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Por: KÊNIA • 7/6/2019 • Seminário • 569 Palavras (3 Páginas) • 142 Visualizações
A vontade de ajudar está animando cada vez mais os brasileiros. Estimativas dos principais centros de voluntariado do país revelam que cerca de 300 mil pessoas estão atuando em organizações não-governamentais (ONG´s), outros milhares trabalham por conta própria e mais de 24 milhões de pessoas, segundo o Movimento Viva Rio, gostariam de doar seu trabalho, mas não sabem como.
E, ao contrário do que se possa imaginar, não há apenas pessoas aposentadas realizando o trabalho voluntário, apesar de naturalmente terem mais tempo para ajudar. Segundo uma pesquisa realizada ano passado pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser) e pelo Ibope, 31% dos voluntários têm entre 18 e 34 anos. A pesquisa também apurou que 53% prestam serviço de limpeza e infraestrutura e 57% atuam em instituições religiosas.
Os voluntários atuam individualmente ou em grupo. Os locais são as escolas, em projetos como “Amigos da Escola”; em instituições que atendem ou abrigam menores de rua, famílias carentes e idosos; em hospitais públicos e particulares; em projetos como “Doutores do Riso”, que alegram crianças doentes em hospitais; em abrigos como a Casa Ronald McDonald, que abriga crianças com câncer e suas famílias; em instituições religiosas e em muitas outras instâncias sociais.
A psicóloga Ana Olmos aponta que, além da realização pessoal, se dispor ao outro sem esperar nada em troca traz outro benefício: ele faz bem à saúde. “O trabalho voluntário é uma excelente forma de tratamento para a depressão. Nos dias de hoje, essa doença atinge cerca de 8% da população mundial. E é altamente terapêutico que o paciente cuide de alguém ou de algo. Geralmente, os voluntários ajudam quem eles consideram excluídos, sem forças, desqualificados e sem esperanças. Eles querem ajudar a transformar o outro para então transformar a si mesmos.”
A médica Paula Bacelos, conhecida como Dr. Chiclete, é voluntária da ONG Presente de Alegria que utiliza técnicas do Dr. Patch Hunter Adams. Ela diz que esse método é uma forma de trazer bem-estar para aqueles que se encontram na diversidade. “Por meio da Risoterapia, levamos alegria para quem se encontra na adversidade com o propósito de trazer bem-estar, alegria e muito amor, para crianças, idosos e enfermos.”
Ela diz também que ganha muito mais do que doa: “Eu posso dizer com todas as letras que o voluntariado é uma via de mão dupla, pois quando você entra nesse “caminho” você se surpreende com a quantidade de coisas boas que recebe na vida. Ainda que você entre pensando em doar, acabamos por receber mais que doamos. O amor é assim, ele se multiplica”, concluiu.
Encontrar pessoas dispostas à ajudar sem receber é notada no mundo todo. A organização das Nações Unidas (ONU) definiu este ano como o Ano Internacional do Voluntariado. Segundo profissionais de Recursos Humanos, o trabalho voluntário também valoriza o currículo.
O presidente do comitê Viva Rio, Rubem César, confirma esse aumento do voluntariado e ressalta que ser solidário é contribuir para com a sociedade. “Anualmente, cresce o número de pessoas que recebem, como único pagamento pelo trabalho que realizam, a satisfação pessoal. Uma sociedade mais solidária é certamente uma sociedade melhor.”
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