Mercado De Trabalho

O profissional da informação

Fugindo dos estereótipos, o perfil do “cientista da computação” vem mudando com o passar dos anos. Foi-se o tempo do “nerd” que ficava apenas na frente do monitor e a necessidade de se comunicar bem é uma das exigências da profissão.

“Antes de tudo, você tem que se divertir e gostar do que faz.” É assim que Breno Assunção, cientista da computação, como ele mesmo se define, resume a forma como o estudante deve encarar o mercado de trabalho de ciências da computação.

Formado em 2008 pela Universidade Católica de Brasília, Breno tem 22 anos e trabalha na assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Ele presta consultoria especializada na tecnologia Open Acs , onde apenas vinte profissionais em todo o Brasil possuem domínio da ferramenta. O estudante fez um treinamento na própria universidade que o tornou apto a concorrer à vaga de consultor no órgão público. E ele quer mais. Planeja uma especialização para concorrer à cargos mais altos e uma maior visibilidade no mercado, o que provavelmente conseguirá quando for pós-graduado.

O aluno de ciências da computação é um pesquisador e tem que estar atento a toda e qualquer inovação que surge no meio tecnológico. Durante o curso, devido a escassez de profissionais qualificados, grande parte dos alunos que estão no 5º semestre já estão posicionados no mercado de trabalho. “O contato das empresas com os estudantes é maciço nesse período do curso e quem é bom, tem vaga garantida”, como afirma o Diretor do curso, Eduardo Moresi.

Muitas vezes confundido com Sistemas de Informação, o curso de ciências da computação tem em sua base a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias de informação enquanto o outro é voltado para a análise e projeto de novos sistemas informacionais. Breno diz que o mercado muitas vezes confunde o estudante, pois as oportunidades são diversas. “As empresas buscam profissionais bons em determinadas ferramentas específicas. Quem é bom em tudo, mas não é bom em nada, não é valorizado pelo mercado”, diz.

Saber comunicar-se bem também é um pré-requisito fundamental para quem busca ingressar na carreira. Segundo Breno, o bom profissional deve manter contato com todos ao seu redor e estabelecer um vínculo de confiança. Mas o principal foco que o estudante deve manter é de que a máquina é apenas um meio. “O computador não é tudo, e sim um grande auxílio na nossa meta que é proporcionar a resolução de problemas do usuário”, completa.

A UCB desenvolve projetos na área e possui uma espécie de agência júnior do curso, a “Fábrica de soluções em software”. Breno passou por ela e conta que adquiriu uma ótima experiência, muito útil em diversos momentos do cotidiano do seu trabalho. “A Católica oferece uma ótima base para o aluno e muitos que estão formados, estão bem conceituados no mercado”, finaliza.