Marcas econômicas
Tese: Marcas econômicas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jhoanny • 17/5/2014 • Tese • 1.648 Palavras (7 Páginas) • 248 Visualizações
A posição de marca líder de mercado proporciona grandes vantagens competitivas às
empresas que gerenciam produtos com estas características, entre elas trabalhar com custos de
marketing reduzidos devido à conscientização e a fidelização do consumidor, maior poder de
negociação com distribuidores e varejistas, possibilidade de cobrar um preço superior aos
concorrentes, aproveitar o valor da marca nas associações com outros produtos e linhas de
negócios além de ser uma forma de defesa contra a concorrência por preço (KOTLER, 2000:
p.427-428). Alguns autores chegam a dizer que uma bem reconhecida e aceita imagem de
marca é um dos ativos mais valiosos que uma empresa possui (PORTER e CLAYCOMB,
1997).
Alcançar esta situação de mercado exige um esforço de marketing constante de muitos anos.
Uma marca líder de mercado é aquela que consegue a maior diferenciação em relação aos
demais produtos da mesma categoria, ou seja, apresenta o menor nível percentual de
sensibilidade cruzada a preço (SAYMAN, HOCH e RAJU, 2002).
Tradicionalmente, marcas líderes nacionais têm seguido uma estratégia de diferenciação,
enquanto as marcas próprias têm se posicionado como mais valor pelo dinheiro ou baixo
custo (HOCH, 1996). Para manter a força de uma marca é necessário criar produtos que
desenvolvam e sustentem inovações constantemente. Caso contrário, os consumidores não
terão uma base de escolha e comparação em relação aos demais (AAKER, 2003).
Fato é que as marcas líderes têm encontrado um crescimento acirrado da concorrência, seja
pela presença de uma segunda marca forte, algumas vezes até mesmo duas marcas, investindo
e ameaçando constantemente a posição de liderança; seja pela participação de marcas de
nichos, atuando em estratégias regionais e baseadas em preços, competindo por uma fatia
menor do mercado e pelo crescimento das marcas próprias varejistas, como será visto nas
seções seguintes.
2.2 Marcas Econômicas
Os autores deste trabalho optaram por definir as marcas econômicas como marcas que se
baseiam em uma estratégia de preço baixo e concorrem, desafiando ou seguindo, a empresa
líder. Segundo os autores, entre as marcas econômicas encontram-se as marcas próprias,
marcas genéricas, marcas de segunda linha e as marcas informais.
A discussão a respeito do crescimento da participação das marcas econômicas no mundo
mostra uma alta relação entre este crescimento e a diminuição do poder aquisitivo da
sociedade (HOCH, 1996: 93). No Brasil, a estabilização econômica e o aumento do poder
aquisitivo das classes menos favorecidas, foi fator preponderante no aumento do consumo em
novas categorias de produtos. Neste mercado o crescimento das marcas econômicas foi mais
expressivo que das marcas líderes, muito voltadas para as classes de maior poder aquisitivo.
2.2.1 Marcas Próprias
Marcas próprias são marcas do setor varejista, que usam em geral o próprio nome ou um outro
nome específico para linhas de produto. As marcas próprias apresentam-se sob diversas
formas, mas sempre representam um produto exclusivo do canal e em geral com preços mais
baixos (HOCH, 1996: 89). Os varejistas que comercializam marcas próprias oferecem o seu
nome como garantia de qualidade – pois em geral a produção é terceirizada. Desta forma, o 4
comprometimento da organização detentora da marca própria é com a distribuição, e não com
a produção (SCHUTTE, 1969: 9).
Uma característica importante da marca própria é que ela é a única que aparece em toda a
loja, ou seja, não há nenhuma outra marca que esteja presente em tantas categorias de
produtos. Além disso, o varejista detém todo o investimento de marketing e estoque das
marcas próprias, tendo total controle de sua qualidade, propaganda, embalagem, imagem e
custos totais, tendo, portanto, maior influência em relação ao desempenho dos produtos que
são de sua marca. Sendo assim, o varejista possui total controle em relação à marca própria,
entretanto ele possui também um maior nível de risco. Outro ponto relevante é que os
produtos de marca própria têm distribuição garantida e um bom local na prateleira, sem que
para isso tenha-se que desembolsar dinheiro. Quando o varejista oferece desconto para marca
própria, todo o desconto é repassado ao consumidor, o que não acontece com os outros
fabricantes, pois parte do desconto oferecido é absorvido pelo próprio varejista (HOCH, 1996:
90-91).
Tradicionalmente, as marcas próprias ofereceram produtos com preços inferiores, mas com
qualidade também inferior. Entretanto, com uma maior
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