Modelos De Produção
Artigos Científicos: Modelos De Produção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Blindado888 • 5/4/2014 • 1.213 Palavras (5 Páginas) • 257 Visualizações
Margem Continental
A margem continental representa a zona de transição entre o continente e o fundo abissal. Como observado anteriormente, a margem continental sudeste é uma margem passiva, tectonicamente estável, atingindo cerca de 230 km de largura em frente à Bacia de Santos, possui acúmulo de espessas camadas sedimentares e muito embora faça parte do continente, a margem continental situa-se abaixo do nível do mar (Palma, 1984). A Margem Continental Sudeste Brasileira se caracteriza por províncias fisiográficas distintas: plataforma continental, talude continental e sopé continental (Figura 1). Além de províncias marcantes como o Platô de São Paulo, os montes submarinos Jean Charcot, a Dorsal de São Paulo, o Canal Columbia-Vitória e a Cadeia Vitória-Trindade constituída de montes submarinos com topos rasos e em suas extremidades as ilhas de Trindade e de Martim Vaz (Zembruscki, 1972, apud. Palma, 1984).
A plataforma continental representa a extensão do continente submerso, formada por uma deposição contínua de sedimentos provindos do continente. De acordo com Palma (1984), a deposição e subsidência estão associadas a uma espessa sequência sedimentar progradante, em virtude do grande aporte de material trazido para a região. A plataforma continental é larga com a média de 130 km atingindo seu máximo na altura de Santos com cerca de 200 km (Alves, 2002; Figuras 2 e 3). A mesma possui um baixo gradiente em torno de 1:1000, e o seu limite com o talude continental é definido pela quebra de plataforma profunda, com isóbatas em torno de 100 a 160 metros (Alves, 2002).
O talude continental na região é progradante, está situado a partir da zona de quebra da plataforma continental interrompido pelo Platô de São Paulo a profundidades em torno de 2000 metros (Alves, 2002; Figura 2). Constitui uma encosta, com pequena inclinação, oscilando entre 1° e 2°, que revelam conformação sob predominância dos processos deposicionais (Alves, 2002). Nesta porção da região de estudo são identificados ravinas, paleocanais e cicatrizes de deslizamentos, provavelmente associados a fases de sedimentação progradante (Gorini & Carvalho, 1984). Normalmente é no talude continental que se delimita a transição entre a crosta continental e a crosta
oceânica (Batista Neto & Silva, 2004).
De acordo com Alves (2002) o sopé continental, é a província mais extensa em área, constituído pela superfície de uma cunha de sedimentos que se inclina desde a base do talude até as regiões abissais (Figuras 1 e 2). Esta cunha, formada predominantemente de material terrígeno da plataforma continental, transportado por fluxos gravitacionais de massa (deslizamentos, desmoronamentos e correntes de turbidez) que se iniciam de preferência no talude continental. Ainda segundo o citado autor, a morfologia do sopé continental é ainda influenciada pela erosão e deposição das correntes de contorno ou geostróficas, no caso a Corrente de Fundo da Antártica (AABW - Antarctic Bottom Water). As profundidades do sopé continental variam de 3000 metros (ao norte) e 3500 m (ao sul) junto à base do Platô de São Paulo, até aproximadamente 4800 a 5000 m, no limite com uma província de colinas abissais da bacia oceânica adjacente (Alves, 2002; Figura 1).
O sopé continental é constituído no setor Sudeste pela larga porção sul do Platô de São Paulo, pelos montes submarinos Jean Charcot e pela porção oeste da Elevação do Rio Grande (Alves, 2002). A partir daí, o sopé alarga-se gradativamente para o norte (Figura 2), atingindo cerca de 1000 km próximo ao flanco sul da Cadeia Vitória-Trindade (Palma, 1979). No sopé continental ocorre a presença de montes submarinos isolados como o de Almirante Saldanha, Rio de Janeiro, além de cadeias vulcânicas submarinas como a Dorsal São Paulo, outro importante alto do embasamento e alonga-se no sentido leste-oeste (Palma, 1984; Figuras 1 e 2). A província do sopé continental é recortada por canais de grande porte, entre os quais o Canal Colúmbia e o Canal Carioca (Brehme, 1984), estes canais se iniciam no Platô de São Paulo e se estendem por cerca de 600 km na direção Leste-Sudeste, formando a Planície Abissal Brasileira, como mostrado na região (Figura 1).
O platô de São Paulo localizado entre as latitudes de 21º S e 28ºS sobre as bacias de Santos,
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