O Estácio de Sá Estudo de Caso Endomarketing
Por: julianaortegas • 16/10/2019 • Artigo • 2.941 Palavras (12 Páginas) • 338 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE MARKETING
Fichamento de Estudo de Caso
Trabalho da disciplina: Gestão de Serviços e Endomarketing
Tutor: Prof. VILMAR ARGOLO CARNEIRO DA CUNHA
JABOTICABAL – SP
2019
Estudo de Caso: Starbucks: melhorando o serviço ao cliente
GESTÃO DE SERVIÇOS E ENDOMARKETING
CASO STARBUCKS
REFERÊNCIA: MOON, Youngue; QUELCH, John. Starbucks: melhorando o serviço ao cliente: Harvard Business School, – 510-P05, Rev: 10 de Julho de 2006.
Os autores mostram, com o caso, como uma empresa global como a Starbucks, com uma filosofia de negócio bem consolidada e líder de mercado e empenhada em qualidade, acabou perdendo o foco no seu principal stakeholder: o cliente. Os autores iniciam o caso com a introdução da Starbucks, rede global de cafés especiais, ao leitor, mostrando o histórico da empresa assim como, sua inspiração e visão de negócio. Em seguida apresenta ao leitor as propostas de valor da empresa, onde é demonstrado como a mesma trabalha seu diferencial, em três principais vertentes, sendo elas: produto, serviço e ambiente ao cliente. Depois, é citada a estratégia com relação aos funcionários e medição de desempenho de seus serviços e por fim, é destacado como o foco na expansão varejista e inovação de produtos e serviços aliada às convicções da empresa em suas estatísticas em relação à sua qualidade provocou um impacto negativo no que deveria ser o principal foco da companhia: o cliente. Esse impacto acabou exigindo a elaboração de um plano de ação considerando um investimento para a retomada da satisfação ao cliente. Os cinco primeiros parágrafos do caso fazem um resumo do contexto. Ao final de 2002, mesmo a Starbucks registrando contínuo crescimento das vendas em um período de recessão, a pesquisa de mercado mais recente da Starbucks mostrou à liderança da companhia que existe um ponto de vulnerabilidade da empresa com relação ao atendimento das expectativas do cliente. Através dessa observação, a empresa logo percebeu que perdeu o foco em seu principal stakeholder, o cliente, a elaborou um plano de ação com investimento de 40 milhões de dólar es para adequação de mão de obra e assim, agilizar o atendimento aumentando também, a satisfação ao cliente.
A partir do segundo tópico, os autores contam ao leitor, a história da empresa e como a situação chegou até esse ponto. A Starbucks nasceu como uma commodity criada por três fanáticos por café que abriram um pequeno café em um centro comercial de Seattle especializado em venda de grãos de café arábico para um nicho de mercado de puristas, apreciadores de café. Em 1982, Howard Schultz se inspirou na cultura por café em Milão e convenceu a empresa a abrir uma ala para servir café expresso na loja. Esta viria a ser a ideia de negócio da empresa a longo prazo. Como visão, a ideia era criar local que se tornaria o “terceiro lugar” na v ida da sociedade americana, ficando atrás somente da casa e do trabalho. Um local para relaxar e interagir com outras pessoas (ou não, caso desejassem ficar a sós). Resumindo: um local com significado diferente para pessoas diferentes. Após conseguir adquirir a empresa anos depois, Schulz começou a abrir novas lojas conforme ele imaginava, servindo café em grãos e bebidas à base de café a preços premium. Seus principais clientes eram cultos e executivos com idade entre 25 e 44 anos. A empresa a partir daí começou um contínuo crescimento, abrindo o capital da empresa, atraindo investimentos e expandindo mais e mais a m arca Starbucks. Em 2002, a empresa era a marca referência em café especial na América do Norte. Importante salientar o alto crescimento da companhia mesmo com baixo investimento em propaganda, diferente da maioria das redes de fast-food por exemplo. Os autores descrevem bem a proposta de valor da empresa. Atuando em três princípios, a Starbucks deixa claro sua estratégia de negócio. Em primeiro lugar, vem o produto. A Starbucks pregava a ideia de deter o café de mais alta qualidade do mundo. Em segundo lugar, vinha o serviço. Neste ramo, destaca-se o relacionamento dos funcionários com os clientes com o objetivo de criar uma experiência diferenciada ao cliente toda vez que este entrar na s lojas. Por último, a atmosfera do local completava a proposta de valor da companhia. A ideia era criar um ambiente em que o cliente queira ficar e retornar. É nítido perceber através da proposta de valor da Starbucks, que seu foco está voltado para a qualidade e consequentemente para a satisfação do cliente. Cada unidade era aberta considerando localizações estratégicas para colaborar com a manutenção do sucesso do negócio e a cartela de produtos também variava de acordo com o tamanho e localização da loja. De maneira geral, as