Lorena
Resenha: Lorena. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lopreri • 27/10/2014 • Resenha • 408 Palavras (2 Páginas) • 225 Visualizações
sabia se iria voltar.
O Atlântico Sul jamais havia sido cruzado com sucesso, a remo. Baseado na sua experiência sabia que deveria confiar em todo seu conhecimento adquirido nos seus estudos e, que qualquer informação errada seria fatal para ele e para o fim da viagem.
O cotidiano de remar oito horas por dia, de fazer cálculos precisos, de tirar alegria da refeição, e de ter muito tempo para só contar consigo diante do poder maior da natureza. Dessa rotina surge um homem sem dúvidas, forte o suficiente para traduzir o que aprendeu, em belas frases “O medo de quem navega não é o mar, mas a terra” ou em sinceros e sábios lugares-comuns “No mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições favoráveis”.
Entendeu que é preciso ter paciência e dominar a força das águas e dos ventos pela razão. Se não dá para vencer a corrente pelos braços dá para vencê-la com a cabeça. Na coragem e na confiança venceu ondas de 16 metros de altura e ventos extremamente fortes por horas, também superou tempestades ininterruptas. Às vezes o susto e o medo tomava conta, por outras, o mesmo Atlântico o surpreendia com seu silencio, onde podia sentir a força das braçadas remadas, também podia ouvir o ruído das gaivotas pescando e saltando, suas brincadeiras me distraiam por horas de trabalho.
Viveu momento de intensa beleza no seu barquinho subindo e descendo as ondas sem teimar com o mar, sem desafiar aquelas montanhas de águas. Passou horas refletindo sobre a vida e estudando. Foi medindo distância, traçando objetivos e fazendo planos que uma carta náutica contornando o oceano em direção ao Brasil. Após tanto tempo no mar e sem contato com o mundo dos humanos, o que lhe dá forças é a firme certeza na vitória de dia após dia, e o faz esquecer as dificuldades e o cansaço, do cotidiano flutuante.
Ao perceber que a temperatura das águas estava subindo, um número grande de peixes voadores, eram sinais de vitória e sonho realizado, era motivo de orgulho e alegria do seu barquinho por ter ele cumprido sua missão e provado ser forte.
Quando voltou a Paraty, feliz da vida, sem saber explicar o significado de tudo isso, mas com a certeza de que estava no caminho certo. Chegou feliz por ter partido e sente que se torna uma pessoa melhor.
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