Inovações no campo do desenvolvimento sustentável
Seminário: Inovações no campo do desenvolvimento sustentável. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tiagooliveira41 • 8/10/2014 • Seminário • 2.782 Palavras (12 Páginas) • 249 Visualizações
Olá! Seja bem-vindo(a) à sétima aula da disciplina Responsabilidade Social e Meio Ambiente. Anteriormente, vimos a importância de as empresas adotarem um Modelo de Sustentabilidade Empresarial, assim como compreendemos as competências, habilidades e atitudes que os profissionais da sustentabilidade devem possuir e buscar desenvolver, além do papel do empreendedor da sustentabilidade neste contexto.
O tema tratado nesta aula será inovações em sustentabilidade. Vamos estudar a tecnologia da inovação e como ela está relacionada ao desenvolvimento de inovações sustentáveis, por meio da criação de produtos e serviços sustentáveis, sendo a inovação igualmente importante e necessária no modelo de negócios da empresa.
Para ilustrarmos como as empresas podem trabalhar a inovação sob o ponto de vista da sustentabilidade, vamos acompanhar um modelo de cinco estágios desenvolvido por Nidumolu, Prahalad e Rangaswami (2009), que relaciona a importância da sustentabilidade na geração de novas práticas e inovações.
Inovações em Sustentabilidade
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a ciência e a tecnologia podem, sim, ser grandes aliadas na busca pela sustentabilidade. É claro que, para que o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis seja útil, a sociedade (coletiva e individualmente) deve estar receptiva a essas tecnologias e agir de acordo com essa nova lógica de mercado, ou seja, da Economia Verde, ou Nova Economia, assunto que já foi abordado na Aula-Tema 5.
Segundo o pensamento do francês Marc Giget, um dos mais reconhecidos especialistas em inovação da Europa, os recursos, instrumentos e mecanismos para esta Nova Economia já existem, e o caminho a seguir rumo à inovação sustentável deve estar ligado à cooperação entre as instituições de ensino e as empresas.
Segundo Marc Giget, a cooperação é uma estratégia central para mudar a lógica da inovação, atualmente voltada para o desenvolvimento de produtos e processos que atendam às necessidades da lógica da economia tradicional, que é fundamentada no aumento da produtividade e do consumo, já que, ao contrário, a Nova Economia (Economia Verde) fundamenta-se na redução do consumismo exacerbado e na busca constante por um consumo sustentável, além da utilização responsável e mais eficiente dos recursos naturais, humanos e financeiros. Esta cooperação consiste, efetivamente, em parcerias e diálogo entre diferentes instâncias da sociedade (governo, iniciativa privada, sociedade civil), e a educação é uma área decisiva nos processos de desenvolvimento da sustentabilidade e da inovação.
Por meio da cooperação e da educação, pode-se realizar a transição para um modelo de economia mais sustentável, com a preparação de profissionais e líderes em sustentabilidade, tanto em relação à sua atuação no mercado de trabalho como também quanto à formação desses profissionais, tema que também já foi abordado detalhadamente na aula anterior. Porém, não podemos nos esquecer de que, neste contexto de transição para um modelo de desenvolvimento mais sustentável, o desenvolvimento da economia é igualmente importante, conforme ressaltado pelo tripé do desenvolvimento sustentável, estudado na Aula-Tema 3. Quanto a isso, inevitavelmente a cooperação precisa considerar de modo estratégico a questão do financiamento de todo o processo, para que a sustentabilidade aconteça.
Na busca pela manutenção de um desenvolvimento econômico que ocorra em harmonia com a sustentabilidade, as formas como os recursos serão disponibilizados devem ser revistas, para que haja infraestrutura, capital humano, principalmente pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica que possibilitem uma mudança efetiva
E, para que essa mudança seja efetiva, ela deve conciliar interesses das empresas, das instituições de ensino, das ONGs, dos governos, enfim, de todas as organizações e indivíduos que compõem a sociedade.
Para que todo esse processo de cooperação e educação aconteça, o qual contempla concomitantemente a manutenção das estruturas vigentes e a preparação de espaços para a Nova Economia sem que ocorra uma solução de continuidade, o planejamento participativo é essencial. O planejamento é um processo por meio do qual é possível avaliar a realidade, as opções existentes, construir um referencial futuro, fazendo uma projeção dos resultados possíveis. É uma ferramenta administrativa, por meio da qual se busca a melhor forma possível de se alcançar alguns objetivos predefinidos. É um processo cíclico e prático das determinações de um plano, que garante continuidade por meio de constante realimentação de situações, resultados e soluções.
O planejamento participativo implica agir coletivamente para mudar determinada realidade, podendo ser utilizado para induzir a consciência da responsabilidade individual na obtenção dos resultados. Também pressupõe uma nova maneira de estruturar as organizações que se difira dos modelos verticalizados e hierarquizados. Nesse processo de planejamento participativo, as estruturas são mais horizontais, permitindo uma melhor distribuição das responsabilidades e a democratização na tomada de decisões, enfatizando a coordenação das ações entre os diferentes setores. Ao se proporcionar espaços estruturados e sistematizados para a educação na sustentabilidade, as posturas individuais divergentes dão lugar às posturas coletivas inovadoras.
Assim, a perspectiva do planejamento participativo é a cooperação e parceria entre todos os atores sociais envolvidos em um processo (seja em uma empresa ou em uma comunidade), com a finalidade de encontrar a melhor solução para Um exemplo prático de planejamento participativo é a elaboração da Agenda 21, estudada na Aula-Tema 3.
Outro aspecto fundamental, conforme mencionado no início deste tema, é que a ciência e a tecnologia podem ser grandes aliadas na busca pela sustentabilidade, o que ocorre por meio das inovações sustentáveis. Mas, o que são inovações sustentáveis? Para entendermos as inovações sustentáveis, antes precisamos entender o processo de geração de novas ideias e o modo como essas ideias se concretizam nos diversos setores da economia.
De forma simples e geral, as novas ideias surgem para ocupar espaços vazios ou para substituir ideias antigas. Contudo, a introdução de novas ideias (como a criação de novos serviços e processos) envolve processos de pesquisa, testes e períodos para adequação, e não ocorre de maneira automática nas corporações e na sociedade em geral. A implementação de inovações exige a consciência de que, muitas vezes, as iniciativas pioneiras têm um tempo certo para acontecerem na prática.
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