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Marca no mundo Converse

Seminário: Marca no mundo Converse. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/4/2014  •  Seminário  •  1.504 Palavras (7 Páginas)  •  393 Visualizações

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Dizem que quanto mais velho, mais gostoso fica. Surrado, customizado, com cadarço de cores diferentes. Cada um tem seu próprio jeito de usar ALL STAR, o tênis que não sai dos pés de muitas gerações. Jovens e adultos, universitários, roqueiros, profissionais liberais e celebridades, o ALL STAR é sucesso em todas as tribos. Não é de hoje que famosos exibem seus pares. Companhia para todas as ocasiões há quem afirme que não vive sem ele.

A história

A história de um dos maiores ícones da cultura americana e posteriormente mundial começou quando Marquis Mills Converse fundou a empresa Converse Rubber Company em 1908, na cidade de Malden, estado do Massachusetts. Em 1917, a empresa lançou uma linha de calçados esportivos, incluindo um tênis feito de lona, sola grossa e biqueira de borracha que revolucionou o basquete, criando assim um calçado inovador para a época, o mundialmente famoso CONVERSE ALL STAR, com o selo de estrela na parte lateral do tornozelo. Charles “Chuck” Taylor, jogador universitário que logo se tornou profissional, foi recrutado para representar e vender o modelo, viajar pelo país e “evangelizar” os demais jogadores de basquete. Em 1921, ele sugeriu novas idéias para uma versão do ALL STAR. Ele mudou o desenho da sola para criar mais tração, adicionou uma proteção no calcanhar para melhorar o apoio e proteção ao tornozelo dos jogadores. Lançado em 1923, o CONVERSE ALL STAR com sua assinatura foi um sucesso instantâneo, sendo o único tênis usado por todos os jogadores de basquete, quer seja profissional ou universitário.

O tênis foi o primeiro modelo produzido para o mercado de massa norte-americano e rapidamente toda a América sucumbiu ao estilo do modelo, que passou a ser o tênis oficial dos jogadores de basquete americanos. O sucesso foi tamanho, que em 1930, o jogador de badminton Jack Purcell deu continuidade ao trabalho iniciado por Taylor, projetando outro modelo, de grande resistência e desenho inovador para a época. O design básico, o conforto, a durabilidade e a funcionalidade foram características que determinaram a escolha do CONVERSE ALL STAR como calçado oficial das forças armadas americanas durante a Segunda Guerra Mundial. Até 1947 o ALL STAR só era encontrado na tradicional cor preta. Mas isso mudou com o lançamento do tênis na cor branca, criando assim mais uma opção básica para seus consumidores.

O sucesso continuou e nos anos 50 e 60, estrelas de cinema e do rock adotaram o ALL STAR como um item básico em seu visual. O ator James Dean, ícone da rebeldia na época, não saía jamais sem os seus durante a filmagem de “A Fúria da vida”. Bruce Springsteen, Graham Nash e Eddie Van Halen eram vistos calçando ALL STAR em seus shows. Até 1955, cerca de 100 milhões de espectadores assistiam aos jogos da NBA e o CONVERSE ALL STAR CHUCK TAYLOR se tornou o calçado número 1 na América. Na década de 60, Hollywood se encantou e utilizou cada vez mais os famosos tênis no cinema. A distância entre os mundos do esporte e da moda começava a se apagar. Outras marcas iniciaram o desenvolvimento de calçados com tecnologia mais avançada e em materiais mais adequados ao basquete. A empresa respondeu a esta demanda agregando cores e materiais como o couro, camurça e vinil; e lançando em 1966 a versão cano curto (conhecida como Oxford Sneaker) e em cores variadas para combinar com os uniformes dos times de basquete. Era o começo de uma nova história para o tradicional ícone. O ALL STAR firmou seu espaço nos anos 70, quando ganhou definitivamente os pés do rock n’roll. Apesar disso, ALL STAR sentiu a ameaça de perder seu lugar estrelado frente ao crescimento de marcas como Nike, Reebok, Puma e Adidas. Mas o tênis seguiu sua trajetória impulsionada pelo LIFESTYLE.

Foi febre nos anos 80, época da moda do conceito “vários em um”. O tênis manteve o modelo clássico, mas a sola era ligada com um zíper à parte de cima, dando a possibilidade de 3 ALL STAR em 1. Também foi lançado o modelo original em couro – chamado de All Star 2000 – e que se tornou um sucesso entre os consumidores, vendendo mais de 1.000.000 de pares. Nesta década algumas personalidades entraram para a história como adeptos dos tênis, entre eles o roqueiro Kurt Cobain, do Nirvana, e os integrantes do Ramones, que acabaram arregimentando usuários entre os fãs de suas bandas. Foi ainda nos anos 80, ultrapassadas quaisquer barreiras culturais e sociais, que os tênis ALL STAR consolidam-se definitivamente como o produto democrático, que atendia a mundos diversos, chegando, inclusive, em terras brasileiras pela primeira vez, onde ficou conhecido pelo slogan “O tênis de todas as estrelas”. Em 1992, o ALL STAR, que já havia virado um ícone no segmento de calçados, comemorou 75 anos com 500 milhões de pares vendidos no mundo inteiro. Em 2001, a empresa sofreu com altas dívidas e seus títulos chegaram a valer menos de US$ 1 na Bolsa de Valores. Tal queda lhe valeu lugar no capítulo 11 da lei americana de empresas em falência. Foi neste momento que a CONVERSE foi assumida pelo fundo americano de Footwear Acquisition por €125 milhões. A produção começou a ser realizada na Ásia, e as filiais estrangeiras foram fechadas e convertidas em distribuidores e passaram a ter contratos de licenciamento.

A empresa foi comprada pela Nike em 2003 por US$ 305 milhões, quando ainda enfrentava enormes dificuldades financeiras, basicamente pelo valor da marca ALL STAR. Para a Nike, a compra da empresa iria ajudar a ocupar um espaço que a marca ainda não conseguiu tomar: tênis de preços mais baixo. Nos anos seguintes, aos poucos a marca ALL STAR foi reconquistando ex-clientes e outras várias gerações de novos consumidores. Outro fator importante para a marca voltar a ganhar força no mercado foi a distribuição. Rede seletiva para distribuir o produto, valor agregada à marca e a comunicação, além de trabalhar com formadores de opinião. Rapidamente o produto voltou a se tornar um básico, um ícone da juventude descolada e moderna. Hoje, com um nome que pesa mais de US$ 2 bilhões

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