Mercado de calçados NO BRASIL
Seminário: Mercado de calçados NO BRASIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: renapar • 19/11/2013 • Seminário • 413 Palavras (2 Páginas) • 314 Visualizações
O MERCADO DE CALÇADOS NO BRASIL
A indústria calçadista brasileira iniciou suas atividades nas ultimas décadas do século XIX, em sua formação foi decisiva a contribuição dos imigrantes alemães e italianos estabelecidos no sul e no sudeste do país.
A chegada dos imigrantes alemães, instalados no vale do Rio dos Sinos, em 1824, é considerada o capitulo inicial da história. Hábeis no artesanato de couro, os imigrantes começaram a produzir em escala industrial seus calçados em meio a outros produtos, em especial arreios de montaria para o exército.
Outro capítulo importante se desdobra em São Paulo, por volta de 1850, com a chegada de imigrantes italianos ao oeste paulista, que aproveitaram a expansão do café e fixaram moradia em Franca, logo desenvolvendo sua habilidade na produção calçadista.
A partir da década de 1870, com a criação da máquina de costura, surgiram as primeira fábricas, inicialmente em pequena escala, a produção de calçados era constituída quase que exclusivamente por artesões que utilizavam o couro processado nos curtumes.
A maior concentração de curtumes ocorreu na região do Vale dos Sinos (RS). Outra região de destaque da indústria foi a cidade de Franca (SP). Em ambos os locais, muitos curtumes aproveitavam a grande oferta de matéria prima, o couro cru.
Os avanços tecnológicos importados da Europa no final do século XIX transformaram a produção de calçados, que sofreria uma transição, passando de um empreendimento basicamente artesanal para uma atividade fabril.
Entre as décadas de 1920 e 1960 o setor experimentou uma fase de relativa estagnação, embora o início do processo de exportação ocorra justamente nessa época. Depois de 1960 o setor voltou a crescer impulsionado pelo comércio com os EUA. A região do Vale dos Sinos (RS) se concentrou na produção de calçados femininos, enquanto a região de Franca (SP) fornecia calçados masculinos.
A produção nacional, naquela década, foi de 80 milhões de pares anuais, e novos mercados surgiram no exterior. As empresas faziam os contratos internacionais e trabalhavam diretamente com os “line builder” (os responsáveis pela criação dos modelos), atualmente, o Brasil é o terceiro maior fabricante de calçados do mundo, sendo superado apenas pela China e pela India.
Hoje, o país conta com cerca de 8 mil empresas ligadas ao setor calçadista, distribuídas por todo o país, responsável pelo emprego de cerca de 340 mil trabalhadores, mas os centros tradicionais continuam tendo certa preponderância. O calçado brasileiro é exportado para mais de 150 países, gerando USD 1,5 bilhão, com o embarque de 113 milhões de pares.
Bibliografia:
Guimarães, Vitória
Histórico disponível em: HTTP://abicalcados.com.br acesso em: 22/08/2013
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