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ÍNDICES DE LIQUIDEZ E RENTABILIDADE EM COOPERATIVAS MÉDICAS: O CASO DA UNIMED CAMPO MOURÃO
Luana Toledo Lucachevicz
Luiz Matheus Masquetti
Tiago Martins Silva (or)
RESUMO
O artigo tem por objetivo demonstrar os índices de liquidez e rentabilidade da Cooperativa de saúde, no caso a Unimed da cidade de Campo Mourão/ PR, bem como salientar a importância de seus resultados para a tomada de decisão. Com isso, a metodologia será de natureza descritiva a partir da análise das fontes documentais, caracterizada como um estudo de caso. Outra característica adotada neste estudo é o perfil exploratório com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a constituir hipóteses.
Palavras-chave: Liquidez, Rentabilidade, Demonstrações, Unimed e Cooperativismo.
ABSTRACT
The article has the objective of demonstrating the liquidity index and profitability of the Health Cooperative, Unimed in Campo Mourão/PR, as well as emphasizing the importance of their results for decision making. With this, the methodology will be descriptive after the analysis of documental sources, characterized as a case study. Another characteristic embraced in this study is the exploratory profile in order to provide a greater familiarity with the problem, with the purpose of making it more explicit or constructing hypothesis.
Key-words: Liquidity, Profitability, Demonstrations, Unimed and Cooperatives.
1 INTRODUÇÃO
As principais demonstrações contábeis abordados a seguir são o Balanço patrimonial, que é uma exposição da situação financeira da Cooperativa e demonstração de sobras ou perdas onde evidencia a sobra de um período deduzida por seus ingressos ou dispêndios.
Através desses demonstrativos é possível extrair diversas informações de cunho econômico, financeiro e patrimonial, de suma importância no processo decisório de qualquer organização empresarial.
Ainda ao decorrer do trabalho foram analisados os índices de liquidez e rentabilidade da Cooperativa de saúde Unimed, que equivalem a um conjunto de informações apuradas e divulgadas revelando os vários resultados de seu desempenho em um exercício social.
Nos procedimentos metodológicos adotou-se uma característica descritiva a partir da análise das fontes documentais e bibliográfica, caracterizada ainda como um estudo de caso.
Na revisão da literatura apresentou-se uma síntese sobre as principais demonstrações financeiras no Brasil utilizadas nas analises de liquidez e rentabilidade. Descreveu-se ainda os principais conceitos e princípios do cooperativismo. E para dar luz ao trabalho apresentou-se o contexto das cooperativas do ramo de saúde no Brasil bem como uma caracterização da UNIMED Campo Mourão.
2 REVISÃO DA LITERATURA
De acordo com silva (2007), as principais demonstrações contábeis são o Balanço Patrimonial onde remete a situação patrimonial, econômica financeira de uma entidade em dado momento e a Demonstração de Sobras onde evidencia a sobra de um período deduzida por seus ingressos e dispêndios.
Segundo Gitman (2011), a demonstração de resultado fornece um resumo financeiro dos resultados operacionais da empresa durante um determinado período. As mais comuns abrangem um período de um ano encerrado numa data especifica, normalmente 31 de dezembro de cada ano.
Nessa demonstração é comprovada a formação do lucro ou prejuízo do exercício social, mediante a confrontação das receitas realizadas e das despesas incorridas. (BRAGA, 2011).
O balanço patrimonial é uma exposição abreviada da posição financeira da empresa em certa data. Essa demonstração equilibra os ativos da empresa (bens), contra seu financiamento, que pode ser capital de terceiros (dívidas), ou capital próprio (fornecidos pelos proprietários, no caso das cooperativas, as quotas parte).
É a demonstração que encerra a sequência dos procedimentos contábeis, apresentando de forma ordenada três elementos componentes do patrimônio: Ativo (bens e direitos), Passivo (obrigações), Patrimônio Líquido (diferença entre o ativo e passivo). (IUDÍCIBUS, 1998, p. 133).
De acordo com Ribeiro (2002, p. 40-41), a importância do Balanço Patrimonial está justamente na visão que ele dispunha das aplicações de recursos pela empresa, ou seja, os Ativos e quanto esses recursos são divididos a terceiros, nesse caso os Passivos. Isso evidencia o grau de endividamento, a liquidez da empresa, a proporção do capital próprio (Patrimônio Líquido) dentre outras análises.
2.1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Segundo Assaf Neto (2010), as demonstrações financeiras equivalem a um conjunto de informações apuradas e divulgadas pelas empresas, revelando os vários resultados de seu desempenho em um exercício social.
Através das demonstrações financeiras é possível apurar ou avaliar a situação patrimonial econômica ou financeira da empresa em estudo.
De acordo com Sanvicente (2011), a demonstração é uma representação sintética dos elementos constituintes do patrimônio da empresa. O patrimônio subdivide-se em bens e direitos pertencentes à empresa, de um lado, e obrigações para com os credores e proprietários de outros.
Segundo Carmine Matarazzo (2010), a demonstração financeira exige conhecimento do que representa conta que nelas figura. Há uma infinidade de contas decorrentes de inúmeras operações realizadas por empresa das mais diferentes atividades.
A aplicação dos processos de Análise das Demonstração Financeiras, tem por objetivo a avaliação dos demonstrativos contábeis em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. (SILVA, 2007).
