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O Futuro Da Administração

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Por:   •  18/8/2014  •  3.480 Palavras (14 Páginas)  •  250 Visualizações

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Gary Hamel nasceu na Inglaterra no ano de 1954, é um consultor e professor renomado com mais 17 artigos escritos para a Harvard Business Review. Colabora também com muitas outras publicações escritas. Por ser reconhecido mundialmente já prestou serviços a muitas das principais empresas do mundo. Seus conceitos sobre a intenção estratégica, competência central, revolução setorial e inovação gerencial mudaram a prática da gestão em diversas empresas ao redor do mundo. Hamel também atua como palestrante frequente nas mais prestigiosas conferências gerenciais do mundo. Além disso, Hamel afirma que as competências chave de hoje serão as vantagens competitivas do futuro.

HAMEL, Gary. O Futuro da Administração / Gary Hamel, Bill Breen; Tradução Thereza Ferreira Fonseca – Rio de Janeiro: Campus, 2007.

Logo no prefácio da obra já nos deparamos com a principal ideia de Gary Hamel ao escrever o livro: a gestão das empresas parou no tempo, ela deixou de evoluir. Desde o século XX a gestão está estagnada, seus princípios continuam os mesmos. Um exemplo interessante que demonstra bem essa situação é o que o autor utiliza logo no inicio do livro:

Se um CEO dos anos 60 ressuscitasse, certamente ficaria impressionado com a flexibilidade da cadeia de suprimentos em tempo real e a necessidade de prestar assistência ao cliente 24 horas por dia, e descobriria que muitos dos rituais da gestão de hoje pouco mudaram em relação aos que comandavam a vida corporativa há uma ou duas gerações. (HAMEL, 2007, p.4)

É nesse ponto que entra o principal objetivo de Hamel, ele quer que a partir do momento em que lemos seu livro, mudemos nosso modo de pensar com relação à gestão, ele quer que procuremos novos horizontes e que com isso aceitemos melhor as novas ideias ao se propor a inovação em gestão.

Basicamente desde que veio a existir a gestão se concentra em buscar a eficiência acima de qualquer outro objetivo. Frederick Winslow Taylor considerado o pai da administração cientifica acreditava que a eficiência era “saber exatamente o que se quer que os trabalhadores façam, e depois assegurar que o façam do modo melhor e mais barato”.

Porém o futuro da gestão requer novas realidades nas empresas, precisa-se de novos recursos gerenciais, serem inovadoras e adaptáveis a mudanças, e principalmente aprender a dar valor e usar as ideias inovadoras de seus funcionários, dar a oportunidade para que eles se expressem e tragam novos pontos de vista a seus superiores. E é nesse ponto que as inovações passam a ser complicadas, pois normalmente os gerentes, empresários e outros membros da hierarquia de uma empresa, possuem a dificuldade de aceitar opiniões e ideias de quem estão abaixo deles no comando. No entanto o verdadeiro progresso depende de uma revolução, e mesmo com todas as reservas que rondam os gestores, eles sabem que precisam mudar seus conceitos, e se arriscarem mais em busca de novos ideais.

Falamos tanto em inovação de gestão até agora e não a definimos, sendo assim: inovar a gestão é qualquer mudança no trabalho dos gestores em função de melhorar o desempenho organizacional da empresa. E segundo Henri Fayol (1930) “o trabalho do gestor é planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar uma empresa”. Sendo assim qualquer mudança que ocorra no modo de se fazer este trabalho passa a ser considerada uma inovação em gestão.

E essas inovações também envolvem alterações na criação de valor nas estruturas e funções organizacionais.

Segundo os estudos e pesquisas que Hamel fez os avanços importantes na prática de gestão, quase sempre geram alterações expressivas na posição competitiva e na maioria das vezes atribui uma vantagem duradoura para as empresas que a empregam. E essa inovação ajuda as empresas a conseguirem vantagens permanentes e a manter o sucesso competitivo em longo prazo.

A inovação em gestão é uma forma de adquirir vantagens sobre os concorrentes, principalmente se as ideias inovadoras forem totalmente diferentes das usadas normalmente. Porque como conseguimos observar com a leitura do livro a maioria dos gestores possui as ideias tradicionais profundamente arraigadas, eles não disponibilizam tempo para ideias inovadoras. Foi o que aconteceu com as empresas automobilísticas americanas, eles levaram mais de 20 anos para decifrar que o que fazia a Toyota ser mais eficiente era a crença que eles tinham de que se os funcionários de frente fossem incentivados poderiam ser excelentes solucionadores de problemas, inovadores e agente de mudanças. Ao contrário das empresas de automóveis americanas que não levavam em conta as contribuições dos empregados das linhas de frente, eles acabaram pagando caro por um sistema de gestão enraizado pelo feudalismo intelectual.

E mesmo sabendo que a inovação em gestão possui uma capacidade gigante de criar vantagens, a maioria dos executivos ainda prefere simplesmente reconhecer os méritos de um modelo de negócios inovador, do que abandonar os princípios básicos de suas opiniões consolidadas sobre gestão.

Sabemos também que nem todas as ideias inovadoras criarão vantagens, todas elas tem uma margem de erros e nem sempre darão certo, porém isto não é motivo para não inovarmos, pelo contrário quanto mais ideias inovadoras tivermos, mais chances teremos de alguma delas dar certo.

Hoje em dia, quase todo CEO afirma ser um inovador, e mesmo assim a inovação da gestão ainda tem um grande ponto cego. Para Hamel isso acontece por dois motivos: primeiro porque a maioria dos gestores não se vê como inventor, e segundo porque muitos deles duvidam da capacidade de inovações arrojadas darem certo. Porém, esse conceito deve mudar, pois os gestores precisam acreditar que a gestão passou a ser revolucionária, e esse é um grande requisito para que eles sejam bem sucedidos no futuro.

Percebe-se na obra que a ousadia é um fator determinante na hora de se inovar a gestão, o gestor não pode ter medo de ousar para que suas ideias possam ao menos serem testadas. Porém nem sempre precisa-se correr grandes riscos para se resolver grandes problemas, basicamente a inovação surge por tentativas e erros. E se o problema for grande o suficiente qualquer avanço que surja será importante, mesmo quando esse problema não tenha solução.

Para que uma empresa se torne adaptável precisamos fazer com que os gestores, em especial, prestem mais atenção aos problemas levantados por indivíduos no interior da organização, eles precisam se preocupar menos em descartar ideias de baixa probabilidade, e mais em abrir um leque de opções estratégicas para que a empresa funcione de modo melhor.

Existe outro fator

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