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Guia De Apresentaçao

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Por:   •  4/3/2014  •  Tese  •  10.961 Palavras (44 Páginas)  •  249 Visualizações

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NICHOLAS SPARKS

UM MOMENTO INESQUECÍVEL

Título original: A Walk to Remember

Para os meus pais, com amor e saudades.

E para os meus irmãos,

do fundo da minha alma e do coração.

Micah Sparks

AGRADECIMENTOS

Como sempre, devo agradecer à minha mulher, Cathy. Fiquei muito feliz quando aceitou a minha proposta de casamento. Sinto-me ainda mais feliz hoje, porque passados dez anos sinto por ela o mesmo que sentia na altura. Obrigado pelos melhores anos da minha vida.

Queria agradecer a Miles e a Ryan, os meus filhos, que ocupam um lugar especial no meu coração. Amo-vos. Para eles, sou apenas o «Papá».

Obrigado também à Theresa Park, a minha agente literária da Sanford Greenburger Associates, minha amiga e confidente. As palavras nunca são suficientes para expressar o quanto fizeste por mim.

Jamie Raad, revisora dos meus textos na Warner Books, merece também a minha sincera gratidão por estes últimos quatro anos. És o máximo.

Depois há aqueles que me têm apoiado sempre ao longo dos anos: Larry Kirshbaum, Maureen Lgen, John Aherne, Dan MandeI, Howie Sanders, Richard Green, Scott Schwimer, Lynn Harris, e Denise Di Novi - sinto-me verdadeiramente privilegiado por ter podido trabalhar convosco.

PRÓLOGO

Aos dezessete anos, a minha vida mudou para sempre.

Sei que há pessoas que se interrogam quando digo isto. Olham-me de modo estranho como se a tentar perceber o que poderia ter acontecido nessa altura, embora raramente me dê ao trabalho de explicar. Porque vivi aqui a maior parte da minha vida, não acho que tenha de fazê-lo, a não ser à minha maneira, e isso levaria mais tempo do que a maioria das pessoas está disposta a conceder-me. A minha história não pode ser resumida em duas ou três frases; não pode ser apresentada sinteticamente de modo que as pessoas compreendam de imediato. Apesar de já terem passado quarenta anos, os que ainda aqui vivem e que me conheceram naquele ano aceitam sem perguntas a minha falta de explicação. De certa maneira, a minha história é também a história deles, pois foi uma coisa pela qual todos passaram.

Porém, foi comigo que tudo se passou mais de perto.

Tenho cinqüenta e sete anos, mas ainda consigo lembrar-me de tudo o que sucedeu naquele ano, até ao menor pormenor. Recordo-o várias vezes, dando-lhe vida de novo, e percebo que quando o faço sinto sempre uma estranha combinação de tristeza e alegria. Há momentos em que me apetece fazer com que os ponteiros do relógio andem para trás e livrar-me de toda essa tristeza, mas tenho a sensação de que, se o fizesse, desapareceria também a alegria. Assim, fico com as recordações à medida que elas surgem, aceitando-as todas, deixando que me guiem sempre que possível. Isto acontece com mais freqüência do que eu gostaria de reconhecer.

Estamos no dia 12 de Abril do último ano antes do novo milênio. Saio de casa e olho à minha volta. O céu apresenta-se encoberto e cinzento, mas ao descer a rua reparo que os cornisos e as azáleas estão em flor. Aperto o casaco, não totalmente. O tempo está fresco, embora saiba que será apenas uma questão de semanas antes de se tornar agradável e de os céus cinzentos darem lugar àqueles dias que fazem da Carolina do Norte um dos lugares mais belos da terra.

Suspiro e sinto que tudo regressa de novo.

Fecho os olhos e os anos começam a andar para trás, como os ponteiros de um relógio rodando em sentido contrário. Como se através dos olhos de outra pessoa estivesse a ver-me rejuvenescer; vejo o cabelo mudar de grisalho para castanho, sinto suavizarem-se as rugas em torno dos olhos, os braços e as pernas tornarem-se vigorosos. As lições que fui aprendendo com a idade vão ficando menos claras, e a minha inocência regressa à medida que aquele ano agitado se vai aproximando.

Depois, como eu, o mundo começa a mudar: as estradas estreitam-se e algumas se transformam em cascalho, os subúrbios são substituídos por quintas, as ruas do centro da cidade enchem-se de gente olhando para as montras ao passarem pela padaria Sweeney e pelo talho Palka. Os homens usam chapéus, as mulheres vestidos. No edifício do tribunal, ao cimo da rua, o relógio da torre dá as horas...

Abro os olhos e detenho-me. Estou em frente da igreja baptista e, quando olho para a fachada do edifício, sei exatamente quem sou.

Chamo-me Landon Carter e tenho dezessete anos.

Esta é a minha história; prometo não deixar nada de fora.

No início vão sorrir, e depois vão chorar - não digam que não vos avisei.

CAPÍTULO 1

Em 1958, Beaufort, na Carolina do Norte, situada na costa perto de Morehead City, era uma pequena cidade, igual a tantas outras do Sul. Era o gênero de lugar onde a humildade subia tanto no Verão que sair de casa para ir buscar o correio dava-nos logo vontade de tomar uma ducha, e as crianças andavam descalços de Abril até Outubro sob os carvalhos ornados de barbas-de-velho. As pessoas acenavam de dentro dos carros sempre que viam alguém na rua, quer conhecessem ou não, e o ar cheirava a pinheiros, sal e mar, um aroma único das Carolinas. Para muitas daquelas pessoas, pescar no Pamlico Sound ou apanhar caranguejos no rio Nele era um modo de vida, e ao longo de toda a Intercostal Waterway viam-se barcos atracados. A televisão transmitia apenas em três canais, mas a televisão nunca fora importante para os que ali cresceram. As nossas vidas centravam-se, em vez disso, à volta das igrejas, que só dentro dos limites da cidade eram dezoito. Tinham nomes como Igreja Cristã da Assembléia da Amizade, Igreja do Povo Perdoado, Igreja da Expiação de Domingo e depois, claro, havia as igrejas baptistas. Na minha juventude, a Igreja Baptista era de longe a congregação mais popular das redondezas e havia igrejas baptistas praticamente em cada esquina da cidade, cada uma delas considerando-se superior às outras. Havia igrejas baptistas de todas as variedades - Baptistas da Livre Vontade, Baptistas do Sul, Baptistas Congregacionistas, Baptistas Missionários, Baptistas Independentes... bem, já devem ter ficado com uma idéia.

Naquele tempo, o grande acontecimento do ano era promovido pela igreja

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