bebidas correspondiam ao maior percentual de vendas nas lojas (77%). Outra tática utilizada pela companhia, denominada “Operações Especiais”, era a distribuição de seu café em unidades varejistas não gerenciadas pela empresa. Essa parte do negócio era responsável por 15% da receita líquida. Essa prática iria além do impacto na receita. O objetivo era alcançar o cliente em seu local de trabalho, viagem, compras e jantar. Essa disponibilidade em outros centros comerciais contribuía para apresentar o produto aos clientes sem que estes tivessem que entrar em uma unidade física. Outro ponto importante também citado pelos autores é a questão d e como a Starbucks li dava com seus funcionários. Para começar, estes eram chamados de "parceiros. Na ideia de negócio da companhia, o funcionário satisfeito é primordial para a também satisfação do cliente. Portanto, existia uma valorização dos funcionários diferenciada com oferta de planos de saúde e opções de ações para todos, mesmo àqueles com pouco tempo de empresa. A satisfação dos parceiros girava em torno de 80% a 90%, acima do padrão da indústria. Como resultado, a rotatividade de funcionários era baixa, o que a empresa considerada ideal, uma vez que se acreditava que o parceiro com mais tempo de casa, reconhecia os clientes regulares gerando um atendimento diferenciado. A projeção de carreira dentro da própria companhia era outro atrativo para os parceiros. Ainda pensando na qualidade do serviço, os funcionários passavam por uma carga elevada de treinamentos, desde habilidades concretas como preparadas bebidas e manusear caixa registradora até o treinamento abstrato de abordagem e relacionamento com o cliente. Para avaliar o desempenho do serviço dentro dos parâmetros propostos, a empresa utilizava um sistema de medição denominado “foto instantânea do cliente”. Nesse, ocorriam visitas às lojas por um comprador anônimo. Este usufruía dos produtos e serviços e realizava uma avaliação com base em quatro critérios: atendimento, limpeza, qualidade do produto e velocidade de atendimento. É claro notar como essa avaliação está focado na qualidade em que a empresa se propõe a ofertar aos clientes . Junto a essa avaliação, existia também a avaliação chamada de “serviço lendário” que basicamente mensura a experiência vivenciada levando o usuário a retornar e indicar a Starbucks. Os autores citam como os planos da Starbucks eram ambiciosos. O objetivo era ser a marca mais reconhecida e respeitada do mundo. Traçando um roadmap para tal, a empresa precisaria de um plano de crescimento agressivo que foi baseado em dois pontos focais: expansão varejista e inovação de produtos. Os planos otimistas de crescimento consideravam o aumento do consumo do café, principalmente de cafés especiais, nos Estados Unidos, a oportunidade de abrir lojas em estados americanos que ainda não possuíam nenhuma filial e melhorar a distribuição física de suas lojas que estava basicamente concentrada no Noroeste Pacífico. Além disso, a empresa tinha planos de expansão internacional estabelecendo a intenção de 15.000 lojas internacionais. Quanto à inovação, com relação ao produto, os autores mencionam o forte investimento da Starbucks em sua equipe de pesquisa e desenvolvimento para estar sempre trabalhando na criação de novos produtos, assim como na certificação da qualidade destes antes da inserção no mercado. Importante ponto era que o produto também passava por avaliação dos “parceiros” antes de ser comercializado. Já com relação ao serviço, também existiam práticas de inovação como a criação de um cartão magnético para armazenar créditos Starbucks, o que foi um sucesso em sua implantação. Até aqui, os autores apresentaram a companhia, seu mercado, sua filosofia de trabalho, seus valores, estratégia de negócio e sua ambição. Com uma base bem consolidada, a empresa demostrava uma autoconfiança elevada em seus processos. Quanto ao marketing, diferente de outras empresas, a Starbucks não detinha um grupo de marketing estratégico. Existia um grupo de pesquisa de mercado, um de novos produtos e um de planos promocionais. Essa estrutura forçada a liderança da companhia a assumir responsabilidades ligadas ao marketing. Por um lado, isso agrega um bom "sentimento de dono” por parte de todos , porém como não existia um olhar focado para tal, algumas tendências de mercado e de cliente poderiam não ser avaliadas e consideradas. E foi justamente nesse ponto que a empresa verificou um ponto de atenção. Em uma pesquisa de mercado, surgiram evidências quem contradiziam algumas das hipóteses fundamentais que a Starbucks tinha sobre sua marca e seus clientes, o que levou à preocupação da liderança da companhia. Voltando os olhos agora para tal pesquisa, a Starbucks notou diversas mudanças dentre as mais importantes:
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