Gestão De Recursos Humanos
Pesquisas Acadêmicas: Gestão De Recursos Humanos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: inaciomara • 24/3/2015 • 803 Palavras (4 Páginas) • 297 Visualizações
GESTÃO EMPRESARIAL: O DESAFIO DAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS
NO SÉCULO XXI
Autores do artigo:
Gilberto de Oliveira Moritz – Administrador. Mestre em Administração e Doutorando em
Engenharia de Produção e Sistemas. Professor do Departamento de Ciências da
Administração da UFSC.
João Nilo Linhares – Administrador. Mestre em Administração. Professor do
Departamento de Ciências da Administração da UFSC.
Introdução
Neste final do Séc. XX e princípio do Séc. XXI, as empresas brasileiras estão enfrentando
um ambiente caracterizado pela incerteza, pela inovação tecnológica, pelos novos
paradigmas de gestão e por uma impressionante velocidade de mudança nos campos da
educação, da informação e do conhecimento.
Poderíamos dizer que, o conceito tradicional de gestão, sustentado, principalmente no
modelo Clássico de Taylor e Fayol, já não tem tanta validade dentro deste ambiente de
instabilidade e incerteza que vive as organizações brasileiras, provenientes das turbulências
dos mercados (aspectos macroeconômicos) e porque não dizer também, da sua dinâmica
interna.
Para ajudar os dirigentes das empresas brasileiras a entenderem melhor este quadro de
imprevisibilidade, começaremos nossa análise pelo estudo das variáveis que formaram o
passado e presente das nossas organizações.E, com base nestas informações vamos tentar
traçar e vislumbrar os possíveis cenários futuros que poderão ser moldados à luz deste
estudo.
As questões, entre outras, que se colocam para os gestores das organizações no Brasil são:
como estarão nossas empresas no futuro? E quais serão os cenários por elas vivenciados?
Este “paper” tem por objetivo tentar responder a estas indagações, procurando analisar a
nossa gestão empresarial e os seus desdobramentos no campo da organização, da sociedade
e do indivíduo.
Cenários: passado e presente das organizações privadas brasileiras
Diante do contexto de mudanças, estruturais e conjunturais, que estão ocorrendo no mundo,
é possível dizer que o Brasil, cuja abertura para o comércio internacional é recente, está
vivendo um período de turbulências ambientais, com sérias repercussões em nossas
empresas. Organizações de todos os tipos têm se deparado com cenários substancialmente
modificados e mais dinâmicos. Não há outra opção a não ser mudar (Handy, 1995). Logo
entender esta instabilidade é fundamental para o contexto de qualquer organização que
queira sobreviver.
Desenvolver um agudo senso de percepção do ambiente, aliado à compreensão dos
mecanismos de mudança interna é fator fundamental para que se possa administrar as
organizações em busca de novas possibilidades e potencialidades sócio-econômicas. Diante
deste quadro, como as organizações brasileiras chegaram até aqui?
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A empresa brasileira, em seu passado recente, pautava sua ação administrativa na gestão
familiar, baseada numa forte estrutura burocrática centralizadora e na busca da
maximização dos lucros a qualquer preço. Este tipo de gestão se fundamentava no modelo
de sistema fechado, estilo Escola Clássica de Administração, e na idéia da absoluta
primazia da racionalidade econômica acima de quaisquer outras considerações.
Poderíamos completar estas informações, comentando que a sobrevivência de nossas
empresas dependia também do vigor interno de nossas lideranças empresariais e de seu
“feeling” sobre o mercado.
Este modelo teve êxito até o final dos anos 80, quando o paradigma mecanicista,
reducionista e centralizador, tornou-se obsoleto, em face dos administradores brasileiros
passarem a incorporar novos valores estratégicos, originários de novas tecnologias e de
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