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Negócios sociais em Portugal

Tese: Negócios sociais em Portugal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/11/2014  •  Tese  •  965 Palavras (4 Páginas)  •  297 Visualizações

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Negócios Sociais em Portugal[editar | editar código-fonte]

Em Portugal os negócios sociais tiveram um grande crescimento de notoriedade desde 2011 com a criação e incubação do Projeto Marias na instituição Pressley Ridge e com o apoio do Social Lab da Fundação EDP . Desde então foram experimentadas diversas ideias e diferentes formas estruturais de negócio de forma a tornar os negócios sociais auto-suficientes em termos financeiros. O desafio não tem sido simples e o projeto que se tem destacado tem sido o SPEAK, co-criado pela Associação Fazer Avançar e Social Lab da Fundação EDP, um projeto de integração de imigrantes através da quebra da barreira linguística e da criação de pontos de encontro sociais. Este projeto, iniciado em 2012, é desde Julho de 2014 um projeto auto-sustentável por ter atingido o breakeven.

Desambiguação: Negócio social, Empreendimento social e Modelo de negócio social[editar | editar código-fonte]

Um conceito mais comumente usado e melhor compreendido é o relacionado ao modelo de Empreendimento social. Este termo descreve amplamente qualquer 'atividade comercial realizada por organizações com mentalidade social'.1 Instituições de caridade podem iniciar empreendimentos sociais de modo a gerar fundos, em particular lojas de produtos relacionados; um modelo de empreendimento social pode também ser usado para prover suporte à contratação para as organizações que possuírem barreiras relacionadas ao trabalho. Negócio social é, portanto, um subconjunto de empreendimento social, com a especificidade que, enquanto um empreendimento social pode ser sustentado por filantropia ou pelo governo, um verdadeiro negócio social deve ser auto-suficiente.

Outra variante é o modelo de negócio social, um termo aplicado a negócios que adotaram ferramentas e práticas de redes sociais para funções internas e externas através de suas organizações.2

Protótipo[editar | editar código-fonte]

No livro de Yunus Creating a World without Poverty—Social Business and the Future of Capitalism, dois diferentes tipos de negócios sociais são propostos:

Um negócio social do Tipo 1 é focado em prover um produto e/ou serviço com um objetivo social, ético ou ambiental específico. Um exemplo proeminente é o Grameen Danone.

Um negócio social do Tipo 2 é um negócio orientado a lucro que é de propriedade dos pobres ou outras partes desprivilegiadas da sociedade, que podem ganhar através do recebimento de dividendos diretos ou por benefícios indiretos. Grameen Bank, sendo de propriedade dos pobres, é o exemplo maior deste tipo, embora também seja classificado como um negócio social do Tipo 1.

Grameen Danone, que é um protótipo de negócio social de Yunus, foi lançado em 2005. Sua missão social é atingir a desnutrição em Bangladesh, ao prover produtos, como iogurtes, contendo vários dos nutrientes que faltam na dieta de crianças pobres, e prover esses produtos a um preço acessível a todos. O Grameen Danone recebeu investimentos iniciais e apoio técnico da empresa de laticínios Danone, e a credibilidade da famosa empresa de microcrédito de Yunus, o Grameen Bank.

Ideia[editar | editar código-fonte]

O Professor Muhammad Yunus, um conhecido defensor do modelo de negócio social, argumenta que o capitalismo é definido de forma muito limitada. O conceito do indivíduo como focado apenas em maximizar lucros ignora outros aspectos da vida. As falhas desses sistema em atingir necessidades vitais, que são comumente referidas como falhas de mercado, são na verdade falhas conceituais, i.e. falhas em capturar a essência de um ser humano na teoria econômica ao limitar a humanidade ao homo economicus.

Yunus postula um novo mundo de negócios, em que a empreendimentos baseados na maximização de lucros e baseados na maximização de benefício social coexistem. Em adição a isto, um negócio social operaria de forma similar a um negócio maximizador de lucro ao também crescer financeiramente e ganhar lucros. A única diferença é que os stakeholders e investidores da empresa apenas reacumulariam seus investimentos

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