Logística do transporte de água

m dúvida, desde os tempos antigos já havia uma preocupação com a qualidade do transporte e sua produtividade, embora os Romanos e Portugueses não usassem estes termos como nós.

A produtividade das equipes que carregam e descarregam um navio sempre foi um fator de atenção. Se antigamente usavam o trabalho braçal, hoje usamos guindaste e esteiras transportadoras, mas o intuito de carregar e descarregar rapidamente os navios continua sendo uma meta perseguida.

Do mesmo modo para a qualidade, não avariar os produtos no carregamento ou descarga é uma preocupação que atravessou os séculos, pois um produto avariado perde o seu valor, ou seja, todo o esforço para levá-lo de um lugar para outro é perdido se o produto for danificado durante o tranporte.

Como aponta Silvio dos Santos (2011, p. 116), a qualidade na prestação de serviços é um assunto importante, principalmente no setor de transportes e, sobretudo, no transporte de cargas, que abrange todos os setores de atividade: primário, secundário e terciário.

Além disso, no transporte, a qualidade tem sido vista como um condicionante a ser atingido na busca de redução de custos e de vantagens competitivas.

Nem sempre a mercadoria é embarcada ou desembarca imediatamente e já prossegue com a viagem. As vezes precisa ficar no porto, aguardando a liberação pela alfândega ou a chegada do navio. São necessários controles acurados para manter a segurança e integridade das cargas.

No caso dos portos, costumamos dizer que são locais nos quais existe uma quebra na cadeia de transporte, ou seja, os produtos chegam por via terrestre, pelos modais rodoviários ou ferroviários, por exemplo, e são embarcados em navios, cujo modal é o aquaviário; no caso de descarga de produtos o sentido é inverso, mas existe a quebra na cadeia do mesmo modo.

Chamamos isso de multimodalidade, pois diferentes modais de transporte são utilizados para levar a carga do endereço inicial ao destino final.

Nesse sentido, enquanto nos transportes ferroviário e rodoviário os problemas de controle, capacidade, qualidade, gerenciamento, entre outros, se distribuem ao longo das rotas e dos terminais, no sistema aquaviário os grandes problemas se concentram nos portos. (SILVA, 2011, p. 117)

Pela sua característica multimodal, o transporte aquaviário exige ponta rodoviária e, eventualmente, também pode utilizar o modo ferroviário (caso, por exemplo, da hidrovia Tietê-Paraná em Pederneiras). Os dois transbordos exigem operações portuárias de carregamento e descarregamento das embarcações com uma perfeita integração entre os diferentes meios de transporte.

Por outro lado, a característica da multimodalidade do transporte aquaviário leva à exigência de que, para cada trama da cadeia de transporte, existam equipamentos, operação e treinamento diferenciados.

Com a globalização, o modal marítimo está sendo cada vez mais usado no comércio exterior entre os diversos países, no caso do Brasil mais de 90% de nosso comércio exterior segue pela via aquática, por isso a importância de estudarmos com detalhes este modal.

Por fim, destacamos o fato apontado por Silvio dos Santos (2011, p. 117) de que o modo aquaviário é um sistema de transporte adequado