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Por:   •  15/1/2015  •  Relatório de pesquisa  •  544 Palavras (3 Páginas)  •  254 Visualizações

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Café da academia em casa

Após três idas à academia do café - duas com o grupo da faculdade e uma por conta própria - comecei, naturalmente, a sentir certa frustração ao tomar o café que tinha em minha casa, já não tinha tanta graça, tanto gosto. Eu não conseguia parar de lembrar-me daquele sabor do café arábico do cerrado com uma nota de chocolate. Aquilo sim tinha gosto de café, este de minha casa parecia mais uma agressão ao corpo, não sei por que o chamam de café, já que é praticamente outra planta, deviam chamar de outro nome: bebida preta amarga com açúcar. Na verdade não há muita lógica neste fenômeno do café Robusto: uma bebida super amarga a qual você precisa de tanto açúcar quanto o amargor dela, que é muito. Você precisa adoçar com - muito - açúcar para não sentir o gosto da própria bebida. Vai entender porque alguém ainda se dispõe a tomar isso, penso que talvez pelo vício à cafeína, porque a parte disso, não faz muito sentido.

Ainda estou aprendendo a melhor forma de preparo, a melhor quantidade a melhor proporção. São muitos detalhes, no início estava fazendo na cafeteira elétrica, mas senti que não estava exatamente a mesma coisa de quando eu tomei pela primeira vez. Talvez porque a cafeteira tem uma base de metal, que esquenta, e que aparentemente "cozinha" o café, podendo até queima-lo. Então comecei a fazer pelo velho e bom método - o coador.

Acertando, enfim, o método de preparo, faltava ainda acertar a quantidade de café para a quantidade de água. Eu não tenho uma balança e também não posso beber muito café durante o dia, sou muito sensível à cafeína, portanto este tem sido um processo complicado para mim. Não entrei na internet e pesquisei: proporção ideal para o preparo de café, eu já imaginei que eles me dariam uma proporção de gramas de café para certa quantidade água, ou uma quantidade de colheres para uma garrafa, algo assim. Sem balança e sem garrafa fica difícil seguir tais instruções, então eu pensei, vou ir tentando até achar o ponto que mais me agrade. No começo acabava fazendo muito café, muito forte e depois tinha que jogar fora, porque faço apenas pra mim. Depois, aos poucos, comecei a diminuir a quantidade de café e também de água. Percebi que não era necessário o exagero, agora as coisas se tornaram mais simples e práticas: fervo um pouquinho só de água e coloco uma colher de café no coador que fica direto em cima da minha caneca. Parece muito pouco pra quem está acostumado a fazer aquele outro café, super forte, com um monte de açúcar e que enche até o fim do coador de café para uma garrafa térmica.

A forma que eu faço é mais simples, uma caneca de café é o suficiente para minha manhã de trabalho. Esta caneca me acompanha durante toda manhã, é o suficiente para mim, vou bebendo com calma, porque sei que mesmo quando o café não está “pegando fogo” – como diria minha avó sobre o café que ela gosta de tomar – ele continua saboroso, até frio, sem açúcar, sem nada. Não é fraco nem forte – não é isso que importa – é bom!

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