Gestao Estrategica

RESUMO SAFARI DE ESTRATÉGIAS

Capítulo I - Apresentação

O livro analisa o conteúdo de dez escolas de pensamento sobre formulação de estratégia. Resume o referencial ideológico e teórico de cada uma destas escolas, avaliando suas principais contribuições e criticando os aspectos “reducionistas” derivados da ênfase que cada uma destas escola atribui à sua própria perspectiva. O quadro abaixo apresenta estas escolas.

Escola Abordagem quanto à formulação de estratégia

do Design Processo de concepção

do Planejamento Processo formal

do Posicionamento Processo analítico

Empreendedora Processo visionário

Cognitiva Processo mental

de Aprendizado Processo emergente

do Poder Processo de negociação

Cultural Processo coletivo

Ambiental Processo reativo

da Configuração Processo de transformação

Estas escolas, por sua vez, podem ser agrupadas em três blocos distintos. No primeiro, encontram-se as três primeiras, cujas preocupações são de natureza prescritiva, ou seja, como as estratégias devem ser formuladas.

No segundo bloco estão as seis escolas seguintes, que abordam os aspectos específicos do processo de formulação, conferindo uma ênfase muito mais acentuada na descrição de como as estratégias são formuladas do que como deveriam ser.

A última escola nada mais é que a combinação das anteriores. A preocupação desta escola é combinar os elementos, tais como o processo de formulação de estratégia, o conteúdo destas e as estruturas organizacionais, tanto para crescimento empreendedor quanto para maturidade estável. Em quadros estáveis, a escola da configuração pode ter a função prescritiva de orientar mudanças estratégicas, com vistas a manter as organizações em transformação.

Cinco Ps para estratégia – Definições comuns para estratégia:

Plano: direção, curso de ação, caminho para ir daqui até ali - Estratégia pretendida.

Padrão: consistência em comportamento a longo prazo - Estratégia realizada.

Nem sempre as estratégias formuladas (deliberadas) são as realizadas. A tendência é que muitas estratégias sejam consequência do aprendizado da organização, porque eventualmente o planejado foge ao controle em virtude de contingências que afetam o processo decisório.

Posição: localização de determinados produtos em determinados mercados.

Perspectiva: maneira fundamental de uma organização fazer as coisas.

Truque (?): manobra específica para enganar um concorrente. Uma ameaça não consumada.

Não é simples definir estratégia, mas existem concordâncias gerais sobre sua natureza:

• Diz respeito tanto à organização quanto ao ambiente;

• Sua essência é complexa;

• Afeta o bem-estar geral da organização;

• Envolve questões tanto de conteúdo quanto de processo;

• Não é puramente deliberadas;

• Existe em diferentes níveis;

• Envolve vários processos de pensamento.

Estratégias para o melhor e para o pior

Para cada vantagem atribuída à estratégia, há uma desvantagem associada.

1. Fixa a direção. Contudo, não se deve negligenciar correções de rumo.

2. Focaliza e coordena os esforços. Mas deve haver cuidado para não obstruir novas possibilidades.

3. Define a organização, dando-lhe um significado. Pode, contudo, sugerir um estereótipo simplista.

4. Provê consistência e ordem para facilitar a ação. Mas o caráter abstrato deve ser levado em conta, trata-se apenas de uma teoria para representar a realidade, não devendo ser confundida com a realidade em si.

Eventualmente, a ausência de estratégia pode significar uma opção da organização, no sentido de não formalizar planos nem métodos, procurando com isso manter sua flexibilidade, escapando da burocratização. Isso não pode ser definido como fracasso organizacional, mas sim como opção.

Capítulo II – A Escola do Design: a Formação de Estratégia como um Processo de Concepção.

Representa a visão mais influente do processo de formação de estratégia. Busca atingir, em sua versão mais simples, a adequação entre capacidades internas e as possibilidades externas.

O modelo básico da Escola está centrado na análise das ameaças e oportunidades externas e nos pontos fracos e fortes da organização (modelo SWOT). Quanto aos aspectos externos, estariam englobadas variáveis tais como situação econômica, social, política e tecnológica do ambiente em que atua. No âmbito intraorganizacional, preocupações com o auto-conhecimento e a cultura organizacional, revelados na maneira da organização agir e reagir no seu dia-a-dia.

Segundo esta Escola, devem ser formuladas várias estratégias e dentre estas escolhida uma. Após a escolha da estratégia, parte-se para a sua efetiva implantação. A seleção da estratégia ideal se dará com base nos seguintes pontos:

Consistência: objetivos e políticas mutuamente consistentes.

Consonância: resposta adaptativa ao ambiente externo e suas mudanças críticas.

Vantagem: criação/manutenção de uma vantagem competitiva.

Viabilidade: não sobrecarregar os recursos disponíveis.

Premissas da Escola:

• A formação da estratégia é um processo deliberado, flui da razão e deve ser aprendida como uma técnica.

• A responsabilidade é do executivo principal,