Segundo Silva (2007), no Balanço sua representação segue uma série de princípios e padronizações. O ativo é indicado no lado esquerdo correspondente aos bens e direitos da empresa, o passivo no lado direito corresponde as obrigações, e o Patrimônio Líquido localiza-se ao lado direito segue abaixo do passivo.
2.2 ÍNDICES DE ECONOMIA FINANCEIRA
Para Silva (2007), a análise através dos índices financeiros é certamente a mais conhecida, chegando até mesmo a ser confundida com chamada análise de balanço. O índice permite a comparação ano a ano e observar seu comportamento.
De acordo com Matarazzo (2010), índice é a relação de contas das demonstrações financeiras que determina a situação econômica ou financeira de uma empresa.
Segundo Assaf Neto (2010), a análise de demonstrações financeiras baseia- se na apuração de índices econômicos – financeiros. Os indicadores básicos de análise estão classificados em quatro grupos: liquidez e atividade, endividamento e estrutura, rentabilidade e análise de ações.
2.2.1 Indicadores de Liquidez
Para Matarazzo (2010), indicadores de liquides procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa, tendo um bom índice de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas.
E de acordo com Assaf Neto (2010), visa medir a capacidade de pagamento de uma empresa, sua habilidade em cumprir corretamente as obrigações passivas assumidas.
Segundo Silva (2007), constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade de saldar seus compromissos.
2.2.1.1 Liquidez Corrente
Para Sanvicente (2011), o índice se relaciona os ativos e passivos do mesmo prazo de vencimento, sendo uma das medidas mais usadas para avaliar a capacidade de uma empresa para saldar os seus compromissos em dia.
De acordo com Silva (2007), através desse índice é possível saber a condição de pagamento de empresa a curto prazo, se em determinado período a empresa pagaria suas contas com o dinheiro disponível.
Segundo Assaf Neto (2010), a relação existente entre o ativo circulante e o passivo circulante, de cada $ 1,00 aplicado em haveres e direito circulantes.
Fórmula:
2.2.1.2 Liquidez Imediata
Para Assaf Neto (2012), revela a porcentagem das dívidas a curto prazo em condições de serem liquidadas imediatamente, sendo normalmente baixa pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade.
De acordo com Sanvicente (2011), é uma medida mais satisfatória da liquidez de uma empresa, comparado com as obrigações de vencimento a curto prazo.
Segundo Silva (2007), este índice esta diretamente ligado às transações de maior liquidez da empresa, ou seja, caixa, banco, duplicatas a receber, relação de dinheiro com valores que vencerão em datas as mais variadas possíveis, embora seja a curto prazo.
Formula:
2.2.1.3 Liquidez Geral
De acordo com Assaf Neto (2012), esse indicador revela a liquidez, tanto a curto prazo como a longo prazo. De cada $ 1 que a empresa mantém de dívida, o quanto existe de direitos e haveres no ativo circulante e no realizável a longo prazo.
Segundo Silva (2007), é auferida pela divisão da soma do ativo circulante com o realizável a longo prazo e as duplicatas descontadas pela soma do Exigível total com as duplicatas descontadas. É também utilizada como medida de segurança financeira da empresa a longo prazo, revelando sua capacidade de saldar todos os seus compromissos.
A importância desse índice para análise da folga financeira pode ser prejudicada se os prazos dos ativos e passivos, considerados em seu calculo, forem muito diferentes. (ASSAF NETO, 2010).
Formula:
2.2.2 Indicador de Rentabilidade
Segundo Sanvicente (2011), na rentabilidade, os índices são medidas variadas do lucro da empresa em relação a diversos itens, já que o próprio lucro tem significado diferentes.
De acordo com Matarazzo (2010), a rentabilidade dos capitais investidos, quanto renderam os investimentos e qual o grau de êxito econômico da empresa.
Para Silva (2007), servem para aferir a capacidade econômica da empresa evidenciam o grau de êxito econômico obtido pela capital investimento na empresa.
Segundo Assaf Neto (2010), o resultado das empresas é ativo total, patrimônio líquido e as receitas de venda, o lucro líquido e o lucro operacional são resultados calculados após o Imposto de Renda, os valores financeiros têm que estar no mesma moeda e poder de compra.
2.2.2.1 Giro do Ativo
Segundo Silva (2007), quanto maior o giro do ativo pelas vendas, maior as chances de cobrir as despesas tendo uma boa margem de lucro. O indicador do giro do ativo é verificar o volume das vendas realizadas no período.
De acordo com Matarazzo (2010), indica quanto a empresa vendeu para cada $ 1,00 de investimento total, quanto maior, melhor.
O mesmo autor relata, o volume de venda tem relação direta com o montante de investimento, medindo o volume de vendas da empresa em relação ao capital total de investimento.
O índice mostra o número de vezes que os ativos operacionais líquidos são utilizados em um determinado período para gerar o numero de operações deste período. Quanto maior o giro menor será o investimento em ativos para alcançar o volume, sendo mais eficiente será considerada a administração desses recursos pela empresa, (MATARAZZO, 2010).
2.2.2.2 Margem Bruta
Segundo Silva (2007), este coeficiente mostra quanto à organização obteve lucro bruto, para cada 1 (um) real investido. Podendo ser verificado na Análise vertical da DRE.
2.2.2.3 Margem Líquida
De acordo com Matarazzo (2010), indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $ 100 vendidos, quanto maior, melhor.
Para Silva (2007), quanto à empresa obteve de sobras para cada real vendido. Revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento.
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