveis, bebidas, cigarros, energia, açúcar, gasolina, álcool, medicamentos, entre outros.

O Plano Bresser, implantado no ano de 1987, foi um plano emergencial para conter a inflação e o déficit público. Teve como principal objetivo a desvalorização cambial. O grande problema enfrentado por este plano foi a queda na produção industrial.

O Plano Verão, também chamado de "Política do Feijão com Arroz", vigorou no ano de 1988 e tinha como principal objetivo a redução da inflação, a contenção da demanda, o aumento das taxas de juros, o congelamento com aumento do preço de vários produtos.

Em 1990, entra em vigor o Plano Collor, com o então presidente Fernando Collor de Melo. A moeda passa a ser chamada de CRUZEIRO, e todos os investimentos financeiros aplicados em caderneta de poupança ou contas correntes seriam declarados "indisponíveis", com a promessa de que o capital confiscado seria devolvido após 18 meses, parcelado em 12 vezes. Neste plano, os preços e salários

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